Um Gato de rua chamado Bob



Título: Um Gato de rua chamado Bob
Autor: James Bowen
Editora: Novo Conceito
Páginas: 240
ISBN: 9788581631523
"Há uma citação famosa que li em algum lugar. Ela diz que recebemos segundas chances a cada dia de nossas vidas. Elas estão ali para serem agarradas, só que não costumamos agarrá-las". (p. 9)

James já havia recebido um monte de oportunidades, mas por um longo tempo falhou em não se agarrar a nenhuma delas. Isso finalmente mudou na primavera de 2007, quando James fez amizade com Bob, e olhando bem, James acredita que aquela foi uma segunda chance para ambos. 

A primeira vez que James encontrou o gato que mudaria completamente a sua vida foi em março e Londres ainda não havia se livrado inteiramente do inverno, com o frio cortante nas ruas e até mesmo um indício de geada no ar naquela noite, o que fez James voltar para sua moradia subvencionada mais cedo do que o de costume depois de um dia fazendo suas apresentações de rua na região de Covent Garden. Naquela noite trazia consigo seus antigos companheiros: o estojo de guitarra e a mochila, ambos pendurados nos ombros. Mas também estava acompanhado por sua amiga mais próxima, Belle, com quem pretendia assistir a um filme na pequena televisão preto e branco e comer alguma comida pronta e barata. 

Como de costume, o elevador do prédio estava parado e ambos dirigiram-se para as escadas, quando James notou um par de olhos brilhantes nas sombras. Quando chegou mais perto, viu um gato laranja enrolado sobre o capacho de um dos apartamentos do andar térreo e como James cresceu em meio a gatos, sempre teve uma queda por eles. 

"Eu não o havia visto antes perto dos apartamentos, mas, mesmo na escuridão, pude notar que havia algo de especial nele. Eu já era capaz de afirmar que ele tinha certa personalidade. Ele não estava nem um pouco nervoso; na verdade, era exatamente o oposto. Havia nele uma confiança calma e imperturbável. Parecia estar muito bem acomodado ali nas sombras e, a julgar pela forma como me fitava com um olhar firme, curioso e inteligente, era eu quem estava entrando em seu território. Era como se ele estivesse me dizendo: "Então, quem é você e o que o traz aqui?". (p. 10)

James não resistiu e logo afagou o gato, percebendo que ele não usava nenhuma coleira e não possuía nenhuma forma de identificação, além disso, sua pelagem estava em mau estado e, claramente, precisava de uma boa refeição. Parecia ser um vira-lata e percebendo o carinho e preocupação aumentando no amigo, Belle, que sabia sobre sua queda por gatos, logo disse que James não poderia ficar com ele, afinal o gato não poderia ter surgido do nada e devia pertencer a alguém que morasse em algum dos apartamentos e que logo voltaria.

James sabia que não podia sair por aí pegando um gato que poderia pertencer a alguém, ele também não precisava agora de uma responsabilidade extra: como músico fracassado e viciado em drogas em recuperação, vivendo uma existência precária em uma moradia subvencionada, assumir a responsabilidade por sua própria vida já era bastante difícil. 

Na manhã seguinte o laranjinha continuava sentado no mesmo lugar e James caiu de joelhos e o acariciou, coisa que o gato parecia adorar, mesmo ainda não confiando completamente em James mas parecendo simpatizar com ele. À luz do dia, James observou um pouco mais aquele gato laranja e percebeu que se tratava de uma criatura maravilhosa: a expressão era impressionante, os olhos eram verdes e penetrantes, apesar de poder afirmar que o laranjinha estivera envolvido em alguma briga, pois possuía arranhões na face e pernas. Apesar de estar preocupado com o gato, saiu para pegar o ônibus em Tottenham ao centro de Londres e Covent Garden, onde tentaria, mais uma vez, ganhar dinheiro com as suas apresentações de rua. Quando voltou naquela noite o laranjinha não estava lá, o que o deixou decepcionado. 

No dia seguinte o laranjinha estava lá novamente, mas dessa vez mais fragilizado e desgrenhado. Aquela situação já havia durado muito e James resolveu tomar alguma atitude. Primeiro perguntou aos vizinhos se alguém era o dono do gato, mas não obteve nenhuma afirmativa. Buscou pelas ruas algum cartaz com alguém procurando um gato, mas nada. 

