A Grande Rainha



Título: A Grande Rainha
Autor: Sérgio Roberto de Paulo
Editora: Novo Século/Novos Talentos da Literatura Brasileira
Páginas: 368 
ISBN: 9788576798415 

Antes de contar a história de Aara, preciso fazer uma apresentação à vocês sobre esse mundo fantástico que irei mostrar-lhes (clique no nome dos personagens e nas criaturas para conhecer mais sobre eles (algumas informações podem ter spoilers, mas que nem estão no primeiro volume)).

Há muito, muito tempo, chegava-se à era da renovação. Os Espíritos elevados não podiam ser contidos e, assim, o Grande Senhor da Luz decidiu partir com os Espíritos. Esta era a era do perdão também. Sendo assim, decidiu deixar na administração do mundo, Mitrax, o Caído, libertando-o e dizendo: "Não mais se apiede dos homens, se não quiser reincidir na ruína". Naquele dia partiu, seguido por trinta milhões de emanações elevadas, mas antes disso, o Senhor repartiu a Luz em forma de cristais, entregando cada um aos jovens espíritos. O cristal laranja foi destinado aos gnomos, o verde aos elfos, o azul às ondinas e o vermelho às salamandras. Aos magos, os únicos espíritos elevados que permaneceram, deixou o cristal amarelo. E, por fim, a Mitrax, o Príncipe dos Homens, deixou o cristal negro, para que ele e seu séquito fossem os regentes do mundo dos mortos. Eras se passaram depois disso e foi quando Mitrax cometeu o mesmo erro pela segunda vez: apiedou-se dos homens. Ensinou-os, então, novamente e a humanidade progrediu rapidamente, tanto na ciência como na arte da guerra. Esquecendo-se das palavras do Senhor da Luz, Mitrax desejou não mais ser apenas o condutor dos mortos, mas também o senhor absoluto dos homens. A raça dos gigantes ressurgiu no mundo, com o contato do séquito de Mitrax com as filhas dos homens e as guerras se espalharam pelo globo. Surgiu, então, Alionor, o Primeiro Grande Rei, que derrotou Mitrax e construiu a Grande Muralha, separando o mundo dos homens do mundo dos gigantes. Mitrax ganhou força novamente, mas antes que pudesse reunir seus exércitos, surgiu Anahar, a Segunda Grande Rainha, que, em um combate mortal, arremessou o Príncipe dos Homens na garganta profunda formada abaixo das jovens Montanhas de Fogo de Piriatheas. Anahar pereceu junto a ele e essas histórias são demasiada antigas...

*

Aara, uma garota de 16 anos, vivia na Vila com seu padrasto, um homem beberrão e briguento, que surrava Aara por motivo algum. Apesar disso, Aara não era uma garota amarga. Gostava de estar no campo, entre as plantações, colhendo folhas, ramos e raízes que lhe interessavam para preparar misturas que ajudavam os outros moradores da Vila de suas enfermidades. Sua madrasta havia morrido e Aara trabalhava na estalagem de sua tia. Em um dia de trabalho aparentemente comum, uma figura sinistra encontrava-se sentada em uma mesa do salão. O homem era alto e magro e vestia roupas negras desbotadas. Quando foi atendido por Aara, o homem a agarrou e a advertiu, dizendo que a vida de ninguém daquela Vila valia nada e que em breve todos estariam mortos.

Atordoada, a tia mandou-a para casa, mas não foi isso que a garota fez. Aara iria seguir aquele sujeito quando se deparou com um X feito com carvão na parede. O homem já estava longe, rumando para o norte... No dia seguinte Aara ouviu um grupo de mercadores conversando sobre um bando de cavaleiros mal-encarados, uns cem talvez, a uma hora da Vila. A garota logo foi à torre e viu um grande exército de cavaleiros que se formara nos campos ao norte. Aara saiu correndo para o prédio da prefeitura e falou com Quasetudo, o secretário da prefeitura, para cortar as cordas que sustentavam a ponte oeste. Apesar de ser uma simples garota, tanto Quasetudo quanto os moradores da Vila tinham plena confiança e respeito por Aara e por isso o secretário pegou um facão e rumou em direção ao oeste.

Aara saiu correndo e pegou algumas coisas em sua casa além do cavalo do padrasto. Chegando a ponte, ateou fogo nela, rezando para que o vento mudasse de direção e, sem perceber, foi o que aconteceu, o vento passou a soprar do sul para o norte e o fogo se espalhou rapidamente. Os cavaleiros chegaram e muitos ficaram tontos, caindo com cavalo e tudo dentro do rio. Outros cavaleiros tentavam atravessar a ponte, que acabou ruindo, levando mais uma centena deles. Diante da confusão, Aara correu para dentro da floresta, perseguida pelos cavaleiros furiosos. Assim que eles avançavam algo extraordinário aconteceu novamente: uma névoa branca surgiu, passando através de Aara e o que a garota conseguiu ouvir foram os gritos de dor dos cavaleiros, que caíam em agonia no chão.

