Título: A Escolhida
Autor: Lois Lowry
Editora: Arqueiro
Páginas: 192
ISBN: 9788580413472
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Essa é a resenha do segundo volume do quarteto O Doador, se você não leu o primeiro livro (resenha aqui), não tem problema, a resenha não possui spoilers!
Kira nascera com uma perna torta, o que fizera a garota ser rejeitada por todos em sua comunidade, menos por sua mãe, Katrina, que lutara para ficar com o bebezinho que, pela tradição, já que imperfeito e ainda sem nome, deveria ser levado ao Campo, onde seu pai morrera levado pelas feras quando saíra para caçar, de volta à terra antes que seu espírito pudesse preenchê-lo e torná-lo humano.
Com mãos fortes e inteligente, Kira tornou-se uma ótima ajudante no galpão de tecelagem, criando imagens com as linhas tão fantásticas muito melhores que as da sua mãe. E, apesar do medo que rondava a vida de todos os habitantes: medo do frio, da doença, da fome, das feras; Kira e sua mãe viviam de forma tranquila.
Mas logo Kira se vê órfã, sem família nem lar, com sua mãe morrendo subitamente de uma breve doença e sua habitação humilde sendo queimada para evitar a propagação da doença. Com a perna torta Kira não é muito útil para a comunidade: nem como trabalhadora, nem como parceira. E quando a garota pensa em reconstruir seu casebre se vê diante de mulheres, todas sob a liderança da cruel Vandara, que querem expulsá-la do local e construir no lugar do casebre um cercado para as crianças pequenas e galinhas.
Mas, para a surpresa de Kira, ela não é levada para o Campo mas para o Edifício do Conselho, um lugar extremamente majestoso, remanescente do período anterior à Ruína, que ninguém naquele vilarejo vivenciara e conhecia apenas pelo Hino longo e penoso, celebrado durante a Congregação anual.
Kira acaba recendo a atribuição de concluir a túnica do Cantor, usada durante o Hino e, confortavelmente instalada, conhece Thomas, o Entalhador, encarregado de preencher o espaço vazio no cajado do Cantor e que possui uma história semelhante com a sua. A garota tem o seu próprio quarto (e para seu espanto um banheiro, algo que nunca tinha visto), além de receber todos os materiais que precisa e fartas refeições. A única coisa exigida de Kira é que ela faça seu trabalho, conferido todos os dias por Guardiões. Mas logo a garota percebe que alguma coisa não está certa no modo como as coisas funcionam dentro e fora do Edifício, arriscando a "estabilidade" adquirida para descobrir a verdade por trás de todos os acontecimentos.
Segundo livro do quarteto O Doador, A Escolhida, de Lois Lowry, é e não é uma continuação de O Doador de Memórias (resenha aqui), não é, porque a história se passa em outro universo, bem diferente da comunidade futurista de Jonas, que não aparece no livro. É, porque no terceiro livro do quarteto, Messenger, esses dois universos irão se encontrar.
Nesse volume somos apresentamos a um futuro livre de tecnologias onde o medo faz parte da vida das pessoas e é ele quem dita as regras de sobrevivência, onde quem não se encaixa no perfil da comunidade, ou seja, que não tem qualquer serventia, é discriminado e julgado.
Trata-se de uma leitura tranquila e rápida e, apesar do final previsível (ainda assim com um fim ambíguo, como no primeiro volume do quarteto), a autora conseguiu criar uma atmosfera interessante e comovente, ainda que um pouco rasa e momentos em que se prolonga com detalhes desnecessários.
cara infelizmente eu achei que o livro podia ser mt melhor. pelo fato de ter terminado o anterior daquele jeito a gente poderia ter tido pelo menos um vislumbre se deu tudo certo ou n sabe.
ResponderExcluirSeguindo o Coelho Branco
Fiquei bem infeliz com essa capa. Não tenho vontade de ler o doador, mas ouvi por um blog que essa era a continuação... A mudança de personagens e essas coisas. Acho que a autora cagou em tudo. Tanto pessoal ansioso para ler e isso me acontece :p. Enfim. Kira parece uma protagonista legal. Me interessei por ela e a personalidade dela. Mesmo com essa rejeição das pessoas.
ResponderExcluirAbraços,
ThayQ.
leituras-insanas.blogspot.com.br