Gothica



Gothica - Contos Juvenis de Gustave Flaubert, surpreendeu-me, dada a minha paixão pelo fantástico, gótico etc., aqui encontrei os melhores textos que poderia imaginar!

Um Flaubert novo, quase desconhecido: jovem, exercita-se como narrador, cria personagens diabólicos, mas também profundamente humanos. Um Flaubert que brinca com a parafernália gótica, dando vazão a uma imaginação alucinada. Se o leitor busca bom entretenimento, ele encontrará aqui o frescor irônico de um gênero que sempre contou com um público fiel: pois a inspiração gótica adaptou-se à indústria cultural, passando dos livros e palcos às telas do cinema, à HQ e ao rock. 

Flaubert é um dos mestres do romance noir, e neste livro de contos expõe todo o seu talento. Raiva e impotência (1836), A peste em Florença (1836) e Bibliomania (1836), são contos mais curtos. O primeiro tem uma trama um tanto sinistra e perturbadora, o segundo trata de profecia, maldição, traição e vingança, onde Flaubert parte de um episódio relativo a história da família Médicis e dá o seu próprio acabamento, por fim, o terceiro trata de uma figura obcecada por livros, apesar de não saber ler.

Sonho de inferno (1837) e O funeral do doutor Mathurin (1839), são quase novelas. A história do primeiro gira em torno de Arthur, um homem de coração gelado e a tentativa de Satã de mostra-lhe que Arthur possui uma alma. O último conto traz os mortos para um passeio a luz do dia na terra dos vivos, entrando em bares, bebendo etc. 

Excelente leitura.

O Autor


Flaubert é um dos grandes inovadores do romance realista. Filho de um médico rico, nasceu em 1821, na França, e se rebelou contra a vida confortável que levava. Devido ao mau comportamento, foi expulso da escola aos 18 anos. Depois da morte de seu pai e de sua irmã, e após um ataque epilético, que o fez abandonar a faculdade de Direito, Flaubert se mudou para Croisset, França, onde morou com a mãe até completar 50 anos. Escreveu e viajou, mas nunca trabalhou, aproveitando os benefícios de vir de uma família endinheirada. 

Com o escândalo da publicação de seu primeiro romance, Madame Bovary, Flaubert alcançou a fama. 

O autor publicava apenas a cada 5 ou 6 anos, fazendo jus a sua famosa expressão: "le seul mot juste", algo como "a palavra certa". 

Sua obra foi imensamente bem sucedida, mas seu estilo de vida extravagante o levou a ruína. 

Um comentário:

  1. UAU, eu quero ler algo dele agora!
    Guria, tenho que comentar uma coisa... Como faz pra SUMIR com aquele aviso que aparece quando a gente digita o endereço do seu blog? Quem visita pela primeira vez pode assustar e desistir de conferir o conteúdo (confesso que quase fiz isso da primeira vez, tem blog cheio de vírus etc).

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