Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
ISBN: 9788581632216
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Wisteria (Wisty) e Whitford (Whit) Allgood são surpreendidos no meio da noite em sua casa por homens uniformizados, soldados da Nova Ordem, e por Byron Swain, um garoto da escola que todos odeiam, esnobe e puxa-saco, acusados de bruxaria e levados ao Reformatório da Nova Ordem.
Wisty tinha apenas 15 anos e seu irmão, Whit, quase 18. Não faziam ideia do que estava acontecendo, toda aquela situação não fazia sentido, além disso, seus pais pareciam horrorizados, mas nada surpresos com os eventos daquela noite. E coisas ainda mais estranhas aconteceram naquela madrugada...
"- Não! Mãe! Pai! Socorro! - berrei e tentei me soltar, mas era como tentar sair de uma gaiola feita de aço. Braços duros como pedra me arrastaram em direção à porta. Consegui virar o pescoço e olhar para os meus pais pela última vez, marcando a ferro e fogo na minha memória o terror no rosto deles, as lágrimas em seus olhos. E, bem naquele momento, me senti envolvida por uma brisa, como se um vento forte e quente estivesse soprando contra mim. Imediatamente, o sangue subiu para a minha cabeça e o suor pareceu pular da minha pele e fritar até virar vapor. Ouvi um zumbido ao meu redor e então... Você não vai acreditar, mas é verdade. Eu juro! Eu vi e senti chamas enormes explodirem de cada poro do meu corpo." (p. 26)
Tudo parecia um pesadelo horrível, mas tornava-se realidade à medida que as únicas lembranças de suas vidas antes dos macacões cinza e listrado e da cela com barras eram uma baqueta (Wisty) e um livro velho em branco (Whit) dados por seus pais (de acordo com o Código da Nova Ordem cada um deles podia levar um objeto da casa), mesmo que eles não fizessem sentido algum.
No pavilhão em que os irmãos se encontravam, Wisty percebeu vários rostos, todos de crianças, uma mais assustada que a outra. Aquela prisão parecia estar cheia de crianças e de mais ninguém.
Byron aparece de novo, dessa vez para interrogar Wisty e Whit, mas os dois não possuem segredo algum para admitir. Na verdade, não fazem ideia do que Byron está falando. Mas o garoto afirma que as coisas irão ficar piores.
Depois da visita nada agradável de Byron, Whit adormece e sonha com Célia, sua namorada que desapareceu misteriosamente. O sonho é muito real para Whit e Célia o avisa que precisa ser forte, ele e Wisty, ou então morrerão.
Chegara o dia em que os irmãos iriam ao tribunal. Algemados, depararam-se com um enorme retrato de O Único Que É O Único pendurado bem no meio da sala, como se ele fosse um general ou um imperador. Em frente a mesa do juiz havia uma grande jaula onde Wisty e Whit foram empurrados por um guarda. Uma dúzia de guardas armados permaneciam ao redor da jaula e um juiz, O Único Que Julga, provavelmente, olhava ameaçadoramente para todos os lugares. O júri era composto apenas por homens, com os rostos definitivamente expressando desaprovação. Seus olhos eram frios e cheios de ódio.
O juiz Ezekiel Raiwa disse, ou melhor, berrou, acusando Wisty e Whit dos crimes mais sérios contra a Nova Ordem. Os dois eram uma ameaça a tudo o que era adequado, certo e bom. Pelo testemunho da polícia ficaram sabendo de suas últimas perpetrações nas artes das trevas. Também sabiam da "periculosidade" dos irmãos através das investigações conduzidas pela Agência de Segurança da Nova Ordem e graças à Profecia. Perguntados como se declarariam em relação as acusações os irmãos afirmaram que eram inocentes.
Era a vez do júri. Em uma imitação grotesca da justiça, todos viraram os polegares para baixo.
"- Vocês estão de brincadeira! - Wisty berrou. - Isso não é justo!
Pá!, fez o cassetete de novo. Pá! Pá! Pá!" (p. 52)
Os dois foram culpados de todas as acusações e considerados bruxos. Os irmãos estavam chocados, mas ainda não tinham ouvido tudo. Ambos os crimes seriam punidos com o enforcamento, mas as execuções não eram permitidas até o criminoso atingir 18 anos, idade que Whit completaria em menos de um mês. Por isso os irmãos ficariam na penitenciária do Estado, aguardando...
