Editora: Ornitorrinco
Páginas: 210
ISBN: 9788565623032
Eduarda (Duda) sempre estudou na mesma escola pública até que no último ano sua mãe resolveu transferi-la para uma particular para que a filha fosse mais bem preparada para entrar em uma faculdade. Duda não queria mudar de escola, o pai não achava necessário, mas a mãe, sempre dura, conseguira convencer o pai.
A nova escola possuía um horário diferente, fazendo com que Duda passasse mais tempo lá do que em casa, os professores não eram muito receptivos e os alunos eram um pouco esnobes. Três dias de aula e nada de se enturmar, até que uma novata apareceu e como Duda ficou de lado, sozinha. A novata era bonita, de uma beleza incomum e vestia-se muito bem, parecia-se até mesmo com uma modelo.
As duas interagiram pela primeira vez em um trabalho em dupla e depois desse dia ficaram muito unidas, fazendo trabalhos juntas e estudando, indo à biblioteca e conversando. Demorou, mas as duas fizeram amizades, especialmente pelo esforço de Duda em ser sociável e ter uma vida escolar normal. Mas nem todos gostavam de Ester, não por ser novata, mas por ser a única aluna vampira na escola.
Os vampiros haviam "saído de seus caixões", coisa que pessoas maldosas diziam, há um bom tempo. Eles viviam em harmonia com os humanos, deviam ser respeitados, possuíam direitos e deveres e não saíam por aí mordendo pessoas para se alimentar. Sua alimentação era controlada pelo Estado.
Duda não via problema algum em Ester ser uma vampira, sempre achara uma bobagem categorizar, separar ou rotular. As duas socializavam com aqueles que eram mais abertos e sendo Ester mais calada, não fazia amizades, apenas acompanhava Duda.
Se antes os dias de Duda eram insuportáveis, agora, com Ester, tornaram-se agradáveis. A amizade delas fora como uma luz em sua vida e as duas conversavam muito, com Duda contando tudo para a vampira. A garota sentira que encontrara a melhor amiga do mundo. Mas enquanto a amizade tornava-se cada vez mais forte, algo mudava em Duda. No começo, ela pensou que fosse uma mistura de carinho e admiração, depois notou que era mais que isso. As duas eram extremamente inseparáveis e quando não estavam juntas Duda sentia-se incompleta e até mesmo triste.
"Uma transformação do sentimento, algo transcendente, simplesmente aconteceu. Eu não sabia como, mas a amizade tornara-se amor." (p. 26)
Duda tentou se convencer de que invertera o sentimento, mas percebeu que se sentia como alguém apaixonado. Afastou-se um pouco de Ester, que fez o mesmo. Ambas perceberam que extrapolavam a conexão que possuíam. Mas não conseguiram se manter separadas por muito tempo.
"E assim, consolidamos o sentimento, a reciprocidade. Acho que foi tudo ao seu tempo e aconteceu porque o destino havia nos reservado uma à outra. No mesmo lugar em que abrimos nossos corações, Ester me chamou pela primeira vez de Petite." (p. 27)
Duda nunca estivera tão feliz, mas o sonho teve fim. As pessoas começaram a falar e a fofoca que rondava a escola chegou aos ouvidos de seus pais, mesmo as duas sendo discretas e manterem seu relacionamento em segredo. Ester acabou sendo expulsa da escola e os pais de Duda proibiram a amizade das duas, fazendo o maior escândalo. Duda estava de castigo, a internet fora cortada, o celular era restrito, não recebia mesada, não podia sair sem autorização e o clima na escola era péssimo.
Anestesiada e sem ânimo Duda enfrentava uma situação terrível em casa, com sua mãe olhando-a atravessado e seu pai, que já era calado, ignorando-a completamente, como se ela não existisse. Seus dois irmãos mais novos apenas diziam besteiras sobre o assunto. Além disso, sua mãe tinha uma teoria completamente sem fundamento, dizendo que tudo aquilo acontecera por causa de um feitiço. Seu pai a levara para consultas em um psiquiatra mal-humorado que receitava-lhe remédios que Duda fingia tomar. Na escola todos seguiam a orientação de proibição total e na casa de Duda haviam sido instaladas câmeras e até mesmo um vigia noturno fazia rondas na área. Seus pais foram mais longe e ameaçaram internar Duda se ela pensasse em fazer qualquer coisa que viesse desonrar a família.
