A Filha do Coveiro


A Filha do Coveiro é o 36º romance da autora americana Joyce Carol Oates, indicada 3 vezes ao Prêmio Pulitzer. O livro é uma saga familiar épica baseada (e isso eu não sabia!) na vida da avó da escritora, que narra a jornada de uma mulher em busca de redenção. 

Rebecca é a jovem protagonista que cresceu em meio a discriminação e a violência em uma cidade do interior dos Estados Unidos. É filha de Anna e Jacob Schwart, que fugiram da Alemanha em 1936 com seus dois filhos mais velhos para escapar da perseguição nazista. 

A condição de refugiados na América não é melhor do que na Europa. Jacob, um ex-professor de matemática, acaba tendo que aceitar um emprego de coveiro no cemitério local, e o exíguo salário mal dá para sustentar a família, que mora no próprio cemitério, na casa do antigo coveiro, em condições bem precárias. Em meio a privações e ao preconceito, Jacob mergulha cada vez mais fundo na loucura, arrastando a família consigo. Um desastre encerra esse episódio. 

Rebecca consegue se livrar da tragédia, muda-se de cidade e tenta recomeçar a vida, no entanto, o passado sempre a perturba, e a nova vida não é tão boa quanto imaginava, fazendo com que tenha que fugir novamente. Resta-lhe garantir ao filho o que ela não teve. 

Muitas pessoas acharam o livro "enfadonho", pois muitas passagens são longas, além disso o livro é repleto de momentos intensos e dramáticos, que podem não agradar a todos. Eu realmente gostei do livro. Sim, algumas passagens parecem longas demais, as vezes a autora parece se perder, mas a história tem um encanto único e é impossível não se apaixonar por toda essa estrutura e emaranhado de acontecimentos e reviravoltas que ela nos mostra. É o tipo de livro que  guardamos na memória, e as cenas que montamos na mente sempre retornam uma vez ou outra. 

Um comentário:

  1. Apesar de ter um certo preconceito com obras de escritores dos EUA, essa parece uma boa história (ao menos o enredo é baseado em fatos reais - ou quase). Mas não sei se teria paciência pras "embromations", onde você diz que a autora parece se perder. Ela é judia?

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