Carol


Título: Carol

Autor: Patricia Highsmith
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 296
ISBN: 8525414638

"Procurou imaginar como seria trabalhar quinze anos nas lojas de departamentos Frankenberg's e descobriu-se incapaz de fazê-lo. "Quem tivesse 25 anos de casa", dizia o livreto, "ganhava férias de quatro semanas." A Frankenberg's também oferecia uma colônia de férias, no inverno e no verão. Deviam ter uma igreja também, pensou ela, e uma maternidade. A loja era organizada de uma maneira tão parecida com uma prisão que, de vez em quando, sentia medo ao perceber que fazia parte daquilo". (p. 9)

Therese Belivet (Terry) vasculhara Nova York em busca de um emprego, mas quem daria emprego, no meio do inverno, a uma aprendiz de cenógrafa que mal havia entrado na aprendizagem do ofício? Richard dizia que ela estaria na França no próximo verão, ele queria que ela fosse com ele e nada a impedia de ir. O amigo de Richard, Phil, disse-lhe que talvez conseguisse um emprego para Therese junto a um grupo teatral, mas ela duvidava, e também não acreditava na possibilidade de estar com Richard na Europa durante o próximo verão, sentada com ele nos cafés ao ar livre, encontrando os lugares que Van Gogh pintara. Tudo isso parecia menos real durante os últimos dias em que Therese trabalhara na loja. 

Therese sabia o que a incomodava ali e era o tipo de coisa que não contava a Richard, pois a loja intensificava coisas que sempre a incomodaram, toda vez que se lembrava delas. Atos absurdos, tarefas sem sentido que a impediam de fazer aquilo que ela queria, que poderia ter feito, a sensação de isolamento de todos em relação a todos, de modo que o sentido, a mensagem, o amor, a condição, qualquer que fosse ela, de toda a vida, jamais podia encontrar a sua expressão. Eram os procedimentos complicados em relação às bolsas, revistas de casacos e relógios de ponto que impediam as pessoas de trabalharem com a eficiência que eram capazes. 

"Lembrava-lhe conversas à mesa, ou em sofás, com pessoas cujas palavras pareciam pairar sobre coisas mortas e paradas e que jamais faziam soar corda alguma. E que quando a gente procurava tocar uma corda vibrante, nos olhavam com a mesma máscara rígida de sempre, fazendo algum comentário tão perfeito na sua banalidade que a gente sequer conseguia crer que talvez fosse um subterfúgio. E a solidão, ampliada pelo fato de que na loja sempre se viam os mesmos rostos, dia após dia, os poucos rostos com quem a gente poderia falar, e jamais falou, ou jamais poderia falar. Diferente do rosto que passa no ônibus, parecendo querer exprimir algo, que a gente vê só uma vez e acaba desaparecendo para sempre". (p. 11) 

Aos 19 anos, Therese sentia-se angustiada. 

Tinha um relacionamento estranho com Richard. A regra em Nova York, pelo que vira, era todo mundo dormir com todo mundo, e embora Therese tenha tentado ter um caso com Richard  três ou quatro vezes no decorrer do ano em que o conheceu, os resultados foram negativos. Apesar disso, Richard dizia que preferia esperar (o que ele queria dizer era que queria esperar até ela gostar mais dele) e até a pedira em casamento. Ela sabia que ele faria o pedido novamente antes de partirem para a Europa, mas Therese não o amava o bastante para casar-se com ele, mas o vulto da sra. Semco, mãe de Richard, surgia diante dela com um sorriso, abençoando o casamento e enchendo Therese de aflição.

Considerava-se apaixonada por Richard, mas apenas às vezes, quando acordava e lembrava-se do momento que o conheceu, de seu rosto brilhando de afeto por ela, mas quando o vácuo sonolento era preenchido pela consciência da hora, do dia, do que teria que fazer, o sentimento não era mais o mesmo. Aquilo que ela sentia também não tinha a menor semelhança com o que lera sobre o amor, deveria ser uma espécie de insanidade feliz e nem ela ou Richard agiam como loucos felizes. 

