Lançamentos do mês de abril - Companhia das Letras

A Falta Que Ama (Carlos Drummond de Andrade)



Publicado em 1968, A falta que amaaprofunda questões que sempre marcaram a obra poética de Carlos Drummond de Andrade: afetos, memória e observações sobre a realidade brasileira.

"Eternidade:/ os morituros te saúdam.", escreve o mineiro em "Discurso", poema que abre o volume. A um só tempo desencantada e sardônica, essa abordagem da finitude perpassa o livro inteiro, da forma mais drummondiana possível, com leveza e profundidade. 

Com posfácio de Marlene de Castro Correia, esta edição de A falta que ama conta com caderno de imagens e bibliografia recomendada para aqueles que quiserem mergulhar mais fundo na obra de um de nossos maiores poetas.

As Transições e os Choques - O que aprendemos - e o que ainda temos de aprender - com a crise financeira (Martin Wolf)



Muitos livros foram escritos na tentativa de explicar a crise econômica e financeira de 2007 nos Estados Unidos. As transições e os choques não é apenas mais uma história da crise, mas o relato mais abrangente a respeito dos efeitos da crise sobre a economia moderna.

Houve uma reforma depois que o pior passou? Estamos mais protegidos agora? Wolf diz que não. Ele mostra que novas crises estão por vir e que as atuais mudanças políticas fazem da Europa um ambiente instável.

Escrito com a segurança intelectual que fez de Martin Wolf um dos mais influentes colunistas de economia do mundo, As transições e os choques é um livro que nenhum interessado nos rumos da economia mundial poderá ignorar. 

Terra Sonâmbula (Mia Couto)



No Moçambique pós-independência, mergulhado na devastadora guerra civil que se estendeu por dez anos, o velho Tuahir e o menino Muidinga empreendem uma viagem recheada de fantasias míticas. Terra sonâmbula - considerado pelo júri especial da Feira do Livro de Zimbabwe um dos doze melhores livros africanos do século XX - é um romance em abismo, escrito numa prosa poética que remete a Guimarães Rosa. Mia Couto se vale também de recursos do realismo mágico e da arte narrativa tradicional africana para compor esta bela fábula, que nos ensina que sonhar, mesmo nas condições mais adversas, é um elemento indispensável para se continuar vivendo.

Hamlet (William Shakespeare)



Um jovem príncipe se reúne com o fantasma de seu pai, que alega que seu próprio irmão, agora casado com sua viúva, o assassinou. O príncipe cria um plano para testar a veracidade de tal acusação, forjando uma brutal loucura para traçar sua vingança. Mas sua aparente insanidade logo começa a causar estragos - para culpados e inocentes.

Esta é a sinopse da tragédia de Shakespeare, agora em nova e fluente tradução de Lawrence Flores Pereira. Mas a trama inventada pelo dramaturgo inglês vai muito além disso: Hamlet é um dos momentos mais altos da criação artística mundial, um retrato - eletrizante e sempre contemporâneo - da vida emocional de umHomo sapiens adulto.

Alex Através do Espelho - Como a vida reflete os números e como os números refletem a vida (Alex Bellos)



De triângulos, rotações e números primos a fractais, cones e curvas, Alex Bellos, autor do best-seller Alex no país dos números, nos leva a uma viagem de descoberta matemática. Com ânimo e sagacidade, suas marcas registradas, Bellos atravessa o globo em busca de histórias e pessoas que o ajudem a compreender a belíssima natureza dos números. É a partir desses encontros que o autor irá nos mostrar como a matemática pôde transformar o mundo.

Ao longo das aventuras de Bellos, vemos os conceitos que antes nos pareciam complexos ganharem explicações simples e surpreendentes. Todos os que já temeram algum dia as ciências exatas encontrarão aqui uma brilhante defesa de como os números podem ser divertidos.

A Quarta Revolução - A corrida global para reinventar o Estado (John Micklethwait e Adrian Wooldridge)



Na maioria dos Estados do Ocidente, a desilusão com o governo se tornou endêmica. No entanto, como mostram John Micklethwait e Adrian Wooldridge em A quarta revolução, essa é uma visão extremamente limitada das coisas. Segundo os autores, já ocorreram três grandes revoluções políticas e estamos agora passando pela quarta na história do Estado nacional; desta vez, porém, o modelo de Estado ocidental corre o risco de ficar para trás. Os autores oferecem um tour global pelas grandes inovações em curso e mostram que a corrida não é apenas para conquistar eficiência e eficácia, mas também para definir os valores políticos que triunfarão no século XXI. O centro de gravidade está mudando rapidamente, e os interesses em jogo não poderiam ser mais altos.

A Estetização do Mundo - Viver na era do capitalismo artista (Gilles Lipovetsky e Jean Serroy)



Destruição das paisagens, esgotamento das matérias-primas e colapso dos trabalhadores - o capitalismo é uma máquina de decadência estética e de "enfeamento" do mundo. Será mesmo?

O estilo, o design e a beleza se impõem a cada dia como imperativos estratégicos das marcas, apelando ao imaginário e à emoção dos consumidores. No design, na moda, no cinema, produtos carregados de sedução são criados em massa. 

Arte e mercado nunca antes se misturaram tanto, inflando a experiência contemporânea de valor estético. Gilles Lipovetsky, autor dos incontornáveis O império do efêmero e O luxo eterno, investiga com o crítico de arte Jean Serroy esse oximoro da atualidade: o capitalismo artista.