Rumando ao leste, encontrou duas crianças, Theobaldo Brenor, um garoto de 10 anos e Lianor Brenor, uma garota um pouco mais nova que Aara. Ela contou sua aventura aos dois que ficaram espantados com o relato sobre a nuvem de gás.

"- Eram os sombrios. Dizem que são almas de crianças de Beliária que foram mortas no passado por Mitrax. Mas... ninguém nunca sobreviveu ao ataque dessas criaturas!" (p. 28)

Aara não sabia como explicar o que acontecera mas queria chegar a Beliária e avisar ao rei sobre o que estava acontecendo na Vila. As crianças iriam levá-la até lá, afinal eram filhos do rei, mas assim que começaram sua caminhada uma enorme rede caiu sobre eles e um bando de homenzinhos baixos, barbudos e usando gorros os cercou.

Suas mãos e seus pés foram amarrados e os três prisioneiros foram levados até a aldeia dos gnomos: um local simples em algazarra total e o que mais chamou a atenção de Aara foi a fonte no centro da aldeia, bela e cheia de insígnias, que terminava em um patamar e sobre ele descansava um cristal transparente.

O rei Gdu, o Grande, foi chamado e estava felicíssimo pelo resgate que iria conseguir com o príncipe e a princesa. No entanto, a terra tremeu, assim como o vale, e os gnomos saíram correndo em disparada para todos os lados: tratavam-se de mnerópios, minhocas gigantes que chegavam a 30 metros de comprimento. Os gnomos lutavam, mas quando um mnerópio aproximou-se de Lianor tentando engoli-la, Aara gritou, fazendo com que os vermes imediatamente parassem e, quanto mais gritava, o cristal, ora transparente, rescendia com uma luz ofuscante e agora resplandecia dele uma luz alaranjada constante.

"- Diante de ti, ó Grande Rainha, ajoelha Gdu, o Grande, rei de todos os gnomos!
(...)
- Não sou nenhuma rainha...
(...)
- Preciso apenas ver o rei... e pedir proteção para a minha terra que está sendo atacada!
- Vosso desejo é uma ordem, Grande Rainha - respondeu Gdu". (p. 32)

Chegaram à Beliária e todos foram recebidos por Aldebaran, mago e tutor das crianças. Gdu contou-lhe sobre a reativação do cristal laranja, o que deixou o mago irritado, ele não acreditava que uma simples garota toda suja e trêmula pudesse ser a Terceira. Gdu, insistente como sempre, cobrou do mago que tratasse de testar Aara e a coroasse. Incrédulo, porém, ordenou que Aara fosse levada às aias do palácio.

Após a chegada de Aara, um alvoroço tomava conta do palácio. Não demorou para que os membros do Conselho de Brenor, do qual Aldebaran fazia parte, se reunissem.

Aldebaram não queria correr o risco de entregar o destino daquela nação nas mãos de uma mera aventureira, mesmo que tudo o que ocorrera até agora tenha sido da maneira como Bethelguelse havia profetizado. Mas não seriam apenas boatos? Aldebaram não iria testá-la ainda, a garota poderia acertar ao acaso, então ele iria observá-la.

Enquanto isso, Aara era conduzida para um quarto luxuoso e recebera roupas limpas da finada rainha. Ela nunca havia sido tratada assim e apesar de saber que não era nenhuma rainha, tinha a sensação de que as coisas não voltariam a ser as mesmas.

Theobaldo e Lianor já nutriam carinho por Aara, mas estavam extremamente tristes pela condição do pai. O rei estava muito doente, já inconsciente. Aara suplicou para ver o rei Elendar e pediu três dias a Aldebaran, nestes três dias cuidaria do rei dia e noite, e Aldebaran aceitou. O rei melhorou e logo conversava com Aldebaran sobre a possibilidade de Mitrax estar organizando os seus exércitos.

Sabendo sobre os feitos de Aara o rei ordenou que o teste fosse realizado. O teste consistia na escolha de um objeto e quatro foram mostrados para Aara: a espada de Alinor, um cálice que, diziam, quando colocada água dentro ela adquiria propriedades maravilhosas, a coroa de Anahar e o cajado de Sirius. Aara percebeu que nenhum daqueles objetos poderia lhe ser útil, apenas o cálice de barro, pois possuía dificuldades em amassar as folhas e grãos que colhia e ele poderia lhe servir como um pilão. Apanhou o cálice e diante de sua decisão a expressão de todos mudou, menos a de Aldebaran.