Mais um dia de trabalho como vendedora na Frankenberg's. Tudo poderia ser exatamente igual aos outros dias se Therese não avistasse aquela mulher. 

"Ela era alta e clara, com um longo corpo elegante dentro do casaco de pele folgado, que ela mantinha aberto com a mão na cintura. Seus olhos eram cinzentos, claros, e, no entanto, dominadores, como luz ou fogo, e, depois de capturada por eles, Therese se viu incapaz de desviar o olhar". (p. 39)

A mulher escolhia o presente de Natal da filha, uma boneca, e deixou seu endereço para que a entrega fosse feita. A sra. H. F. Aird, que deveria ter cerca de trinta ou trinta e dois anos chamou sua atenção. Therese logo comprou um cartão de Natal, nada muito interessante e ficou pensando no que poderia escrever: "você é magnífica" ou "eu te amo", mas acabou optando por uma mensagem impessoal e inexpressiva, acrescentando o seu número, 645-A, em vez de uma assinatura. 

No dia seguinte, a última sexta antes do Natal, Therese recebeu uma ligação no trabalho. Era a sra. Aird, agradecendo pelo cartão e perguntando se Therese gostaria de tomar um café ou um drinque, afinal já estavam próximos do Natal. 

"- Como é que você mora sozinha? - perguntou a mulher, e antes que Therese se desse conta, contara à mulher toda a história da sua vida. 
Mas não com detalhes entediantes. Em seis frases, como se tudo aquilo lhe importasse menos que uma história que ela lera em algum canto. E que importavam os fatos, afinal de contas, que sua mãe fosse francesa ou inglesa ou húngara, ou que seu pai fora um pintor irlandês, ou um advogado checo, se tivera sucesso ou não, ou se a sua mãe a levara à ordem de Santa Margarete como uma criancinha chorona, problema, ou uma como uma criança problemática e melancólica de oito anos de idade? Ou se lá ela fora feliz. Porque estava feliz agora, a começar de hoje. Não tinha necessidade de pais ou de um passado. 
- O que poderia ser mais chato que a história do passado? - disse Therese rindo. 
- Talvez futuros que não terão história alguma". (p. 51)

Therese conseguia observar nos olhos de Carol, que olhavam diretamente para ela, certa dose de humor, além de curiosidade e também um desafio. 

"- Que garoto esquita é você.
- Por quê?
- Caída do espaço - disse Carol". (p. 52)

Andava com Richard e Therese pensava que eles poderiam parecer amantes. Mas o que ela sentia por Carol? Seria quase como amor, mas Carol era uma mulher, não era uma loucura, mas aquilo a deixava muito feliz, e como ela poderia estar mais feliz do que agora? Pensava em Carol, se estaria com ela naquele mesmo horário no dia seguinte, quando Richard convidou-a para almoçar com sua família, coisa que ela já havia feito, mas não iria dessa vez. Poderia inventar desculpas mas não queria mentir ainda mais para Richard ou contar-lhe sobre Carol, esperava que ele nunca viesse a conhecê-la. 

Richard percebeu que Therese estava distante e se nem tinha vontade de passar um domingo com ele, como poderiam passar meses juntos na Europa? Ele queria dizer que ela praticamente não lhe dava nenhum carinho, mas Richard não o diria, pois sabia que ela não estava apaixonada por ele, por que, então, esperava afeto dela? Mas o fato de não estar apaixonado por ele fazia Therese se sentir culpada, culpada de aceitar alguma coisa dele, como um presente de aniversário, um convite para almoçar com a sua família e até mesmo o tempo dele. 

