A Invenção de Hugo Cabret


Antes de virar a página, quero que você se imagine sentando no escuro, como no início de um filme. Na tela, o sol logo vai nascer, e você será levado em zoom até uma estação de trem no meio da cidade. Atravessará correndo as portas de um saguão lotado. Vai avistar um menino no meio da multidão e ele começará a se mover pela estação. Siga-o, pois este é Hugo Cabret. Está cheio de segredos na cabeça, esperando que sua história comece. 

A Invenção de Hugo Cabret é um livro especial, que entrou para a lista dos meus favoritos. Além do seu belo formato, com ilustrações (e texto) de Brian Selznick, possui uma história rica e envolvente. As imagens e o texto se complementam, transformando a leitura muito agradável (e não é a toa que o chamam de livro-cinema). E é por esse motivo que as 534 páginas do livro passam voando, mesmo quando você passa minutos admirando uma ilustração. 


O livro é uma verdadeira homenagem a sétima arte, especialmente a determinado diretor. E mesmo quem não está familiarizado com os assuntos abordados no livro, consegue sentir aquela curiosidade e se emocionar com a história. 

Hugo Cabret é um jovem órfão que vive na Paris dos anos 1930. Após a morte de seu pai acaba indo morar com seu tio na estação de trem, onde o tio beberrão trabalha. No entanto, o tal tio desaparece e, sem ter para onde ir, Hugo permanece na estação, esgueirando-se por passagens secretas e cuidando dos gigantescos relógios do local. De seu esconderijo observa o dono da loja de brinquedos da estação, um senhor muito severo que guarda um segredo. 

Além de ter que se manter praticamente invisível na estação, para que o inspetor não o encontre, precisa encontrar respostas e apenas o autômato que guarda em seu esconderijo parece ter a resposta. 

Confesso que prometi a mim mesma só assistir ao filme depois de ler o livro. E consegui! Apesar de ter gostado do filme (eu realmente gostei), não consegui me emocionar da maneira como me emocionei com o livro. Aliás, alguns personagens somem, outros surgem e, ainda, outros possuem personalidades bem diferentes no livro e no filme. Mas se você já viu o filme, o livro é um ótimo complemento para compreender um pouco mais a história de Hugo Cabret e Georges. 

5 comentários:

  1. Eu li também, e vi o filme depois. O livro é bem cinematográfico, na questão do manuseio das páginas (principalmente naquela parte em que ele [e perseguido, de repente você vai passando rapidamente, pra ver o que acontece). Tb na questão dos ângulos de visão, bem fragmentado tudo.. é maravilhoso.

    Ah... livros desse tipo, em ilustrações, indico um lindíssimo chamado "Retallhos" (http://www.skoob.com.br/livro/29153) Leia!

    abraços,
    Luciana
    http://www.folhasdesonhos.blogspot.com

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  2. Esse parece que promete! Será melhor que "A invenção de Morel"? Espero que sim!

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  3. Simplesmente AMEI o filme e to louco por esse livro, mas só acho com a capa do filme não essa :(

    http://tediosoc.blogspot.com

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  4. Livros sempre conseguem ser melhores que os filmes né?rs
    Acho que vale a emoção, a imaginação. Qdo podemos criar nossos personagens a nosso modo, imaginá-los,fica bem melhor. Sem contar é claro, a riqueza de detalhes que os livros trazem.
    Ainda não consegui ler o livro,mas vi o filme e 2 vezes..rs
    Me emocionei muito com a homenagem singela a 7 arte. A delicadeza com que a história se desenvolveu.
    Vale a pena ver, rever..e junto com toda a familia!
    beijo

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    1. É verdade, os livros sempre acabam sendo melhores, na minha opinião. Mas o filme A Invenção..., apesar de não ter me surpreendido como eu esperava, não deixou de me emocionar. E sabe aquela Lua? Já tinha visto milhares de vezes aquela imagem e não fazia idéia do que se tratava, rs.

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