"Era óbvio que ele não queria me deixar. À medida que vagávamos, não podia fazer outra coisa além de me perguntar a respeito de sua história: de que lugar ele vinha e que tipo de vida levava antes de vir sentar-se no capacho no térreo". (p. 17)

"Londres sempre teve uma grande população de gatos de rua, os quais vagam por aí vivendo de restos de comida e do conforto de estranhos. Quinhentos ou seiscentos anos atrás, lugares como a Rua Gresham, no bairro financeiro, Clerkenwell Green e Alameda Drury costumavam ser conhecidos como "ruas de gatos" e eram tomados por eles. Aqueles vira-latas eram os destroços e refugos da cidade, andando a esmo e lutando pela sobrevivência a cada dia. Muitos deles eram como aquele laranjinha: criaturas espancadas e quebradas. Talvez ele tivesse visto em mim uma alma semelhante". (p. 19)

James resolveu levá-lo para o Centro da RSPCA (Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals, ou Sociedade Real para a Prevenção de Crueldade com Animais) para cuidar daquele machucado em sua perna, que não iria melhorar apenas com o curativo improvisado e ver se o laranjinha possuía qualquer outros problemas de saúde.

"- Isso vai lhe custar 22 libras, querido, por favor - disse ela. 
Meu coração afundou.
- Vinte e duas libras! É sério? - disse à enfermeira, parecendo simpático, mas ao mesmo tempo, implacável". (p. 25)

James entregou as 30 libras que possuía para pagar os remédios. Aquilo era muito dinheiro para ele, o salário de um dia. Mas sabia que não tinha outra opção, e como o tratamento duraria quinze dias, James e o laranjinha estariam presos um ao outro pelo menos pela próxima quinzena.

James não sabia o por quê, mas sentia-se responsável por aquele gato. Não queria vê-lo na rua antes de completar seu tratamento e tomar seus medicamentos. Naquele momento sentia como se tivesse um propósito extra em sua vida, algo de positivo a fazer por alguém (ou por um animal), além dele mesmo.

"Naquela noite, tive que deixá-lo sozinho e me dirigir para Covent Garden com minha guitarra. Agora, tinha duas bocas para alimentar". (p. 26)

Com o passar dos dias, James conhecia um pouco mais o laranjinha. Foi nesse período que lhe deu um nome: Bob. A idéia veio enquanto assistia a um DVD de uma de suas antigas séries de TV favoritas, Twin Peeks, onde há um personagem chamado Bob Assassino. Bob é esquizofrênico, mais ou menos um Dr. Jekyll e Mr. Hyde: parte do tempo é um cara normal e em outros momentos é uma espécie de louco descontrolado. James achava o laranjinha um pouco assim: quando feliz, não existia gato mais calmo e gentil; mas quando a agitação o dominava, tornava-se um completo maníaco, correndo pelo apartamento. 

Os dois haviam entrado em uma rotina: Bob ficava no apartamento pela manhã enquanto James se dirigia para Covent Garden onde tocava até ter dinheiro suficiente. Quando voltava para casa, lá estava Bob, esperando-o na porta da frente. Seguia James até o sofá e então assistia televisão com o rapaz.

James gostava, e muito, da companhia de Bob, mas sabia que tinha que ter cuidado. Se forjasse uma amizade muito forte, mais cedo ou mais tarde Bob iria querer voltar para as ruas, pois não era o tipo de gato que gostava de ficar fechado permanentemente, não era um gato doméstico. Mas por enquanto James era seu guardião e iria fazer o seu melhor para cumprir esse papel.

E as perguntas sobre o passado de Bob continuavam, assim como os dois pareciam ter muita coisa em comum.

Desde que James passara a viver nas ruas, as pessoas tentavam imaginar sobre seu passado. Perguntavam como ele havia chegado aquela situação. Ele já havia conversado com dezenas de assistentes sociais, psicólogos e até mesmo policiais, mas muitas pessoas comuns também lhe perguntavam sobre isso.