"- Está certo... Eu sei. Não estou apaixonada por você - disse ela. 
- Se você quiser desistir de tudo isso... quero dizer, até de me ver, então desista - não era a primeira vez que ela dizia aquilo. 
- Terry, você sabe que prefiro estar com você do que com qualquer outra pessoa no mundo. Isso é que é infernal". (p. 57)

No domingo as ruas estavam vazias e Carol estava atrasada quinze minutos, mas não tinha importância, Therese provavelmente a esperaria o dia inteiro e pela noite adentro. Mas Carol apareceu com seu carro e a chamou para ir até a sua casa. Apenas a empregada encontrava-se lá e Therese não sabia o que fazer ou dizer. Therese estava cansada e Carol disse-lhe que uma soneca não faria mal algum. 

"- O que você quer. Algo para beber? 
Therese sabia que ela queria dizer água. Sabia pelo carinho e preocupação na sua voz, como se ela fosse uma criança doente, com febre. Então Therese disse:
- Acho que gostaria de um pouco de leite quente. 
O canto da boca de Carol se retraiu num sorriso:
- Um pouco de leite quente - zombou ela. E depois saiu do quarto". (p. 67)

Therese estava sonolenta e Carol fez-lhe perguntas, que ela respondeu. Therese ouvia sua voz se avolumar num falatório e se deu conta que chorava. Nem Richard sabia de tudo aquilo e Carol queria saber quem mais havia na vida de Therese além dele. Não existia ninguém, ela fugira de todos.

Na véspera de Natal as duas se encontraram novamente e o sorriso de Carol parecia cansado. Ela lhe contou sobre o divórcio e quando Therese perguntou sobre a guarda de sua filha Carol mudou de assunto, queria saber mais sobre Therese, se amava Richard ou se já havia se relacionado com ele. 

Sim, Therese já havia se relacionado com Richard, duas ou três vezes, não achara agradável, além disso não estava apaixonada por ele. 

"- Amar alguém?
- Se apaixonar. Ou até ter desejo de fazer amor. Acho que em todos nós o sexo flui mais lentamente do que gostaríamos de acreditar, especialmente os homens. As primeiras aventuras não passam da satisfação de certa curiosidade, e depois a gente fica repetindo os mesmos gestos, procurando encontrar... o quê? 
- O quê? - repetiu Therese.
- Será que existe o termo certo? Um amigo, um companheiro, ou talvez apenas alguém que compartilhe. De que servem as palavras? Quero dizer, acho que às vezes as pessoas buscam no sexo coisas que se podem achar muito mais facilmente de outra maneira". (p. 83 e 84)

Naquele dia as duas compraram uma árvore de Natal e com o rádio da sala de estar ligado tocando músicas natalinas e um drinque para ambas, montaram a árvore de Natal. Apesar de ter sido divertido, Carol tornara-se amarga e fria e Therese teve vontade de chorar. Mais uma vez ela dormiu na casa de Carol. 

Carol parecia triste, derrotada, no dia de Natal e a presença de sua amiga Abby melhorou o seu humor. As duas pareciam se conhecer bem e Abby tentava incluir Therese em algo impossível de se incluir. As amigas conversavam sobre a viagem que Carol faria e Therese sentiu-se tensa com a possibilidade de Carol viajar sem ela. 

"Era ou não era amor aquilo que sentia por Carol? E que coisa absurda, ela sequer sabe. Já ouvira falar de garotas se apaixonando, e sabia o tipo de pessoas que elas eram, e que aspecto tinham. Nem ela nem Carol tinham esse aspecto. E no entanto o que sentia por Carol preenchia todos os requisitos para o amor e se enquadrava em todas as descrições". (p. 100)

Therese conseguira seu primeiro trabalho de verdade, já que agora não estava mais na loja de departamentos, não era uma peça na Broadway, seria no Village, uma comédia. Carol iria partir logo e para ela parecia não significar nada que as duas ficariam sem se ver por um mês. 

