Jane Austen - A Vampira


Imagine uma autora das mais festejadas nos dias de hoje, mas que pertence ao século XVIII, assistindo a todo tipo de adaptações de sua obra sem poder reclamar! Sem receber royalties e ainda sem conseguir publicar um único título novo? Imagine que ela se transformou em vampira, tornou-se dona de uma livraria e, de repente, Lorde Byron - o vampiro que cortou o seu coração, ao trocá-la pela psicótica Charlotte Brönte -, ressurge em sua vida causando um turbilhão de situações absurdas. E, finalmente, quando uma editora decide publicar um livro novo, sua rival, Charlotte, tenta provar que se trata de um plágio. E, o pior: tem uma cópia para mostrar!

Com direito a acontecimentos recheados de referências históricas, brigas hilárias dentro da livraria, mordidas, arremessos de best sellers de Stephen King; esta obra prova que um personagem clássico sempre pode ficar ainda mais interessante. 

Confesso que fiquei bastante empolgada com a sinopse, mas quando comecei a ler o livro não achei "tudo aquilo" que esperava. A leitura é bem fluida e dá para ler o livro em um final de semana. Infelizmente, sempre me decepciono com livros sobre vampiros, especialmente depois de ter começado a ler As Crônicas Vampirescas, de Anne Rice. No entanto, Jane Austen: A Vampira, foca mais no romance entre Jane e Walter, ou melhor, no vai-vem dos dois e na expectativa dela de se tornar uma autora de sucesso nos dias atuais. O charme mesmo está no personagem de Lord Byron. 

No final, deu a entender que haveria uma continuação, e não é que o autor, Michael Thomas Ford, resolveu escrever mais dois livros? Jane Goes Batty será lançado esse ano nos Estados Unidos e Jane Vows Vengeance está previsto para 2012. No Brasil, ainda não se sabe a data de lançamento dos dois livros. 

Jane Austen


Pouco se sabe sobre a vida da autora que nasceu na Inglaterra em 1775, no entanto, seus romances surtiram enorme efeito, sempre protagonizados por heroínas atraentes, espirituosas e empobrecidas, premiadas com casamentos felizes apesar de todas as dificuldades. Jane fazia parte de uma família numerosa de um sacerdote e foi criada a margem da aristocracia rural de Hampshire. Austen nunca se casou e nem teve filhos. Morreu relativamente jovem, em 1817. Em seus livros, apesar de enfatizar a moral, Austen também demonstrava em suas obras uma tendência para o cômico e a irreverência. 

Lord Byron


George Gordon Byron nasceu em Londres, em 1788. Suas obras estão entre as mais famosas e influentes do romantismo do século XIX. Sua vida era bem turbulenta, composta por casos e várias acusações, do incesto a pederastia. Sua primeira coletânea de poemas não foi bem recebida e, como resposta aos críticos, seguiu a sátira English Bards and Scoth Reviewers. Viajou por todo o Mediterrâneo e seus dois primeiros contos foram publicados em 1812, alcançando reconhecimento imediato. Casou-se e teve uma filha, mas o casal se separou logo depois. Os detalhes da sua vida particular a essa altura haviam comprometido sua reputação e, em 1816, deixou a Inglaterra para nunca mais voltar. Estabeleceu-se em Genebra, partiu para a Itália, onde começou a trabalhar em Don Juan, permaneceu em Gênova até o ano de 1823 e viajou para a Grécia para ajudar na luta contra os turcos. Em 1824, morreu de febre. 

Charlotte Brönte


Charlotte nasceu na Inglaterra em 1816 e continua famosa pelo seu romance Jane Eyre, que combina o imaginário gótico e o romantismo, juntamente com um comentário social. Sua obra serviu de introdução para um novo papel feminino: uma mulher inteligente, independente e que supera as adversidades. Apesar de ter escrito outros romances, além de poemas, nenhuma obra se compara a Jane Eyre. Charlotte morreu em 1855, quando estava grávida de seu primeiro filho, depois das mortes de suas irmãs Emily e Anne. 

Um comentário:

  1. É por isso que eu não me animo a ler nada que aborde vampiros e afins :x

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