"Não sei por que, mas as pessoas parecem ficar fascinadas em saber como alguns membros da sociedade caem pelas rachaduras. Creio que, em parte, é por causa daquela sensação de que "foi a vontade de Deus", que poderia acontecer com qualquer um. Mas também creio que isso faz com que as pessoas se sintam melhores com suas próprias vidas. Isso as faz pensar: "Bom, acho que minha vida é ruim, mas poderia ser pior - eu poderia ser aquele pobre coitado". (p. 31)

James havia vivido uma infância sem raízes, especialmente porque a passou viajando entre o Reino Unido e a Austrália. Nasceu em Surrey, mas quando tinha três anos sua família se mudou para Melbourne. Sua mãe e seu pai já haviam se separado e seu pai ficara na cidade onde James nascera. Dois anos depois, James e sua mãe mudaram-se para a Austrália Ocidental, ficando por lá durante quatro ou cinco anos, até ele ter uns nove anos. Eles viviam em uma sucessão de grandes bangalôs, com grandes jardins atrás, um espaço enorme para brincar e uma linda paisagem. Mas James não tinha amigos. Era difícil se adaptar na escola, especialmente por se mudar tanto. Mas quando James tinha nove anos eles se mudaram de novo, voltando para o Reino Unido. Não durou muito, pois com doze anos mudou-se novamente, voltando para a Austrália Ocidental.

James acabou sofrendo bullyng nessa época: ainda mantinha o sotaque britânico e tinha uma atitude ansiosa por agradar, era um alvo fácil. Também não se dava bem com o padrasto e como sua mãe trabalhava com vários empreendimentos, às vezes eles tinham muito dinheiro, outras vezes não tinham nada. Foi na metade da adolescência que James resolveu largar a escola, tornara-se um rebelde, desafiava sua mãe e torcia o nariz para qualquer tipo de autoridade, logo desenvolveu um talento especial: o de se envolver em problemas.

Preocupada, sua mãe o levou ao psiquiatra, que o diagnosticou com todas as coisas: de esquizofrenia e psicose maníaco-depressiva (hoje conhecida como transtorno bipolar) a TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

"De maneira previsível, entrei nas drogas, no início foi cheirando cola, provavelmente para fugir da realidade. Não me tornei viciado em cola. Só cheirei algumas vezes depois de ver outro garoto cheirando. Mas foi o início do processo". (p. 33)

Em 1998, James era totalmente dependente da heroína e havia chegado perto da morte diversas vezes, mesmo que, de tão alienado, não notasse. Durante esse período da sua vida não pensou em procurar a sua família, desapareceu e não se importava com isso.

"Sabia que aquela era a minha chance de mudar a situação. E eu sabia que tinha que a agarrar dessa vez. Se fosse um gato, estaria em minha sétima vida". (p. 39)

Bob já estava a caminho da recuperação e se tornara uma bola de energia. A quinzena chegara ao fim e James sabia que tinha que colocar Bob para fora do apartamento, no entanto, apesar das tentativas não obteve sucesso, Bob queria ficar. Parte de James ficou satisfeita, mas quando pensava de forma sensata sabia que aquilo não era certo, afinal estava em um programa de dependentes químicos, e estaria por um longo tempo. Ele ainda tinha que lutar para cuidar dele, como poderia cuidar dos dois? Seria justo?

Um dia saindo para o trabalho, James viu Bob sentado no corredor e olhava para trás para ter certeza de que ele não o seguiria. Para chegar até o ponto de ônibus que o levaria até Covent Garden, James atravessava umas das estradas mais movimentadas e mais perigosas do norte de Londres. Para a sua surpresa, enquanto buscava identificar uma brecha para que pudesse correr até o ônibus, sentiu algo se esfregando em sua perna: era Bob, procurando uma oportunidade para atravessar.

Sabendo que não podia deixá-lo correr o risco de atravessar aquela estrada, colocou-o no seu ombro, onde ele adorava ficar sentado. Bob se esgueirou pela multidão e foi embora. Assim que James entrou no ônibus, mais uma surpresa: lá estava Bob.

"Era estranho. Embora soubesse que ele era um gato de rua e poderia fugir a qualquer momento, tinha uma sensação profunda de que ele entrara em minha vida para ficar. De alguma forma, senti que não seria a última vez que faríamos aquela viagem juntos". (p. 55)

Geralmente ninguém falava ou trocava um olhar com James, ele era uma espécie de pedinte e aquela era Londres. Ele simplesmente não existia. James era uma pessoa para ser evitada, até mesmo repudiada, mas quando estava com Bob a coisa era bem diferente. Todas as pessoas pelas quais passavam olhavam para ele, ou melhor, para Bob, aquele gato laranja nos ombros do rapaz de cabelos compridos.