"Abby parou de andar:
- Desculpe - disse, virando-se para ela. - Acho que agora eu compreendo melhor. 
- Compreende o quê?
- Apenas que... você ganhou". (p. 121)

Apesar do que Abby dissera, Carol estava distante. Iria partir dentro de uma semana e perguntou se Therese gostaria de ir com ela, mas a pergunta parecia não ter nenhum valor, como se não importasse se Therese fosse ou não. Carol, no entanto, aos poucos dizia o que estava acontecendo: o divórcio provavelmente acabaria dentro de um mês, mas Harge, seu marido, estava com Rindy, a filha deles, e apesar de Carol conversar com ela por telefone, não a via muito. Talvez depois do divórcio as coisas ficassem diferentes, com os arranjos do advogado, mas o advogado era de seu marido e não dela. Além disso, a família de Harge nunca gostara de Carol. 

"- Nunca me deram muito valor. Vivem reclamando, desde que Harge me conheceu numa festa de formatura qualquer. Eles são ótimos para criticar. Eu às vezes fico pensando quem seria aprovado por eles.
- Por que eles te criticam?
- Por ter uma loja de móveis, por exemplo. Mas isso não chegou a durar um ano. Depois por não jogar bridge, ou por não gostar de jogar. Ele gostam de coisas fúteis, das coisas mais fúteis. 
- Parecem terríveis. 
- Não são terríveis. É que esperam que a gente se adapte a eles. Eu os conheço, gostariam de um formulário em branco que pudessem preencher. Uma pessoa preenchida os deixa tremendamente preocupados". (p. 134)

Therese aceitou o convite, era hora de conhecer a América. Seu trabalho estava pronto, mas não estaria presente no dia da estréia da peça. Richard já conhecera Carol e Therese contou-lhe sobre a viagem. Olhava para Richard e lembrava-se de um momento de satisfação que haviam compartilhado, parecia real e raro, mas perguntava-se para onde tudo aquilo fora. No presente momento a presença de Richard a oprimia. 

Richard dizia que Therese estava com uma paixonite como as colegiais e que Carol brincava com ela, divertindo-se à sua custa. Para ele era absurdo e dentro de uma semana ela iria superar tudo aquilo e ele iria esperá-la. 

Durante a viagem o humor de Carol variava e Therese não sabia o que fazer para ajudá-la. Às vezes era tratada como uma criança e se Carol pedia para que ela fizesse alguma coisa ela fazia. Outras vezes ela não estava tão séria, mas divertida, calma, olhando diretamente para Therese, mostrando que a via. 

"Distinguiu os cabelos claros de Carol na frente de seus olhos, e agora a cabeça de Carol estava encostada na dela. E não precisava perguntar se aquilo estava certo, não era da conta de ninguém, porque aquilo não poderia ser mais certo ou perfeito". (p. 193)

"Era malícia o que ela percebera no seu sorriso, apesar dele se dizer imparcial, ela era capaz de sentir nele, de fato, um desejo pessoal de separá-las, porque ele sabia que elas estavam juntas. Só agora ela percebera o que já intuíra antes, que o mundo inteiro estava pronto para ser seu inimigo, e de repente o que havia entre ela e Carol não pareceu mais amor ou felicidade e sim algo monstruoso, que as mantinha agarradas pelo punho". (p. 235)

Carol, de Patricia Highsmith, é um livro perturbador, libertador e lindo. Perturbador, pois possui personagens com uma bagagem carregada, personalidades ora expressivas, ora não nítidas, diálogos autênticos, suspense psicológico e uma atmosfera de mistério. Libertador, pois o leitor observa o amadurecimento de Therese, a libertação sexual e a rigidez madura de Carol. Lindo, pois tudo isso se mescla a uma narrativa sensacional, que assalta o leitor, é vivaz, inteligente e viciante, podendo tornar-se desconfortável para quem não gosta de livros que tratam de dramas psicológicos. 

A obsessão de Therese, as mudanças de comportamento de Carol, a própria obsessão de Richard e tantos outros elementos que estão presentes na obra deixam o leitor vidrado, loucos por um desfecho, mas sem saber por qual, pois a personalidade dos personagens não nos faz torcer por determinado personagem, mas nos leva a uma viagem que nos envolve tanto que não sabemos mais pelo o que esperar! 

