Para Onde Ela Foi

Título: Para Onde Ela Foi

Autor: Gayle Forman

Editora: Novo Conceito

Páginas: 240

ISBN: 9788581635675

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Essa é a resenha da continuação do livro Se Eu Ficar (leia a resenha aqui), se você não o leu, esse post possui spoilers!

Já se passaram três anos desde o acidente que matou a família de Mia, que ela acordou de seu coma graças ao amor de Adam e que saiu da vida dele, sem dar justificativas, sem dizer um adeus. 

Os dois vivem agora em lados opostos, Mia é um prodígio em Juilliard, a famosa escola de música que fica em Nova York, Adam é um típico rockstar que vive em Los Angeles com sua namorada, uma celebridade badalada. Assim que Mia cortou qualquer tipo de contato com Adam, o rapaz viu sua banda subir nos topos das paradas, tudo em virtude das letras que escreveu durante sua fase de "luto", que acabaram por dar forma ao grande sucesso que ascendeu a banda, Collateral Damage.  

"(…) Qual é a sensação de saber que a única coisa digna que você já criou veio do pior tipo de perda?". (p. 24)

Apesar da realização de um sonho, do sucesso e de tudo o mais que conquistou, Adam não se sente bem. Ele está cansado, vazio, cercado de gente mas mesmo assim se sentindo sozinho. 

Quando se vê sozinho em Nova York, Adam encontra Mia e, depois de todos esses anos, pela primeira vez os dois tem a chance de conversar sobre tudo o que não foi dito. Apenas por uma noite. 

Para Onde Ela Foi, de Gayle Forman, é narrado por Adam, um personagem que me chamou mais a atenção do que Mia. Achei-o mais interessante, crível, apesar de ainda me incomodar bastante o clima melodramático que toma conta da trama e do personagem, criando uma atmosfera quase claustrofóbica (o que muitas vezes o autor faz com maestria, criando sensações desagradáveis no leitor, o que não é o caso aqui, a claustrofobia vem da incapacidade dos personagens comoverem de forma real e a trama acaba recorrendo a muitos subterfúgios, onde fica evidente a mão da autora). 

No entanto, apreciei muito mais Para Onde Ela Foi do que Se Eu Ficar, talvez pelos personagens abatidos, não tão perfeitos (mesmo assim, não me conquistou). Mas a história ainda traz uma grande carga de ilusão, de perfeição, o que já está fora de questão de ser discutido aqui, pois se trata de um (vários) ponto(s) de vista, rs. 

Assim como no primeiro livro, existem flashbacks e muitas referências musicais, além de trechos de músicas do álbum Collateral Damage, da Shooting Star. 

O livro fala de esperança, segundas chances e recomeços, é o tipo de romance apaixonado, dolorido e sofrido, cheio de questões que revelam a força de vários sentimentos.