"Ter Bob comigo já havia feito a diferença na forma como eu estava vivendo a vida. Ele me fizera "limpar" meu agir em mais de um sentido. Além de me trazer mais rotina e senso de responsabilidade, ele também me fez dar uma boa olhada em mim mesmo. E não gostei do que vi". (p. 101)

Um Gato de rua chamado Bob, de James Bowen, é um lindo relato sobre a amizade que surge entre James e o gato que ele encontra no prédio em que mora. Bob é um gato cheio de personalidade e os dois passam por situações engraçadas, como dois estranhos que estão se conhecendo. Mas nem tudo é fácil e existe um longo caminho a ser percorrido. James está seguro de que esta é sua segunda chance e ele irá enfrentar qualquer tipo de problema para se tornar um homem melhor, pois quando a responsabilidade de acolher e manter outro ser é colocada por ele, suas prioridades acabam mudando e sua vida direciona-se para novos caminhos.

A narrativa é bem clara e sem muita "enrolação". O autor vai direto ao ponto, o que acaba deixando a leitura "vaga" no quesito ambientação, personagens etc. Mas não deixa de ser uma linda história e mostra o quanto o homem possui uma enorme força dentro de si mesmo, bastando apenas, às vezes, um novo amigo para lhe mostrar essa força.

Agora, uma coisa ficou "martelando" na minha cabeça: as pessoas nunca olharam para James e, se olhavam, faziam-no com nojo. Com Bob, ele deixou de ser invisível, as pessoas os paravam e queriam tirar fotos de Bob, o dinheiro colocado no estojo vazio da guitarra aumentava mais e mais, só porque Bob estava lá. Agora James não era um vagabundo ou um batedor de carteiras, mas um cara com um gato fofo. Mulheres entregavam presentinhos para Bob: brinquedinhos para gatos, ração, petiscos, roupinhas de tricô etc. Para o James? Nada. Não sei o que acontece com algumas pessoas, mas já presenciei uma cena há poucos dias (várias vezes, na verdade) em que um rapaz estava sentado na rua pedindo dinheiro e ao lado dele estava um cão vira-lata: o rapaz era magro e nesse frio estava com roupas de verão, o cão tinha dois cobertores pequenos e uma tigela com ração (doação de pessoas que passam por ali). Quando alguém passa por esse rapaz e pelo cão, o que eu mais escuto é: "pobrezinho desse cãozinho!". O rapaz? Parece que ninguém dá bola. Muitas pessoas costumam dizer que o homem, por ser um ser racional, "escolheu esse caminho", "não se dedicou o bastante e acabou assim", enquanto o animal irracional é vítima do meio em que vive e, por isso, não escolheu viver daquela maneira. Na minha opinião, isso não é certo. Adoro animais, mas a dedicação, o amor e o carinho não devem ser dedicação exclusiva destes. Muitas pessoas acabam sobrecarregando seus animais com afeto por viveram de forma extremamente individualista e egoísta hoje, além disso, quando estão estressadas e nervosas, dão "patadas" nestes mesmos animais que tanto "amam", pois diferentemente dos humanos, eles não podem revidar e acabam virando saco de pancadas. 

Correio #26

Proibida (Velvet) e A Noite Maldita (André Viando) - Novo Século

Livros e marcadores enviados pela Editora parceira Novo Século. (:


Adeus, Facebook - O Mundo Pós-Digital (Jack London) - Editora Valentina

Exemplar enviado pela Editora parceira Valentina.


S.E.G.R.E.D.O (L. Marie Adeline) - Globo Livros


Pandemônio (Lauren Oliver) - Intrínseca 

Livro + button que ganhei em um sorteio no blog Murmúrios Pessoais. \o/

Mistério (quase) resolvido

Recebi dois e-mails da Nova Ordem e um envelope em casa sem remetente com o seguinte conteúdo:


Dois jovens (ele, entre 17 e 20 anos, loiro, visto pela última vez usando moletom e jeans e ela, entre 14 e 16 anos, ruiva de cabelos longos, vista pela última vez com blusa preta e jeans) são procurados pela Nova Ordem por conspirar contra ela. 

Então surge o perfil da Nova Ordem no Facebook:


"As pessoas insistem em achar que somos uma ficção. Vive na fantasia quem acha que tudo está bem, que somos apenas brincadeira, que aqueles que combatem a ordem se darão bem no final".