Compatriotas - Como os judeus da Dinamarca fugiram dos nazistas e o surpreendente papel da SS (Bo Lidegaard)



Em 1943, o povo dinamarquês se uniu para salvar seus compatriotas de ascendência ou religião judaica. Contra a ordem dos nazistas, ninguém - monarca, políticos e cidadãos comuns - iria ajudar a prendê-los ou deportá-los.

Durante catorze dias, os membros da comunidade israelita foram protegidos por quem se dispôs a escudá-los. Nada menos que 7742 dos 8200 refugiados foram levados secretamente para a Suécia. Escrito a partir da pesquisa profunda e inédita de um historiador, Compatriotas é um relato de glória, coragem e força moral, que torna mais complexa a história da Segunda Guerra e demonstra como uma pequena democracia conseguiu se levantar contra o Terceiro Reich.

O Filho Antirromântico - Uma história de alegria inesperada (Priscilla Gilman)



Quando Benjamin, primeiro filho da professora de literatura Priscilla Gilman, começou a reconhecer todo o alfabeto com apenas catorze meses e, aos dois anos, ler livros inteiros, não houve alarme, pelo contrário: os pais, dois literatos, regozijaram­se com a precocidade do filho. Mas logo os demais sintomas - hipersensibilidade auditiva e dificuldades motoras, sensoriais e sociais - tornaram-se incontornáveis: o garoto sofria de hiperlexia, transtorno de desenvolvimento associado ao autismo.

A autora revolucionou sua vida e a da família para ajudar o filho a superar as muitas dificuldades. Sua dedicada atenção de mãe rendeu este relato que vai comover todos os tipos de leitores.

Mundo Escrito e Mundo Não Escrito (Italo Calvino)



Ler, escrever, traduzir; a vanguarda e a tradição; a forma do romance - eis os temas de Mundo escrito e mundo não escrito, coletânea de textos em que Italo Calvino, um dos maiores autores do século XX, investiga o significado da experiência literária. 

Nos ensaios produzidos ao longo de sua vida, o que se nota é uma atenção constante para a fronteira entre o universo escrito e o não escrito, para o limite entre o real e o que é possível expressar por meio da linguagem. 

"Escrevemos para que o mundo não escrito possa exprimir-se por meio de nós", diz Calvino num dos ensaios do livro. Na história da literatura moderna, poucos autores foram tão bem sucedidos quanto ele nessa inglória empreitada.

Despertar - Um guia para a espiritualidade sem religião (Sam Harris)



Além de filósofo da moral e célebre ateísta, Sam Harris é um praticante entusiasmado de meditação, tendo viajado o mundo para estudar com diversos gurus. Neste livro, ele concilia os dois aspectos de sua vida e comprova como a meditação e a prática contemplativa não têm como pré-requisito qualquer tipo de crença “mística” ou “espiritual”; pelo contrário, para ele a meditação provaria que esses conceitos não existem. Harris se vale de seu próprio envolvimento com a prática e de aspectos da neurociência e da filosofia para provar seu argumento.

Em suma, um olhar detido sobre como funciona a meditação e como ela pode aliviar o stress, aproximar as pessoas e nos ajudar em batalhas cotidianas.

Cenário Com Retratos - Esboços e perfis (Antonio Arnoni Prado)



Esta reunião de ensaios de Antonio Arnoni Prado procura investigar, por meio da trajetória pessoal e criativa de autores como Lima Barreto, Mário de Andrade, Gilberto Freyre e Erico Verissimo, como são percorridos, num país como o Brasil, os caminhos para a excelência e para a independência intelectual.

A leitura que Arnoni Prado faz dos autores mobilizados para este volume evoca o método de Antonio Candido, para quem as circunstâncias concretas da vida brasileira sempre ressoam nos projetos literários. Com maestria argumentativa e clareza estilística, o autor dá conta de questões como nacionalismo, vida intelectual, originalidade criativa e a saudável contaminação dos gêneros literários.

Funny Girl (Nick Hornby)



Os anos 1960 estão fervilhando e toda a Inglaterra está impressionada com o sucesso improvável de Sophie Straw, a nova estrela das comédias que saiu de Blackpool, uma pequena cidade no norte do país, adora Lucille Ball e sempre teve o sonho de fazer as pessoas darem risada.

Nos bastidores, o elenco e a equipe estão vivendo o melhor momento de suas vidas. Porém, quando o roteiro do programa televisivo Barbara (e Jim), estrelado por Sophie, começa a ficar familiar demais, e a vida começa a imitar a arte, todos terão de fazer escolhas.

Os roteiristas, Tony e Bill, obcecados por comédia, escondem um segredo. O intelectual Dennis, diretor do programa e oriundo das universidades de elite, adora o trabalho na televisão, mas detesta seu casamento. Clive, o ator galã, acha que poderia conseguir coisa melhor. E Sophie Straw, que adotou este novo nome e abandonou sua vida anterior, precisa decidir se continua com eles ou muda de canal.

Com seu ritmo fluente e trama engenhosa, em Funny Girl Nick Hornby fala de cultura popular, juventude e velhice, fama, diferenças de classe e trabalho em equipe. Ele constrói um retrato fascinante da exuberância da juventude e do processo criativo, em uma época especial em que ambos, de repente, puderam florescer. Um livro apaixonante para os fãs de Hornby e para todos os outros leitores.

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