O Diário de Bridget Jones

Título: O Diário de Bridget Jones

Autor: Helen Fielding

Editora: Record

Páginas: 319

ISBN: 9788501053213

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Havia escolhido O Diário de Bridget Jones para o Desafio Literário desse mês com o tema Livros que nos façam rir, o livro já estava há um tempinho na estante e como gostei do filme pensei que o livro seria divertido, no entanto não consegui rir uma vez sequer, nem ao menos dei um sorrisinho, por isso a resenha não irá entrar para o Desafio. 

Confesso que fiquei decepcionada com o livro e pela primeira vez gostei mais do filme do que do livro. Felizmente a narrativa segue um ritmo acelerado e a leitura flui rápido, por isso acabei não me cansando. Mas não consegui gostar de nenhum dos personagens, nem mesmo da Bridget e o tema não me agradou. 

Bridget tem trinta e poucos anos e escreve em um diário, começando com suas resoluções de ano-novo: ela quer ser uma mulher mais equilibrada, ter relações maduras, não se sentir deprimida por não ter um namorado e ter a certeza de que é uma mulher completa etc. 

Em todas as anotações de seu diário Bridget anota as calorias que consumiu (o que começou a me irritar e no lugar de ser engraçado me pareceu que ela tem sérios problemas o que, eu acredito, não deve ser levado na brincadeira). É uma verdadeira obsessão, cansa! Também anota as unidades alcoólicas que ingeriu (como alguém pode beber tanto?). 

Bridget sempre termina com alguma coisa como: "amanhã começo uma dieta", "amanhã irei para a academia", "amanhã encontrarei um emprego melhor e que goste" etc., mas ela nunca faz nada e as coisas sempre ficam para amanhã mesmo. 

Ela também é obcecada com a idade, fica procurando rugas e se sente horrível o tempo todo. Apesar de bancar a mulher independente ela sonha em encontrar o príncipe encantado e tem uma paixonite pelo seu chefe, Daniel Cleaver, com quem acaba trocando mensagens pelo computador durante o trabalho e depois de um vai-e-vem os dois mantêm um caso. Daniel é um tipo de cara irritante. Como não existem descrições dos personagens no livro, eu só posso dizer que ele é um bêbado. 

Mark Darcy (que no filme é tudo de bom) não aparece muito no livro e também não há nenhuma descrição dele. Tanto a mãe de Bridget, uma personagem extremamente irritante que está passando por uma crise de "cansei de toda essa me***" e deixa o pai de Bridget para viver suas aventuras, como Una, melhor amiga de sua mãe, teimam em fazer com que Bridget "enlace" Mark nos encontros que ocorrem quando as famílias se reúnem, mas Mark parece um cara um tanto presunçoso e certinho demais para Bridget que não quer nem ouvir falar no nome dele. 

Bridget vive seus altos e baixos, com uma subchefe detestável, com casais à sua volta perguntando quando ela irá arranjar um namorado e ainda por cima precisa lidar com suas próprias "neuras". 

Ela tem o apoio dos amigos e corre em busca de conselhos, especialmente amorosos, quando se encontram: Jude tem um relacionamento vai-e-volta com Richard, um sujeito que parece ter horror à compromisso e magoa Jude sempre (e o que ela faz? Vive pisando em ovos para não assustá-lo ou demonstrar muito afeto); Sharon possui discursos baseados em livros de auto-ajuda e sempre aparece com uma idéia diferente para "melhorar" a vida de Bridget através de um monte de baboseira; Tom parece ser seu amigo mais sensato (menos quando entra naquela de estou-velho-gordo-acabado-e-ninguém-me-ama) e; por fim, Magda, a única amiga casada de Bridget que acaba lhe mostrando que o casamento não é um mar de rosas. 

Os personagens são extremamente superficiais e não gostei dos vícios de linguagem durante a leitura (nunca li tantos argh em lugar algum). Não é uma leitura que recomende e, por incrível que pareça, irei ler o segundo volume, Bridget Jones: No Limite da Razão (ah, a Paula gosta de sofrer, hahaha). Eu detestei o segundo filme, mas quem sabe o segundo livro seja um pouquinho melhor? É claro que o livro vai acabar esperando um bom tempo na estante e se não gostar, irei fazer a mesma coisa que fiz quando terminei de ler este primeiro livro: fui assistir New Girl e dar boas risadas, hehehe. 

E o terceiro livro da série estará chegando nas livrarias em novembro, mesmo mês de lançamento em português no Brasil, pela Editora Paralela. E tem mais: um terceiro filme está sendo produzido com Renéé Zellweger e Hugh Grant no elenco, no entanto a história não será baseada no terceiro livro, mas em alguns contos antigos da escritora Helen Fielding. O filme tem estréia prevista para o próximo ano. (Ok, nenhuma notícia me deixou dando pulos de alegria, rs).