Segue-se uma busca insana atrás destes dois jovens e recebo um e-mail da Editora Novo Conceito alertando que sua Fan Page foi hackeada! 

Outro envelope aparece aqui em casa (sem remetente também). Dessa vez o conteúdo é uma carta e um CD com um vídeo dos dois jovens falando sobre a Nova Ordem.


Finalmente, os dois jovens foram capturados. E o Book Trailer do lançamento de Bruxos e Bruxas divulgado! Confira abaixo:


E agora, em quem confiar? 

O livro de James Patterson e Gabrielle Charbonnet é o primeiro de uma série.


É como entrar em um pesadelo. Do nada, você é retirado de sua casa, preso, e acusado de bruxaria. Parece século 17, mas é o governo da Nova Ordem, e está acontecendo agora!

Sob a ideologia da Nova Ordem, O Único Que É O Único mantém seu poder à força, sem música, nem internet, nem livros, arte ou beleza. E ter menos de 18 anos já é motivo suficiente para que você seja suspeito de conspiração.

Os irmãos Allgood estão encarcerados nesse pesadelo e, para escapar desse mundo de opressão e medo, terão que contar um com o outro e aprender a usar a magia.

Do autor best-seller James Patterson, Bruxos e Bruxas é uma saga para se ler… antes que seja tarde.

Curiosa? Muito!

Clique aqui, cadastre-se e leia o primeiro capítulo do livro. (:

Mas ele diz que me ama


Título: Mas ele diz que me ama - Graphic novel de uma relação violenta

Autor: Rosalind B. Penfold
Editora: Ediouro
Páginas: 264
ISBN: 8500018178

Mas ele diz que me ama é um diário ilustrado íntimo e impactante que acompanha a história real de uma mulher de trinta e cinco anos, empresária bem-sucedida, que vai se afundando em um relacionamento destrutivo, repleto de abusos verbais, emocionais, sexuais e físicos.

Rosalind B. Penfold é um pseudônimo e a identidade de todos no livro é protegida. 

Quando criança, o conto de fadas favorito de Roz era A Bela e A Fera. Para ela a Fera, apesar de todos os seus defeitos, tinha o potencial para mudar o seu jeito de ser e que, supostamente, o amor de Bela poderia salvá-lo. 

Com 35 anos, Roz encontra a sua Fera e apaixona-se profundamente. Ela até mesmo supôs que viveria com Brian, um viúvo e pai de quatro crianças, um romance de contos de fadas. E ela realmente viveu, mas apenas por algum tempo, até que as coisas começaram a mudar...

Roz ignorou tudo, como as primeiras frustrações, os joguinhos sutis e recusou-se a acreditar no que acontecia na sua vida e à sua volta.

Tanto sua negação quanto a sua vergonha fizeram Roz passar dez anos ao lado de Brian. Aquela década foi só um pedacinho da sua vida, mas descia tão fundo que se fosse esticada em uma linha reta, esses dez anos foram os mais longos de sua vida. 

Por muito tempo Roz tentou descobrir o que fazia de errado e como poderia melhorar as coisas. 

"Eu não deveria perdoar?"

"Sei que ele não fez de propósito..."

"Ele pediu desculpas..."

"Não deveria ser paciente?"

"Talvez eu deva falar menos..."

Em dado momento, Roz começou a esquecer completamente quem era. Mas durante os dez anos de sua relação com Brian, Roz manteve um diário e quando as palavras não vinham, ela começava a desenhar. Talvez, pensava ela, seu cérebro ainda não estivesse conseguindo processar tudo aquilo, mas um dia ela poderia olhar para aqueles desenhos e eles poderiam fazer sentido. Mas os desenhos ficaram escondidos dentro de uma caixa no porão...

"Para cada tapa, ganhamos um beijo, e para cada beijo ganhamos um tapa. Em qual deles escolhemos acreditar? No beijo, é claro! É O QUE NOS MANTÉM ALI".

Mas ele diz que me ama é um relato honesto e doloroso. Um livro que dá para se ler em uma hora e que ao mesmo tempo é extremamente intenso. 

"Nunca tive a intenção de publicar esses desenhos. Compartilhar um diário íntimo com os outros não é nada fácil - e, de início, senti muita vergonha. Até ler C. S. Lewis e resolver que A VERGONHA ERA MINHA INIMIGA'.

