Orgulho e Preconceito

Título: Orgulho e Preconceito

Autor: Jane Austen

Editora: Landmark

Páginas: 400

ISBN: 9788588781382

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Já havia assistido ao filme Orgulho e Preconceito (2005) e lido até mesmo Orgulho e Preconceito e Zumbis (autoria creditada a Jane Austen e Seth Grahame-Smith) e Jane Austen - A Vampira (resenha aqui), mas sempre deixei o clássico de lado, até o Desafio Literário deste mês com o tema Livros Citados em Filmes (Orgulho e Preconceito é citado em Mensagem para Você e, com certeza, em outros filmes). 

Confesso que durante toda a leitura parecia que eu conhecia o livro de cor e percebi que Orgulho e Preconceito e Zumbis é praticamente o mesmo livro (tirando os zumbis, claro). E, sério, o que o Sr. Darcy tem? Não sei responder, mas ele com certeza é um dos personagens masculinos mais queridinhos da literatura e o meu também. 

Mas não posso dizer que amei o livro. Logo me veio na cabeça O Morro dos Ventos Uivantes, um livro que gosto muito e que me chamou muito mais a atenção do que Orgulho e Preconceito. Também lembrei do livro pois a autora, Emily Brontrë, era irmã de Charlotte Brontë, e essa segunda é uma vampira psicótica em Jane Austen - A Vampira. 

Orgulho e Preconceito narra a história da família Bennet: a Sra. Bennet é uma mãe ignorante e terrivelmente chata, o Sr. Bennet é um pai negligente e ainda contamos com as suas cinco filhas, completamente diferentes umas das outras. O que a Sra. Bennet mais quer é vê-las casadas. 

A história se passa na Inglaterra rural do início do século XIX e enfoca especialmente na segunda filha mais velha do casal, Elizabeth Bennet, e o seu relacionamento complexo com o lindo, maravilhoso, rico e terrivelmente orgulhoso Sr. Darcy. 

Logo quando se conhecem Elizabeth cria uma aversão pelo cavalheiro, que mesmo assim se apaixona por ela (o que o atormenta e vai contra o seu bom senso, pois Elizabeth e sua família estão muito abaixo dele). Além disso, quem iria querer a Sra. Bennet como sogra?? 

Os personagens, acredito, não são muito profundos, mas o mundo social em que vivem, pelo menos apenas aquilo que os cerca, é bem retratado. 

O livro se estende muitas vezes, tornando-se cansativo. O que segura a leitura e a torna agradável, na minha opinião, é a personagem Elizabeth, sempre com ótimas tiradas e um humor ferino. 

"(...) os romances de Austen, apesar de tudo, revelam um dom extraordinário para a sátira e para comentários sociais penetrantes. Enfatizando a moral e o comportamento, também demonstram uma tendência irresistível para o cômico e a irreverência". 

"Essa atenção meticulosa para o cotidiano, um de seus pontos fortes, também fez com que seus romances tivessem um alcance limitado, um descompasso com as tendências culturais de seu tempo e, aliás, de todo o século XIX. O que Margaret Oliphant definiu como "um belo veio de cinismo feminino" não era o que Twain tinha em mente quando comentou: "Sempre que leio Orgulho e preconceito quero tirá-la da cova e bater seu crânio com a própria mandíbula"." 

Fonte: PATRICK, Julian (ed.). Quinhentos e Um Grandes Escritores. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

O livro já foi adaptado quatro vezes para o cinema (bom, foram essas adaptações que encontrei):

1) Pride and Prejudice, de 1940. Dirigido por Robert Z. Leonard e estrelado por Greer Garson e Laurence Oliver. O filme teve entre seus roteiristas o escritor inglês Aldous Huxley, mais conhecido pelo seu livro Admirável Mundo Novo;

2) Pride & Prejudice: A Latter-Day Comedy, de 2003. Dirigido por Andrew Black e com Kam Heskim como Elizabeth Bennet e Orlando Seale como Will Darcy. Uma adaptação de Orgulho e Preconceito para os dias atuais;

3) Bride & Prejudice, de 2004. Dirigido por Gurinder Chadha, é uma produção de Bollywood e recebeu boas críticas. Ah, é um musical;

4) Pride and Prejudice, de 2005. Dirigido por Joe Wright e estrelado por Keira Knightley e Matthew Macfadyen.

Maio - Livros Citados em Filmes