"- Uma das profecias de Betelguelse dizia que a Terceira seria a Rainha de Copas! O primeiro, Alionor, foi o Rei de Espadas e a Segunda, Anahar, a Rainha de Ouros". (p. 56)

O rei Elendar ajoelhou-se perante Aara, Aldebaran dizia que aquele teste não provava nada e Gdu discutia com o mago, enquanto Aara saía correndo, dizendo não querer ser a Grande Rainha. Naquele momento ela era apenas uma garota de dezesseis anos que queria voltar para casa.

Continuou no castelo e Aldebaram recusava-se a coroá-la, coisa que apenas magos poderiam fazer. Coroada, Elendar se tornaria um rei secundário, mas não se importava com isso, acreditava que Aara era a Rainha de Copas. Durante esses dias, Aara brincava com os filhos do rei e descobriu algo maravilhoso: a biblioteca do palácio, onde passava horas. Também conversava com Gdu, seu maior fã e grande contador de histórias.

A aparente paz logo foi interrompida com a notícia de Marmórea estar cercada. Aldebaran e o rei logo perceberam o plano de Mitrax: reunir os cristais. E, se conseguisse, tudo estaria perdido. Além disso, o filho mais velho do rei encontrava-se em Marmórea e logo Beliária estava agitada, indo ao socorro do príncipe Rostald.

Aara permaneceu no castelo e durante a noite sonhou com Isabel, a falecida rainha. No sonho a rainha pedia-lhe para ir atrás do rei e, se algo acontecesse, que acolhesse os seus filhos.

Saiu apressadamente do palácio com um velho cavalo, apenas não contava que alguém observou-a se distanciar. No caminho para Marmórea encontrou Aldebaran, a pessoa que a havia notado sair do palácio. Encontraram o rei e seu exército e Aara permaneceu lá.

O Quinto Exército de Mitrax estava sendo liderado por Tipreus e estavam em maior número. Aara havia provado duas vezes que sabia manejar uma espada muito bem, mesmo que nunca tenha treinado e recebeu de Aldebaran a espada de Alionor. O exército estava pronto para a batalha e quando a luta iniciou ouve um enorme estrondo e podia-se ouvir o riso de Tipreus. Aara lutava bravamente, com Gdu e Aldebaran protegendo-a. O príncipe surgiu com o seu exército e mais homens entraram na batalha. Aara viu quando um gigante vestido todo de preto aproximou-se, montado em uma coisa cheia de chifres e pernas: o general Tipreus feriu o rei e tentou atacá-la, mas Aara conseguiu atingir o general, não com um golpe mortal, mas que o fez soltar um grito medonho e terrível, fazendo parar ambos os exércitos. Tipreus montou em sua besta e fugiu e o exército inimigo, convencido da derrota, o seguiu.

Aldebaran e Aara começam a conversar bastante e os feitos de Aara já estão sendo espalhados pela cidade: a restauração do poder do cristal laranja, a cura do rei Elendar em Beliária e, agora, a recuperação de um sem número de soldados (quando a batalha chegou ao final, muitos morreram e muitos outros ficaram feridos. Elendar e o príncipe morreram e Aara cuidou sem parar dos feridos com suas ervas) do reino e a derrota do soldado mitraxiano.

Dentre tantos feitos, algo despertou Aldebaran, que perguntou a Aara se ela o aceitava como seu mago. Além de coroá-la ele deveria instruí-la nos Doze Ensinamentos Sagrados, no entanto, desses, ela só poderia aprender onze, o último era reservado apenas para os magos.

"- E o Décimo Segundo é sobre os nomes das estrelas, não é?
Aldebaran fechou os olhos.
- Sua perspicácia às vezes me desespera...
- Sei que é um assunto proibido. Não vou tocar mais nesse assunto... pelo menos vou tentar!" (p. 119)

Aara sabia que não tinha escolha, Aldebaran lhe explicou que das duas vezes anteriores que surgiu um Grande Rei, Mitrax estava retornando à ativa e se Aara não assumisse o trono, todas as pessoas do reino seriam mortas ou escravizadas, no entanto, com relação aos Ensinamentos, ela poderia optar se queria ou não ser iniciada neles, especialmente por não se tratarem apenas de ensinamentos teóricos, mas também envolverem provas perigosas e dolorosas.

Mas Aara queria aprender e sabia serem imprescindíveis tais ensinamentos.