"Tenho percebido que muitas vezes a simples vergonha, o constrangimento sem sentido, é mais eficaz que qualquer vício para impedir boas ações e a mais pura felicidade". - C. S. Lewis

O site Friends of Rosalind é dedicado ao livro e compreende comentários sobre o livro, sinais de abuso em um relacionamento, links para sites de diversos países que ajudam pessoas que sofrem com o abuso etc. 

Confusões em Paris


Título: Confusões em Paris

Autor: Vanessa Sueroz
Editora: Ixtlan
Páginas: 222
ISBN: 9788563869555

"Como foi que isso tudo aconteceu mesmo?

Eu nem ao menos entendi como meus pais concordaram em me dar dois dias de folga da escola. Eu sei que já tenho idade suficiente para perder aulas... Ter dezessete anos hoje em dia não é fácil, mas perder aula? Que graça tem ficar em casa se não posso nem entrar na internet?

Alguém me explique como eu fui me meter nessa encrenca toda? Por que eu fiz isso?"

Patrícia, também conhecida por Paty pelos seus amigos, não fazia idéia de como tinha ido parar em um avião rumo a França com o pessoal da escola. Ela apenas se lembrava de estar em casa com os seus amigos, concentrada em um livro e depois dormir. Mal a garota sabia que seus amigos tinham planos para aqueles dias de folga... que só foram explicados quando ela já estava no avião, fazendo Paty surtar (e essa será a primeira de muitas vezes). 

Seus amigos estavam loucos para viajar e decidiram que Paris seria perfeito, mas sabiam que Patrícia nunca concordaria em viajar com eles, especialmente com os garotos. Foi quando tiveram a idéia de sequestrar a amiga.

"- A Paty não precisa saber... - disse a Gabi pensativa. - É só ela continuar dormindo". (p. 13)

Seus amigos executaram o plano com perfeição e lá estava Paty, no avião, querendo matar cada um deles.

Mas Paty ia se vingar de cada um deles, definitivamente, começando com um belo drama e depois colocando alguns planos em ação. 

"(...) Agora que eu percebi! Vou ficar de vela a viagem inteira! - Ah! - gritei irritada". (p. 22) 

Paty logo deixa seus amigos completamente sem graça fazendo comentários no avião em tom choroso: César, um de seus melhores amigos, e Tainá, uma ótima amiga e uma garota muito tímida, finalmente iriam tomar vergonha na cara e se declararem; Gabi, a que teve a idéia de sequestrar Paty e Jonas, que adora fazer gracinhas e odeia estudar, estão apaixonados e não ficam juntos pois Jonas é galinha e os dois são orgulhosos para admitirem que se amam; Alice, que adora ajudar mas quase sempre acaba atrapalhando já está namorando com Paulo, um cara lindo. Restam Ricardo e Samuel. Ricardo, o cara mais chato do mundo e um tremendo galinha, com certeza irá ficar com qualquer garota que encontrar em Paris e Samuel, um cara bem relaxado, irá se apaixonar pela comida francesa e abandoná-la. 

O único jeito de perdoá-los será colocando em ação o plano de vingança número dois, onde cada um deles terá que fazer algo ridículo ou constrangedor chegando na França. 

Mas seus amigos não irão se intimidar com Paty. Chegando ao hotel ela é colocada no mesmo quarto que Ricardo e Samuel (surta mais uma vez!) e seus amigos também não irão poupar forças para Paty enxergar Ricardo de outra forma, já que o rapaz sempre foi apaixonado por ela mas a garota sempre recusou suas investidas. Não conseguia imaginar alguém pior que Ricardo e sua reputação como a certinha na escola não combinava em nada com a reputação de galinha de Ricardo. Além disso, ela sabe que quando ele conseguir o que quer será só mais uma em sua lista e depois jogada fora. 

Agora os nove jovens estão em um país diferente e sem nenhum adulto por perto, podendo aprontar e aproveitar a vontade. Mas Paty não quer Ricardo por perto e César resolve fazer um trato: se a garota não sentir falta dele ou não falar com ele até o dia seguinte, César fará com que Ricardo (ou Sousa, como Paty o chama), nunca mais a chame para sair. Caso contrário, Paty deverá ser simpática com ele. 

