Por Um Momento Apenas

Título: Por Um Momento Apenas

Autor: Bella Andre

Editora: Novo Conceito

Páginas: 272

ISBN: 9788581631943

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Por Um Momento Apenas é o segundo volume da série Os Sullivan (leia a resenha de Um Olhar de Amor aqui), mas essa resenha não possui spoilers, pois cada livro trata de um casal diferente, apresentando um novo irmão Sullivan.

capa norte-americana (muita atenção, perceberam alguma coisa?)

Confesso que gostei mais do primeiro volume, mais romântico, enquanto o segundo me pareceu um pouco repetitivo (as cenas de sexo) e com um linguajar baixo (analisando o livro sem puritanismo). No entanto, Por Um Momento Apenas possui bons personagens, talvez não muito bem elaborados, mas que nos envolvem em suas histórias e compreendemos seus medos e anseios. 

Marcus Sullivan não queria esquecer o que havia visto: não queria repetir o mesmo erro. Marcus pegara sua namorada, Jill, com quem namorava há 2 anos, na cama com outro cara. 

"- Tentei te amar, Marcus. De verdade, eu tentei. Mas queria algo mais. Algo maior. Algo fantástico. Quero alguém que me coloque acima de tudo". (p. 7)

Marcus sabia que Jill sentia-se ameaçada pela relação de Marcus com sua família. Seu pai havia falecido quando ele tinha 14 anos e sabendo que sua mãe não daria conta de tudo sozinha, assumiu o papel de homem da casa, cuidando de seus sete irmãos mais novos. Marcus era um executivo no ramo de vinhos, um homem sério, com 36 anos mas com um grande peso nas costas.

Naquela noite Marcus estava lembrando da traição, mas saíra com um motivo apenas, queria prazer. Mulher e filhos poderiam ficar para um futuro bem distante. Na boate onde se encontrava ele queria apenas encontrar uma mulher para levar para a cama, uma mulher que não quisesse saber sobre ele e nem ele dela. 

Enquanto isso, Nicole Harding estava na suíte de sua cobertura em um hotel, observando o movimento pela janela. Jovem, com 25 anos e solteira, aprendeu da pior maneira possível que a maioria das pessoas não estavam interessadas por ela, mas por Nick, a pop star, o símbolo sexual, a baladeira que todos presumiam que era. Ninguém imaginava o quanto Nicole sentia-se sozinha. Estava exausta pelo ensaio da coreografia do clipe que gravaria e esperava passar a noite assistindo televisão e comendo sorvete debaixo das cobertas. 

O rapaz que trouxe o sorvete a deixou indignada, tratando-lhe como uma qualquer. Nicole não achava justo.

"Se pelo menos algum dia tivesse conhecido algo próximo de um prazer de verdade, talvez não ficasse tão ressentida sobre sua reputação". (p. 13)

Tomada por um impulso, Nicole resolveu fazer jus a sua reputação, já que nunca se livraria dela. Impulsiva, apenas por uma só noite queria encontrar um homem de verdade, com experiência. Estava cansada de viver como uma freira e de tentar convencer os outros de não ser aquilo que pensavam. 

"Marcus sentiu como se tivesse levado um soco no estômago. 

Ela era jovem, provavelmente uns vinte e poucos anos, e tão linda que quase doía olhar para ela. O vestido preto de couro não deixava espaço para a imaginação, ajustado nela como uma segunda pele, com fendas largas que desciam por suas curvas enlouquecedoras.

Ela era a tal". (p. 15)

"Meu Deus, como ele é lindo!

E por falar em grande e forte; como se os ombros largos e o rosto maravilhoso não bastassem, ele se sobressaía do resto da multidão mal ajambrada com sua calça social e camisa bem passada, claramente não estando nem aí por ser diferente de todo mundo. 

Ele era o tal". (p. 17)

Nicole foi até Marcus e se apresentou. Ele não parecia fazer idéia de que ela era Nick, o que deixou Nicole eufórica, ela passaria por essa experiência sendo ela mesma, e não como a pop star. Não foram necessárias muitas palavras para os dois saírem da boate e entrarem em um táxi. Nicole, com medo daquele desconhecido, pensou em desistir, quando Marcus estendeu seu celular e disse-lhe que poderia ligar para qualquer número. Nicole ligou para o último número discado, uma tal de Mary, certamente a mulher de Marcus, mas, surpresa! Acabou batendo um papo com a mãe do estranho que lhe disse que estaria segura com o filho. Menos aflita, Marcus disse ao taxista para ir ao hotel em que estava, o mesmo hotel de Nicole... ao ver a garota alarmada, ligou para seu irmão, Smith, pedindo o seu apartamento emprestado, já que ele não se encontrava na cidade. 

Exausta, Nicole acabou dormindo. Justamente na noite em que Marcus pretendia se livrar das amarras da responsabilidade. Mas ele estava encantado: acordada, Nicole era objetiva e carismática; dormindo, era uma garota doce. Ela dormiu no sofá e como não largava a mão de Marcus, suas pernas serviram de travesseiro. 

O que era para ser apenas uma noite acaba se tornando uma manhã um pouco constrangedora, apesar de Nicole se sentir muito bem, pois Marcus não lhe fizera nada e ela não estava acostumada com favores que vinham de graça, as pessoas sempre queriam algo em troca. 

Conversaram sobre amenidades e Nicole propôs outra noite, mas Marcus foi enfático em dizer que aquilo havia sido um erro e que se Nicole não tivesse pegado no sono o erro seria ainda maior. Para Marcus Nicole era muito jovem e meiga, não poderia fazer o que queria com ela, sentia como se ela não fosse mais uma estranha, o que era ainda pior. Nicole foi embora, irritada e contrariada. 

Mal sabiam ambos que Lori, irmã de Marcus, estava na equipe de coreógrafos para a filmagem do clipe de Nick e sua irmã o convida para ver a tal filmagem. Marcus não havia parado de pensar em Nicole e mesmo com raiva, ela não parava de pensar nele. 

Lori apresenta Nick à Marcus quando ele chega ao estúdio, o ar é cheio de tensão e os dois fingem não se conhecer. Mas longe da irmã e quando todos os outros já tinham ido embora, Marcus desculpa-se com Nicole, dizendo que quer passar uma noite com ela. Ela aceita.

"Num instante, a mágica que existira entre eles desde o início ressurgiu, como se uma fada do sexo tivesse acabado de aparecer com sua varinha de condão". (p. 144) 

Não deu para não rir com essa quote. 

Mas ambos não queriam compromisso, especialmente porque levavam vidas muito diferentes e Marcus, sempre tão controlado, poderia se livrar das amarras de uma vez por todas?