Enquanto estavam no furgão, com o rosto colado em uma janelinha, podiam observar as ruas cheias de soldados, mas o que mais chamou a atenção deles foi uma placa que acabava de ser instalada onde podia-se ler "procurados por traição e prática criminosa das artes abomináveis", sob estas palavras estavam fotografias em preto e branco de seus pais e a mensagem terminava com: "vivos ou mortos!".
Quando o furgão parou, Wisty e Whit puderam perceber um prédio grande onde ainda podia se ler "Hospital Psiquiátrico Estadual General Bowen".
"Eu sei que a vida é uma droga quando você não vê a hora de ser institucionalizado, drogado ou até passar por uma sessão de choque para voltar à realidade. A essas alturas, eu aceitaria uma lobotomia numa boa. Acho que é isso que temos que encarar quando a liberdade deixa de ser um sonho. Lobotomia ou morte!" (p. 62 e 63)
Whit sonha mais uma vez com Célia. Dessa vez ela o avisa que existe uma profecia, que ela está escrita em um muro em seu futuro e que ele deve aprender mais sobre ela. Whit faz parte disso, nunca deve se esquecer dela pois irá tomar conta desse mundo, é por isso que a Nova Ordem tem tanto medo dele e da Wisty.
Os dias no "hospício" eram piores que na prisão. Os irmãos não sabiam o que esperar quando a porta se abria. Podia ser a enfermeira-chefe, uma mulher medonha com seu aparelho de choque paralisante ou o visitante, um homem com aspecto pavoroso, a figura da Morte, que carregava sempre um chicote consigo e que não hesitava em usar.
Um dia Wisty mostra para seu irmão o velho diário que seu pai entregou para Whit e para surpresa de ambos ele está preenchido, no entanto, o livro mostra coisas diferentes para cada um deles, mais exatamente, o que cada um quer ver.
"- Temos que descobrir como isso funciona - Wisty disse, tensa. - Eu sei que você acha que sou louca, mas estou começando a acreditar nessa história de bruxa e bruxo. Na nossa mágica. Temos que treinar, Whit. Temos que ter mais força de vontade. Talvez você seja um bruxo. Talvez eu seja uma bruxa." (p. 86)
Os dias iam passando e eram preenchidos com testes e mais testes. Testes de força física, testes de inteligência, testes de "normalidade", exames médicos etc. Mas além disso Wisty ficava cada vez mais convicta de que poderia ser uma bruxa: seu corpo havia brilhado uma vez, conseguira flutuar, virara uma "tocha humana" e quando o juiz lançara o martelo na direção de Whit ele simplesmente havia ficado parado no ar. Ela só não conseguia fazer as coisas quando queria.
Whit, por sua vez, conseguira atravessar a parede de concreto da cela. O que ele vira do outro lado parecia ser uma outra dimensão, um mundo de sombras. Tudo era preto, ou cinza, ou tingido com um verde meio brilhante. Dentre as sombras, os ruídos de estática e trechos de conversa distorcidos, Whit avistou um rosto conhecido, Célia.
"- Não venha aqui de novo, Whit. - ela me pediu. - Essa é a Terra das Sombras. É um lugar para os espíritos. É isso o que eu sou agora. Sou um fantasma." (p. 101)
Wisty e Whit são levados ao tribunal mais uma vez: o juiz Ezekiel Raiwa quer saber quem eles subornaram, pois seus exames voltaram normais. Perguntava se eles haviam usado feitiçaria ou feito alguma coisa nas máquinas. A situação era absurda, os irmãos não haviam feito nada.
"Barata! Você é um baratão!", gritei, dentro da minha cabeça. "Ah, se eu pudesse transformar o juiz Raiwa em uma barata", pensei. "Eu sou uma bruxa, certo? Então, por que não posso fazer isso? Por quê? Por quê? Por quê?" (p. 108)
Wisty imaginava que bruxas lançavam feitiços, mas ela não conhecia nenhum. Apenas se lembrava de algumas rimas que aprendera quando criança, iria tentar descobrir se dava certo e com uma musiquinha sobre moscas Wisty teve certeza que fizera algo, pois a sala do tribunal estava cheia de moscas-varejeiras enormes. A sala virou um caos com as moscas se lançando sobre as pessoas e os guardas berrando feito menininhos, mas não era só isso, as moscas sumiram, tornando-se sanguessugas que se grudaram nos braços e rostos de todo mundo. Aquela teria sido uma ótima chance de escapar se O Único Que É O Único não surgisse e fizesse tudo voltar ao lugar.