"Acho que o suco de maracujá ainda não fez efeito porque ainda estou irritada por não poder falar com o Sousa! Por que estou assim? Tudo que sempre desejei foi não precisar falar com ele, e agora que eu consigo... Ok! Tenho que ignorá-lo e odeio fazer isso, mesmo assim não era para eu ficar sentindo falta de brigar com ele!" (p. 66)

Paty não está nada bem, surtando cada vez mais e com amigos da onça ao seu lado e o pior: o que há com o Ricardo? Por que ele está tão diferente? 

"Estou ficando viciada naquela sensação estranha. O Sousa deve estar me drogando e estou ficando viciada. Só quando estou perto dele me sinto assim... É isso! Ele deve estar usando alguma droga alucinógena no perfume ou coisa do tipo". (p. 131)

"Acho que a droga em que ele está me viciando não está no perfume. O safado fez alguma coisa com os olhos dele. Eu não consigo desviar os olhos dos dele". (p. 133)

Mal sabe o garoto que também é uma "vítima" dos planos de seus amigos.

Li Confusões em Paris, de Vanessa Sueroz, através do Book Tour organizado pela própria autora. Como gosto de sempre andar com um livro na bolsa, o escolhido naquela tarde foi Confusões em Paris e, enquanto esperava minha mãe resolver algumas coisas, sentei em um banquinho em uma pracinha e comecei a lê-lo. Confesso que tive que esconder o rosto com uma das mãos ou com o livro, pois não conseguia segurar a risada! Olhava para os lados para ver se ninguém me observava, pois era impossível segurar o riso! 

Confusões em Paris tem uma narrativa gostosa e fluída, é em primeira pessoa e segue bem o ritmo dos pensamentos da personagem, rápido e frenético. A leitura é extremamente divertida e sem momentos para o tédio. 

Apesar de vários personagens, não dá para se perder no meio da história, pois cada um possui características bem peculiares e a história, claro, foca nos personagens Patrícia e Ricardo. 

O final foi uma surpresa e é hilário! 

Visite o blog da Vanessa e conheça mais sobre a autora, suas obras e confira as resenhas literárias que a Vanessa escreve. (:

Promoção - Dia dos Namorados

Já que o Dia dos Namorados está chegando o blog irá lançar três promos com livros românticos e dois hot. Vocês podem participar das três promos, mas só poderão ser o vencedor de uma. 

Regras:

- Residir em território nacional
- Preencher o formulário corretamente

Observações:

- A promoção começa hoje, dia 04/06/2013 e termina no dia 04/07/2013. O resultado será anunciado no dia seguinte e enviarei um e-mail aos ganhadores que terão 72 horas (3 dias) para responder
- Para participar do sorteio dos livros Por Um Momento Apenas e Não Posso Me Apaixonar, de Bella Andre, é necessário ter mais de 18 anos. O ganhador receberá um e-mail para confirmar a idade
- Os prêmios serão enviados no prazo de até 30 dias

Boa sorte!

Promo 1 - Esperando por Você


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Promo 2 - A Escolha


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Promo 3 - Bella Andre


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Promoção - Top Comentarista Junho

O Top Comentarista de Junho começa hoje, valendo um Kit de Um Gato de rua chamado Bob da Novo Conceito. O Kit é composto por: 


- Um exemplar do livro Um Gato de rua chamado Bob, de James Bowen;
- Um marcador;
- Um cachecol.


Regras gerais:

1) Seguir o blog publicamente via GFC;
2) Residir em território nacional;
3) O período de participação vai do dia 03/06/2013 até o dia 02/07/2013. O resultado sai no dia seguinte aqui no blog;
4) Entrarei em contato com o(a) ganhador(a) por e-mail que terá 72 horas (3 dias) para respondê-lo;
5) Deixe um comentário neste post com seu NOME DE SEGUIDOR + E-MAIL para validar a sua participação;
6) Se houver empate farei um sorteio via Random.org.

Regras sobre os comentários:

1) É válido apenas um comentário por postagem;
2) Só serão aceitos comentários feitos entre os dias 03/06/2013 à 02/07/2013;
3) Os comentários em posts de Sorteios, Promoções, Divulgação de sorteios e Resultado de sorteio não serão válidos.

Observação:

O Kit será enviado no prazo de até 30 dias.


Boa sorte à todos!