A vida de Duda só começou a ter sentido novamente quando recebeu um bilhete de Ester e as duas começaram a se corresponder por meio desses bilhetes através da professora de Química de Duda. Ester lembrava que Duda teria dezoito anos e assim poderia tomar as suas próprias decisões, pelo menos era o que a lei dizia e Ester iria esperar a sua decisão: amizade ou amor.
Renovada, Duda não tinha dúvidas quanto ao que sentia por Ester, mas sabia que sua família nunca aceitaria a relação das duas: 1) Duda havia se apaixonado por uma garota; 2) Essa garota era uma vampira. Só havia uma forma das duas ficarem juntas: fugindo.
Depois de inventar algumas desculpas para seus pais Duda conseguiu dar uma escapadela de casa e se encontrar com Ester, finalmente estava com a sua vampira e ansiava por uma vida com ela, apenas ela. Mas Ester quer levar Duda para a casa de sua família, apenas por uma noite.
"- Agora ouça, Ester. Quero ser sua, pelo tempo que eu existir. Agora, se você vai continuar a me querer quando eu estiver velha, isso realmente não sei. E também não importa, quero viver o agora e o amanhã, no máximo.
- Amor, não deseja ser igual a mim? - indagou-me um pouco esquisita." (p. 40)
Os dias iam passando e nada das duas saíram da casa da família de Ester, o que incomodava e muito Duda. Louise, que transformara Ester, era altiva e extremamente educada, mas mesmo assim assustava qualquer um com seus olhares. Ester ficava muito diferente perto dela e Louise parecia ver Duda com desdém, apesar de lhe tratar com cordialidade. Nicolás, marido de Louise, era forçadamente simpático e John, irmão de Ester, encontrava-se fora de casa. Até mesmo os empregados, como mordomos e faxineiros, todos homens e vampiros, agiam de forma estranha.
Apesar de amar Ester, as coisas não estavam certas. Ela queria viver sozinha com Ester, a estadia das duas na casa da vampira seria apenas para as duas conseguirem se ajeitar, mas Louise se intrometia muito, até que informou Duda que ela deveria escolher logo outro nome para depois de sua transformação, pois cada vampiro era batizado com um assim que transformado, o que deixou Duda sem reação. Ela não havia pensado na hipótese de ser uma vampira. E para ficar com Ester ela teria que ser uma, ou sua família não a aceitaria.
Quando percebeu que seu número de celular havia sido trocado e descobriu que seus pais haviam ido até a casa dos pais de Ester tentando entrar em contato, o que ninguém informou Duda, ela resolve voltar para a casa dos pais, ao menos para pensar no que está acontecendo.
Agora seus pais estão diferente, aparentemente. E afirmam que tudo irá mudar: irão aceitar e respeitar suas escolhas. Mas será que realmente estão dizendo a verdade? Em quem confiar agora?
Li Doce Vampira, de Ju Lund, através do Book Tour organizado pelo World of Words e Pepper Lipstick. Vocês podem imaginar que a história talvez pareça com Crepúsculo (garota se apaixona por vampira na escola) mas posso afirmar que as duas histórias não tem absolutamente nada a ver. Doce Vampira foi uma leitura que me surpreendeu, com uma narrativa em primeira pessoa que não dá para colocar defeito, é um livro extremamente bem escrito e possui um enredo cheio de mistérios e surpresas, muito bem elaborado, que prende o leitor e não deixa nada a desejar.
Duda é uma garota livre de preconceitos e de sua amizade com Ester nasce um lindo amor, mas infelizmente a história das duas é perturbada quando o preconceito existente na família de Duda torna o romance impossível. E quando conseguem ficar juntas tudo parece estar contra elas, ou pelo menos os mistérios que existem na casa de Ester deixam Duda inquieta, fazendo-a não se sentir mais segura naquele local. O amor e o carinho que sua família nunca demonstrou surgem como um bálsamo para suas dúvidas e sua tristeza, mas as aparências podem enganar.
Doce Vampira possui um final de deixar o leitor com o queixo caído, é perturbador e pede, definitivamente, uma continuação.