Tendo observado os irmãos no tribunal e no Hospital, garantiu que faria mais exames nos dois até encontrar a resposta que buscava, até resolver o quebra-cabeças dos Allgood.
"- Olha! - alguém gritou e eu me virei para a Parede das Profecias de novo. Dessa vez, vi letras se formando. Mas o que é...?
UM DIA, EM BREVE, OS JOVENS COMANDARÃO O MUNDO...
Senti um arrepio na espinha. Eu já tinha ouvido palavras similares antes... da Célia. A mensagem continuou:
... E FARÃO UM TRABALHO MUITO MELHOR QUE O DOS ADULTOS." (p. 192)
Confesso que esperava mais de Bruxos e Bruxas, de James Patterson e Gabrielle Charbonnet. Imaginava uma distopia bem elaborada e com bastante mistério, mas não foi isso que encontrei. Bruxos e Bruxas possui uma boa premissa, mas a história, na minha opinião, não foi bem elaborada. Muita coisa acontece em poucas páginas e os capítulos são muito curtos (2 páginas, às vezes 1), o que acaba fragmentando demais a história, perde-se a linha de raciocínio. Além disso, os capítulos são intercalados com a visão de cada um dos irmãos e o nome deles é tão parecido que acaba confundindo! O livro também não teve uma boa recepção lá fora (li críticas negativas, especialmente acerca dos capítulos curtos, que "quebram" a leitura e "buracos" no enredo).
Mas tem seus pontos positivos. Os personagens principais são de certa forma cativantes, Wisty não é a mocinha medrosa e chorona e Whit não é o típico machão. Os dois também possuem uma bela relação, onde um cuida do outro e unem as forças para fazer o que for preciso.
Todo o lance de magia é bem significativo no livro, creio que traduz a força dos jovens e sua capacidade de criar.
O livro traz várias referências da cultura pop, por exemplo: existem livros que foram banidos por serem especialmente ofensivos, entre eles estão A Invenção de Bruno Genet, A Menina e o Presuntinho, O Rebatedor nos Campos de Trigo, O Ladrão de Trovões, A Terra Derretida, Harry Podre e a Ordem dos Idiotas, a Saga "Aurora" e Edragão.
Bruxos e Bruxas é um livro voltado para o público mais jovem e é o primeiro de uma série que leva o mesmo nome. Os direitos do livro já foram adquiridos para o cinema.
Visite o site que a Novo Conceito criou exclusivamente para o livro e baixe o primeiro capítulo do livro.
Espero que o próximo volume me empolgue mais.
Wisty e Whit são levados ao tribunal mais uma vez: o juiz Ezekiel Raiwa quer saber quem eles subornaram, pois seus exames voltaram normais. Perguntava se eles haviam usado feitiçaria ou feito alguma coisa nas máquinas. A situação era absurda, os irmãos não haviam feito nada.
"Barata! Você é um baratão!", gritei, dentro da minha cabeça. "Ah, se eu pudesse transformar o juiz Raiwa em uma barata", pensei. "Eu sou uma bruxa, certo? Então, por que não posso fazer isso? Por quê? Por quê? Por quê?" (p. 108)
Wisty imaginava que bruxas lançavam feitiços, mas ela não conhecia nenhum. Apenas se lembrava de algumas rimas que aprendera quando criança, iria tentar descobrir se dava certo e com uma musiquinha sobre moscas Wisty teve certeza que fizera algo, pois a sala do tribunal estava cheia de moscas-varejeiras enormes. A sala virou um caos com as moscas se lançando sobre as pessoas e os guardas berrando feito menininhos, mas não era só isso, as moscas sumiram, tornando-se sanguessugas que se grudaram nos braços e rostos de todo mundo. Aquela teria sido uma ótima chance de escapar se O Único Que É O Único não surgisse e fizesse tudo voltar ao lugar.
Tendo observado os irmãos no tribunal e no Hospital, garantiu que faria mais exames nos dois até encontrar a resposta que buscava, até resolver o quebra-cabeças dos Allgood.
"- Olha! - alguém gritou e eu me virei para a Parede das Profecias de novo. Dessa vez, vi letras se formando. Mas o que é...?
UM DIA, EM BREVE, OS JOVENS COMANDARÃO O MUNDO...