Carol foi o segundo romance de Patricia Highstmith (1921 - 1995) e levava outro título, The price of salt. Seu trabalho foi recusado pelo editor norte-americano por colocar em cena o relacionamento homossexual entre duas mulheres (o livro não é erótico). O livro acabou sendo publicado em 1953, sob o pseudônimo de Claire Morgan, e obteve grande sucesso. Carol também inspirou o romance Lolita, de Nabokov.

O primeiro romance de Patricia, Strangers on a train, foi publicado em 1950 e tornou-se êxito comercial. O livro foi adaptado ao cinema por Alfred Hitchcok no ano seguinte, levando o nome de Pacto Sinistro aqui no Brasil. 

Sua mais célebre criação ficcional é Tom Ripley, o ambíguo psicopata, que apareceu em 1955 em The talented Mr. Ripley (O talentoso Mr. Ripley), que ainda protagonizaria quatro outros romances. O livro foi adaptado ao cinema em 1999 sob o título O talentoso Ripley, o que colaborou para que a autora fosse redescoberta nos Estados Unidos, já que suas obras faziam mais sucesso na Europa. 

A autora publicou mais de vinte livros e recebeu várias distinções, entre elas o prêmio O. Henry Memorial, o Edgar Allan Poe, Le Grand Prix de Littérature Policière e o prêmio da Crime Writer's Association da Grã-Bretanha. 

"Nunca escrevi outro livro como este. Meu livro seguinte foi The Blunderer. Gosto de evitar rótulos. São as editoras americanas que gostam deles". (Patricia Highsmith, 24 de maio de 1989)  

Adaptação

Todd Hayes (Não Estou Lá, Longe do Paraíso e Velvet Goldmine) irá dirigir a adaptação de Carol para os cinemas. O elenco conta com Cate Blanchett e Mia Wasikowska. A produção do filme fica por conta de Elizabeth Karlsen (Revolução em Dagenham) e Stephen Woolley (Entrevista com o Vampiro). O filme ainda não tem data de previsão de estréia. 


Junho - Romance Psicológico

10 comentários:

  1. Que legal vai ter filme! :D

    Gosto de romance psicologico e me interessei bastante por esse, principalmente por ser um tema um pouco diferente, o romance entre duas mulheres.

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  2. Oi, Paula!
    A história parece ser mesmo muito boa, mas não é o estilo que costumo ler, então acabei não me interessando pelo livro! :/

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  3. Bacana essa história, gostei. Tem uma trama bem boa pelo que entendi.

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  4. Eu adoro esse estilo literário, gostei bastante da resenha. Eu ainda não conhecia o livro. E devo confessar que se fosse comprar só de olhar que acho que não compraria, porque a achei a capa um pouco feia ;/
    Beijos

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  5. Acho interessante um romance entre duas mulheres entre homens tem alguns mas mulheres..poucos. Ainda não tinha ouvido falar deste.
    Gosto de romance mais psicologicos mas este não chamou minha atenção,
    beijos.

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  6. Eu nunca li nada desse tipo, e pelo livro ser algo totalmente diferente do q eu leio, eu me interessei muito!!!
    Gostei muito da resenha!!!

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  7. Nunca tinha ouvido falar desse livro e não fiquei interessada.
    O livro que escolhi para o desafio desse mês foi A Menina que não sabia ler.

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  8. Esse livro parece ser muito bom, mas não gosto muito de dramas psicológicos. Mas acho que ele poderia me surpreender, sempre estou aberta a novas experiências. Quando o filme for lançado, posso até assistir pra ver o que acho, e daí vejo se vale a pena ler :)

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  9. Oi Paula, não conhecia o livro e menos ainda a autora, adorei todos os quotes que vc selecionou, fiquei interessada pois me parece uma leitura realmente intensa e totalmente diferente do que estou acostumada a ler.
    Adorei a dica e a resenha. =)

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  10. Eu sou dessas de "olhar o livro pela capa" sabe? E eu não gostei muito da capa não, mas, o livro parece ser bom. Vai ter filme? Interessante. Adorei a resenha :)

    Beijos, Andressa.

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