Outra coisa, a diagramação é perfeita! Adorei o aspecto clean da capa e por dentro o livro é um charme, bem feminino e com páginas e fonte que ajudam muito a leitura fluir.
Juliana Andrade Lund, mais conhecida como Ju Lund, começou a publicar seus contos em seu site em 2010. Em seu Portal ela possui publicações de notícias, resenhas, comentários de filmes e séries de TV, sinopses, trailers e tudo o que acontece ou está em voga no mundo da ficção e afins. A equipe é formada por 16 pessoas e ele é atualizado diariamente, vale pena dar uma conferida!
No dia 3 de julho a autora confirmou que a continuação de Doce Vampira está concluída. Ela havia planejado uma Trilogia, mas irá finalizar a trama com este segundo livro. Para ficar por dentro das novidades curta a Fan Page do livro.
Aproveite também para ler as 20 primeiras páginas de Doce Vampira aqui.
A vida de Duda só começou a ter sentido novamente quando recebeu um bilhete de Ester e as duas começaram a se corresponder por meio desses bilhetes através da professora de Química de Duda. Ester lembrava que Duda teria dezoito anos e assim poderia tomar as suas próprias decisões, pelo menos era o que a lei dizia e Ester iria esperar a sua decisão: amizade ou amor.
Renovada, Duda não tinha dúvidas quanto ao que sentia por Ester, mas sabia que sua família nunca aceitaria a relação das duas: 1) Duda havia se apaixonado por uma garota; 2) Essa garota era uma vampira. Só havia uma forma das duas ficarem juntas: fugindo.
Depois de inventar algumas desculpas para seus pais Duda conseguiu dar uma escapadela de casa e se encontrar com Ester, finalmente estava com a sua vampira e ansiava por uma vida com ela, apenas ela. Mas Ester quer levar Duda para a casa de sua família, apenas por uma noite.
"- Agora ouça, Ester. Quero ser sua, pelo tempo que eu existir. Agora, se você vai continuar a me querer quando eu estiver velha, isso realmente não sei. E também não importa, quero viver o agora e o amanhã, no máximo.
- Amor, não deseja ser igual a mim? - indagou-me um pouco esquisita." (p. 40)
Os dias iam passando e nada das duas saíram da casa da família de Ester, o que incomodava e muito Duda. Louise, que transformara Ester, era altiva e extremamente educada, mas mesmo assim assustava qualquer um com seus olhares. Ester ficava muito diferente perto dela e Louise parecia ver Duda com desdém, apesar de lhe tratar com cordialidade. Nicolás, marido de Louise, era forçadamente simpático e John, irmão de Ester, encontrava-se fora de casa. Até mesmo os empregados, como mordomos e faxineiros, todos homens e vampiros, agiam de forma estranha.
Apesar de amar Ester, as coisas não estavam certas. Ela queria viver sozinha com Ester, a estadia das duas na casa da vampira seria apenas para as duas conseguirem se ajeitar, mas Louise se intrometia muito, até que informou Duda que ela deveria escolher logo outro nome para depois de sua transformação, pois cada vampiro era batizado com um assim que transformado, o que deixou Duda sem reação. Ela não havia pensado na hipótese de ser uma vampira. E para ficar com Ester ela teria que ser uma, ou sua família não a aceitaria.
Quando percebeu que seu número de celular havia sido trocado e descobriu que seus pais haviam ido até a casa dos pais de Ester tentando entrar em contato, o que ninguém informou Duda, ela resolve voltar para a casa dos pais, ao menos para pensar no que está acontecendo.
Agora seus pais estão diferente, aparentemente. E afirmam que tudo irá mudar: irão aceitar e respeitar suas escolhas. Mas será que realmente estão dizendo a verdade? Em quem confiar agora?
Li Doce Vampira, de Ju Lund, através do Book Tour organizado pelo World of Words e Pepper Lipstick. Vocês podem imaginar que a história talvez pareça com Crepúsculo (garota se apaixona por vampira na escola) mas posso afirmar que as duas histórias não tem absolutamente nada a ver. Doce Vampira foi uma leitura que me surpreendeu, com uma narrativa em primeira pessoa que não dá para colocar defeito, é um livro extremamente bem escrito e possui um enredo cheio de mistérios e surpresas, muito bem elaborado, que prende o leitor e não deixa nada a desejar.