"- Sim, Aara. Existe um item muito importante do Primeiro Ensinamento que é a chamada "Mecânica dos Sonhos". Deixe-me explicar em termos gerais, pois não temos tempo de continuar muito ainda com esse exercício de maiêutica: a realidade é tecida pelos sonhos de muitos sonhadores que se situam em mundos diferentes do nosso. Em alguns momentos de nossa existência, muitos estão nos sonhando ao mesmo tempo, em outros momentos, poucos, e, em outros ainda, ninguém nos sonha. E é nesses momentos específicos que somos mais livres para realizar alguma coisa. Há uma luta entre o destino tecido consciente ou inconscientemente pelos nossos sonhadores e a terrível aleatoriedade além de qualquer princípio de bem". (p. 123)

Aara logo é coroada quando descobre-se que o primeiro e o segundo exércitos de Mitrax rumam para o norte, liderados pelos generais Amazarak e Akibeel, anjos caídos. Aldebaran apenas não contava que o inimigo estava tão perto e atordoado chama a rainha para que se vista com uma roupa de guerra. O mago estava desesperançoso, pois constatou que quem liderava o exército era Meissa.

"- Meissa é a mais poderosa entre os magos. Seu poder somente é superado pelos anjos... e não temos nenhum ao nosso lado. E ela é imortal. Dizem que... - Então, parou, estava agitado, seu peito arfava. Teve de tomar fôlego para continuar: - Dizem que ela... que ela copulou com o cristal negro. E, desde então, não pode mais morrer, embora não viva realmente... - Então, abaixou a cabeça e concluiu: - Acho que estamos perdidos!" (p. 226)

Aara possuía o respeito de muitos, mas Mitrax já seduzira muitos para seu caminho. Haveriam traidores? E Meissa, sendo imortal, poderia ser derrotada? Com tudo acontecendo tão depressa a Grande Rainha nem pudera passar por todos os ensinamentos...

A Grande Rainha é o primeiro volume de A Saga de Mitrax, de Sérgio Roberto de Paulo. Sei que a resenha ficou grande, mas prometo que aqui não está presente nem um terço da história. Fiz a resenha assim, longa, para poder apresentar para vocês esse mundo mágico pelo qual me encantei. Uma história fantástica, com personagens fortes, misteriosos, adoráveis e divertidos. Não queria fechar o livro, só queria ler mais e espero que o próximo volume da saga seja lançado logo!

A narrativa em terceira pessoa é extramente bem elaborada, assim como a história, e concisa. A história aborda diversos acontecimentos, existem vários diálogos e vários personagens, mas pela narrativa precisa o leitor não fica perdido, além disso, o autor destaca na história os acontecimentos mais importantes, não se prolongando em detalhes que poderiam tornar a narrativa enfadonha.

As descrições dos locais são maravilhosas, é como abrir a janela e se ver diante de um mundo mágico e totalmente diferente do que já se viu.

Aara é uma garota com apenas dezesseis anos, mas uma personagem muito forte, inteligente, bondosa e cativante. Aldebaran não me agradou de início para depois se tornar um dos personagens mais queridos. Seus diálogos com Aara são inteligentes e abordam diversos assuntos: filosofia, teologia etc. Gdu é divertidíssimo, adora contar histórias e azucrinar Aldebaran.

A Grande Rainha revela um mundo extraordinário, rico em vários sentidos. É um livro imperdível para os fãs de literatura fantástica!

11 comentários:

  1. A resenha ficou enorme mesmo, mas gostei do livro, de inicio a capa não me agradou, mas como gosto de fantasias, leria o livro sim!

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  2. Nunca tinha ouvido falar nesse livro, primeira vez. Gostei muito da sua resenha, com certeza o livro é interessante. Eu gosto demais de literatura fantastica, vou deixar esse na minha lista pra ler futuramente :)

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  3. Não conhecia o livro, mas parece ser bem legal, adoro fantasias *-*
    Não gostei muito da capa, mesmo assim pretendo ler ele algum dia.

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  4. Nossa, essa foi mega completa! Primeira resenha que vejo dele e adorei! Gostei da sinopse do livro e de uns comentários bem legais que vi dele, acho que leria sim.

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  5. Primeira resenha que vejo d livro mas deu pra ver direitinho o que é sem ser spoiler, e sobre oo que você achou da obra.

    Bjs
    http://partesdeumdiario.blogspot.com.br/

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  6. eu adoro fantasia, e eu nem conhecia esse livro
    ja deu pra entender muita coisa, mas fiquei na duvida se leio ou nao

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  7. Que postão, rsrs.
    Já vi esse livro em outros blogs, mas não tenho intenção em lê-lo, pois não curto fantasia...

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  8. ainda não conhecia o livro..
    mas eu gosto de fantasia e confesso que faz certo tempo que não leio..

    o post ficou enorme.. mas assim vc fez que pessoas como eu olhem além da capa..

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  9. Louca para ler esse livro, já faz tempo que eu vejo comentários sobre ele, então estou bem ansiosa. Eu amo enredos de fantasia.

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  10. Ganhei esse livro do Autor. Realmente parece ser muito bom. Será o próximo que vou ler.

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  11. Não tinha ouvido falar desse livro ainda...Mas pelo que li na resenha, vale a pena ler... Gostei da capa é muito legal...

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