Senti um arrepio na espinha. Eu já tinha ouvido palavras similares antes... da Célia. A mensagem continuou:
... E FARÃO UM TRABALHO MUITO MELHOR QUE O DOS ADULTOS." (p. 192)
Confesso que esperava mais de Bruxos e Bruxas, de James Patterson e Gabrielle Charbonnet. Imaginava uma distopia bem elaborada e com bastante mistério, mas não foi isso que encontrei. Bruxos e Bruxas possui uma boa premissa, mas a história, na minha opinião, não foi bem elaborada. Muita coisa acontece em poucas páginas e os capítulos são muito curtos (2 páginas, às vezes 1), o que acaba fragmentando demais a história, perde-se a linha de raciocínio. Além disso, os capítulos são intercalados com a visão de cada um dos irmãos e o nome deles é tão parecido que acaba confundindo! O livro também não teve uma boa recepção lá fora (li críticas negativas, especialmente acerca dos capítulos curtos, que "quebram" a leitura e "buracos" no enredo).
Mas tem seus pontos positivos. Os personagens principais são de certa forma cativantes, Wisty não é a mocinha medrosa e chorona e Whit não é o típico machão. Os dois também possuem uma bela relação, onde um cuida do outro e unem as forças para fazer o que for preciso.
Todo o lance de magia é bem significativo no livro, creio que traduz a força dos jovens e sua capacidade de criar.
O livro traz várias referências da cultura pop, por exemplo: existem livros que foram banidos por serem especialmente ofensivos, entre eles estão A Invenção de Bruno Genet, A Menina e o Presuntinho, O Rebatedor nos Campos de Trigo, O Ladrão de Trovões, A Terra Derretida, Harry Podre e a Ordem dos Idiotas, a Saga "Aurora" e Edragão.
Bruxos e Bruxas é um livro voltado para o público mais jovem e é o primeiro de uma série que leva o mesmo nome. Os direitos do livro já foram adquiridos para o cinema.
Visite o site que a Novo Conceito criou exclusivamente para o livro e baixe o primeiro capítulo do livro.
Espero que o próximo volume me empolgue mais.
Quando começou as noticias sobre o lançamento do livro eu me interessei, mas depois de saber mais sobre a história e de ler algumas resenhas perdi a vontade. Parece meio bobo.
ResponderExcluirQue sem graça os nomes que colocaram para fazer referencia, podiam ter trocado para nomes mais criativos
Eu sinceramente nunca esperei muita coisa desse livro, com toda essa divulgação q a NC fez muita gente ficou mega super cheio de espectativas, mas eu particularmente não, não é q eu não queria lê-lo, eu quero, mas o fato é que eu nunca esperei um super livro que entraria pros melhores do ano, ou da minha vida.
ResponderExcluirDuvido que alguém não tenha visto ou ouvido falar desse livro, foi tanto marketing rs, mas enfim, já li algumas resenhas sobre Bruxos e Bruxas, e a maioria não fala tão bem do livro, sempre com um: "Esperava mais..." e acho que vou ter a mesma opinião sobre o livro, é incrível, todos os blogueiros estão falando isso '-' Dizem que poderia ser mais elaborada, que as coisas acontecem bem rápido, capítulos curtos. E eu não gosto de capítulos assim... Enfim, eu to curiosa pra ler o livro só pra entender melhor sobre essa Nova Ordem. Adorei a resenha :)
ResponderExcluirBeijos, Andressa
Quase todo mundo que já leu diz que esperava mais. Eu ainda não li, mas ainda continuo com muita vontade de ler, espero não me decepcionar.
ResponderExcluirBjos!
Ah que pena... a divulgação foi tão genial e bem elaborada que tb estava esperando mais. Agora com as resenhas perdi a vontade...
ResponderExcluirEntendo a questão dos nomes, também não gosto e achei bem estranho capítulos tão curtos.
Tenho lido muitas resenhas desanimadoras quanto ao livro. Pra mim, de cara, parece fraco mesmo. Apesar disso, gostaria de ler os outros livros do autor.
ResponderExcluirLuciana
Depois do marketing feito é praticamente impossível não desejar o livro. Não conheço Gabrielle Charbonnet, mas amo os livro de James Patterson e estou super ansiosa para ler o livro. O nome dos personagens são mesmo parecidos, quando isso acontece costumo pronunciar as primeiras vezes que aparece em voz alta, depois fica fácil distinguir. Capítulos de duas paginas são pequenos mesmo, uma pena o enredo não ter sido bem desenvolvido porque pela sinopse tinha tudo para ser uma grande historia. Adorei o fato de conter referências da cultura pop.
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