Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol, lançado aqui no Brasil pela Novo Conceito, é o primeiro romance de Corban Addison. O autor é formado em Direito e Engenharia e vive hoje em Virgínia. Addison começou a se aventurar pela escrita com 15 anos e neste mesmo período começou a se interessar por viagens internacionais. Seus primeiros trabalhos constituem ensaios, reflexões e relatos de viagens, mas sua paixão mesmo era a ficção. 

Apoiador de inúmeras causas, inclusive da abolição da escravatura moderna, o autor interessa-se especialmente por direitos humanos internacionais. Assim, em 2008, sua mulher deu-lhe a idéia de um romance sobre o tráfico global de seres humanos. Apesar da carreira e de sua família, Addison embarcou em uma odisséia que o levou para a Índia e Europa, além dos corredores do poder em Washington, D.C. O autor também passou um bom tempo ao lado de ativistas e especialistas em campo, andando disfarçado pelos bordéis de Mumbai para conhecer as vítimas do tráfico. 

Depois dessa jornada, nasceu Cruzando o Caminho do Sol, juntando as três paixões de Addison: contar histórias, direitos humanos e o mundo e suas culturas. 

Fonte: corbanadisson.com

Agora já dá para ter uma boa idéia sobre do que trata o livro, não?

Conhecemos Sita (15 anos) e Ahalya (17), duas garotas de classe média alta que vivem de forma tranquila e feliz com sua família, na Índia, em um bangalô que parece um sonho. No entanto, suas vidas se transformam quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, matando toda a sua família. 

As irmãs são muito unidas e essa união é o que dá força durante toda a história para ambas. Agora estão sozinhas e não devem confiar em qualquer um. 

Paralelamente conhecemos Thomas Clarke, advogado que mora em Washington, D.C. Sua vida pessoal e profissional parece um caos e devido a problemas no escritório em que trabalha viaja para a Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas. Prya, sua mulher, também está na Índia, e ele tentará salvar o casamento dos dois. 

As vidas de Thomas, Sita e Ahalya irão se cruzar em um cenário perverso, durante uma viagem pelo submundo da escravidão moderna. 

Cruzando o Caminho do Sol é um livro que arranca lágrimas e ódio, mas também é um convite para refletir sobre o poder da convicção, seja ela qual for. Emocionante e doloroso, no entanto, por se tratar de um assunto tão pesado, o autor conseguiu passar muito bem toda a sujeira que envolve o mundo do tráfico sem sensacionalismos, utilizando-se da sutiliza (sempre com os dois pés na realidade). 

"A história é convincente, mas a mensagem que passa é ainda maior, deixando uma marca em todos aqueles que pegam o livro. Os leitores irão lamentar as injustiças descritas e celebrar os triunfos, até mesmo depois de ler a última página." (Library Journal)