Título: Diário
Autor: Chuck Palahniuk
Editora: Rocco
Páginas: 239
ISBN: 9788532521125
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Ler Chuck Palahniuk é embarcar em uma viagem surreal na certa. Tudo bem, este é o segundo livro do autor que leio (o primeiro foi Cantiga de Ninar (resenha aqui)). Mas basta ter lido um livro e ter assistido ao filme Clube da Luta, adaptação de uma de suas obras, para ter uma noção de que o cara tem idéias, no mínimo, intrigantes.
Na Inked Magazine de Junho/Julho de 2012 (edição número 12) há uma matéria sobre o autor e uma entrevista feita via e-mail. Chuck diz que além dos elementos autobiográficos também recorre às histórias que arranca de desconhecidos.
Com relação às dores pessoais, elas podem até impulsionar sua escrita, mas isso não significa para ele "exorcizar os demônios": "Minha fórmula é inverter uma situação trágica visando efeito cômico".
Isto faz das obras de Chuck, pelo que li até agora, verdadeiras caricaturas da sociedade atual, onde há uma quebra de regras e normas aos temas aludidos em seus livros. O autor satiriza, é irônico e transgressivo ao questionar e criticar a sociedade, a alienação, as limitações de um estilo de vida padronizado e trivial.
Diário é um livro cheio de surpresas. No início da leitura eu não esperava pelos acontecimentos um tanto estranhos e bizarros que estavam por vir. O livro é um diário destinado à Peter Wilmot, que está em coma após uma tentativa frustrada de suicídio. Misty, sua mulher, despeja no diário todas as suas frustrações, seu dia a dia e os infortúnios da filha adolescente manipulada pela avó. A própria idéia do diário veio de sua sogra.
Misty conheceu Peter na faculdade de belas-artes, ela sonhava em ser uma grande artista, mas seus planos foram por água abaixo e agora vive na ilha de Waytansea, atrás de um balcão de um hotel que recebe veranistas. O mantra de Misty é: "Alguns drinques. Algumas aspirinas. E repita".
Até aí, tudo bem, mas as coisas começam a ficar estranhas quando o telefone toca. Proprietários das casas de veraneio passam a reclamar do sumiço de alguns cômodos de suas casas. Onde havia uma cozinha, só existe uma parede. Este fato bizarro é obra de Peter, que ao reparar as casas, escondia um banheiro, um quarto... e os enchia de garranchos com mensagens misteriosas, mensagens que Misty lê em todas as casas que vai e não consegue encontrar um significado: ou seu marido estava ficando louco ou estava apenas colocando suas frustrações lá, na parede de outras pessoas.
Mas não são só as mensagens de Peter que estão por lá, existem mensagens que Misty encontra pela cidade: dentro de livros, embaixo de uma mesa, no peitoril de uma janela... mensagens que parecem alertas, cada vez mais desesperadas.
Enquanto isso, Misty volta a pintar compulsivamente, depois de ter ficado 13 anos sem tocar em uma tela. Misty parece possuída pelo espírito de Maura Kinkaid, uma pintora do século XIX que viveu naquela mesma ilha.
A sogra de Misty passa a se comportar de forma muito estranha e, de repente, Misty se dá conta que algo extremamente sinistro pode estar ocorrendo naquele lugar e a vítima só pode ser ela mesma.
Incrível! Um livro que me deixou instigada para saber o que iria acontecer, além do prazer de ler Chuck, suas frases, sua ironia, sentir sua mente sendo violada por uma enxurrada de criatividade e cinismo.
Misty conheceu Peter na faculdade de belas-artes, ela sonhava em ser uma grande artista, mas seus planos foram por água abaixo e agora vive na ilha de Waytansea, atrás de um balcão de um hotel que recebe veranistas. O mantra de Misty é: "Alguns drinques. Algumas aspirinas. E repita".
Até aí, tudo bem, mas as coisas começam a ficar estranhas quando o telefone toca. Proprietários das casas de veraneio passam a reclamar do sumiço de alguns cômodos de suas casas. Onde havia uma cozinha, só existe uma parede. Este fato bizarro é obra de Peter, que ao reparar as casas, escondia um banheiro, um quarto... e os enchia de garranchos com mensagens misteriosas, mensagens que Misty lê em todas as casas que vai e não consegue encontrar um significado: ou seu marido estava ficando louco ou estava apenas colocando suas frustrações lá, na parede de outras pessoas.
Mas não são só as mensagens de Peter que estão por lá, existem mensagens que Misty encontra pela cidade: dentro de livros, embaixo de uma mesa, no peitoril de uma janela... mensagens que parecem alertas, cada vez mais desesperadas.
Enquanto isso, Misty volta a pintar compulsivamente, depois de ter ficado 13 anos sem tocar em uma tela. Misty parece possuída pelo espírito de Maura Kinkaid, uma pintora do século XIX que viveu naquela mesma ilha.
A sogra de Misty passa a se comportar de forma muito estranha e, de repente, Misty se dá conta que algo extremamente sinistro pode estar ocorrendo naquele lugar e a vítima só pode ser ela mesma.
Incrível! Um livro que me deixou instigada para saber o que iria acontecer, além do prazer de ler Chuck, suas frases, sua ironia, sentir sua mente sendo violada por uma enxurrada de criatividade e cinismo.
Gostei bastante d resenha, o livro realmente é bom.
ResponderExcluirNão li nada dele ainda, mais se fosse ler, começaria por esse.
Bjos...
Não li nenhum.. mas assistii clube da luta então agora estou curiosíssima quanto aos livros..
ResponderExcluirfiquei curiosa com o que pode acontecer com a Misty.
ResponderExcluiradorei a resenha ^^
Não gosto desse tipo de livro..
ResponderExcluirNão o leria..
Realmente esse tamanho de letra ficou bem melhor \o/
ResponderExcluirPrimeiro eu tenho que te dizer que essa foi uma das suas resenhas que eu mais gostei, sério, ficou bem construída e me envolveu.
Quanto ao livro, ele parece ser no mínimo "curioso" kk'.. não lembro quando foi a última vez que li algum livro que tivesse esses elementos e me chamasse tanto a atenção, por que sim, depois de ler a sua resenha estou morrendo de vontade de descobrir o que tudo isso significa!
Muito obrigada pela resenha desse livro, com certeza irei amar ele *---*
Nunca tinha visto esse livro.
ResponderExcluirAssisti clube da luta, gostei.. sera q vou curtir o livro tbm?
Gosto muito de romance, entao nao sei se faz meu tipo...
Parabens pela resenha..
Bjinhoos
Sua resenha ficou bem legal, mas não sei se leria, nem assisti o clube da luta já pelo tema ser tão agressivo...acho que eu passo esse. rsrsr
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