Duda é uma garota livre de preconceitos e de sua amizade com Ester nasce um lindo amor, mas infelizmente a história das duas é perturbada quando o preconceito existente na família de Duda torna o romance impossível. E quando conseguem ficar juntas tudo parece estar contra elas, ou pelo menos os mistérios que existem na casa de Ester deixam Duda inquieta, fazendo-a não se sentir mais segura naquele local. O amor e o carinho que sua família nunca demonstrou surgem como um bálsamo para suas dúvidas e sua tristeza, mas as aparências podem enganar.
Doce Vampira possui um final de deixar o leitor com o queixo caído, é perturbador e pede, definitivamente, uma continuação.
Outra coisa, a diagramação é perfeita! Adorei o aspecto clean da capa e por dentro o livro é um charme, bem feminino e com páginas e fonte que ajudam muito a leitura fluir.
Juliana Andrade Lund, mais conhecida como Ju Lund, começou a publicar seus contos em seu site em 2010. Em seu Portal ela possui publicações de notícias, resenhas, comentários de filmes e séries de TV, sinopses, trailers e tudo o que acontece ou está em voga no mundo da ficção e afins. A equipe é formada por 16 pessoas e ele é atualizado diariamente, vale pena dar uma conferida!
No dia 3 de julho a autora confirmou que a continuação de Doce Vampira está concluída. Ela havia planejado uma Trilogia, mas irá finalizar a trama com este segundo livro. Para ficar por dentro das novidades curta a Fan Page do livro.
Aproveite também para ler as 20 primeiras páginas de Doce Vampira aqui.
Olha, sinceramente, eu não leria esse livro, nem se me dessem de presente. Não que seja preconceito, tenho amigos gays, e tal, mas, é estranho, muito estranho, ler um livro de duas garotas se apaixonando, se beijando... Sei lá, é estranho, não leio livros assim. E outra, essa historia de vampiro se socializando com humanos, andando entre eles normalmente, sendo aceitos pela sociedade, não é legal, na minha opinião, vampiro tem que morder pescoços, rs, um romance até que é bom, mas, viver junto com os humanos, não faz sentido, pelo menos pra mim.
ResponderExcluirEnfim, não sou preconceituosa, deixando isso beeem claro, porém, não curto esse tipo de leitura :)
Beijos, Andressa.
Amei sua resenha!! Espero que esteja tão ansiosa quanto eu pela continuação *-*
ResponderExcluirBeijos,
Mari Ferreira,
Equipe WoW Books!
Obrigada Paula, sua resenha ficou belíssima! Muito obrigada e mil bjokas!
ResponderExcluirJá conhecia a autora e esses é um dos livros bem bacanas que já conheci, apesar de ser nacional.
ResponderExcluirÓtima resenha! Não gosto de vampiros bonzinhos, então não leria o livro :(
ResponderExcluirUm romance diferente no que se refere a sexualidade entre vampiros. A capa ficou legal né?
ResponderExcluirabraços,
Luciana
Tenho o livro, mas ainda não tive oportunidade de ler. Gosto da capa clean tambem apesar de que no local que moro é difícil manter a capa sempre branca. A historia é bem diferente apesar de envolver vampiros a escritora foi bem original e pelos quotes parece ser bem envolvente. Acho que vou passar o livro na frente em minhas leituras.
ResponderExcluirOi Paula, achei a capa linda, apesar de pensar no trabalho para mantê-la branquinha.
ResponderExcluirGostei demais da resenha e fiquei realmente muito curiosa para ler, a notícia de que terá apenas mais um me deixou mais animada, chega de trilogias. =)
Amei a dica, não tinha lido nada com vamp lésbica, bem diferente mesmo e por sorte não pensei nem um pouco em Crepúsculo.
Assim como a Andressa eu não curto esse tipo de leitura, não é preconceito nem nada, mas prefiro não ler sabe?! Conheço o trabalho da Ju Lund e ela parece ser mesmo ótima no q faz, q continue fazendo sucesso!
ResponderExcluirAdorei a capa e é muito diferente o enfoque que ela deu nos vampiros. Gostei dos quotes que li.
ResponderExcluirEsse livro parece legal! Deve ser uma história bem diferente e o relacionamento das duas bem conturbado, principalmente porque os pais não aprovam. Gostei da resenha!
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