Pandemônio


Título: Pandemônio

Autor: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
ISBN: 9788580573138

Pandemônio é o segundo volume da Trilogia Delírio (leia a resenha do primeiro volume aqui), por isso esse post possui spoilers!

Lena consegue chegar até a Selva, mas ainda tenta entender o que aconteceu depois que pulou a cerca, a cerca que divide dois mundos tão distintos, e existe algo, ou melhor, alguém, que não sai da sua cabeça: Alex. 

Ela conseguira chegar à cerca da fronteira, mas os reguladores e guardas apareceram e eram muitos... Alex, seu melhor amigo, seu namorado, seu amor, ele simplesmente não conseguira, fora morto bem na frente de Lena.

A exaustão tomara conta de Lena, ela havia saído de Rochester, New Hampshire e cruzado a fronteira norte quando se perdera na Selva. Acabou sendo encontrada quase morta por uma garota um pouco mais velha que ela e levada para um local desconhecido. A garota, Graúna, explica-lhe que Lena se encontra em uma zona livre, algo que ela nunca ouviu: ninguém nunca chamou o território não regulamentado dessa forma. 

"Em uma parede há uma pequena cruz de madeira com a figura de um homem suspenso no meio dela. Reconheço o símbolo: é uma cruz das antigas religiões, da época anterior à cura, apesar de eu agora não conseguir lembrar qual era." (p. 13)

Ela escuta passos, ecos de risadas e conversa. Consegue identificar tons graves, de homens e garotos e risadas agudas. É claro que na Selva garotas e rapazes moram juntos, a liberdade de escolha, a liberdade para estar perto das outras pessoas, a liberdade para olhar e tocar e amar uns aos outros é óbvia, faz sentido nesse lugar, não é tratada como uma doença. Mas por mais que tenha experimentado um mundo diferente com Alex, Lena só vivenciou uma parcela dessa liberdade, uma parcela bem pequena. Antes de Alex viveu quase dezoito anos acreditando no sistema, acreditando que o amor era uma doença, que garotas e garotos deviam ficar separados para impedir o contágio. E apesar de ter mudado com o contato com Alex, Lena não se livrara do medo completamente. O pânico começava a dominá-la levemente. 

"Sinto uma pontada de culpa. Obviamente me deram a melhor cama, o melhor quarto. Ainda fico abismada ao pensar no quanto me enganei todos aqueles anos em que acreditei em boatos e mentiras. Eu achava que os Inválidos fossem animais; achava que me estraçalhariam. Mas essas pessoas me salvaram, me deram o lugar mais macio para dormir e cuidaram de mim até eu me recuperar, sem pedir nada em troca. Os animais estão do outro lado da cerca: monstros de uniformes. Falam com suavidade e contam mentiras e sorriem enquanto cortam sua garganta." (p. 23 e 24)

Várias pessoas vivem no lar e de diversas idades, todos possuem apelidos como: Lupi, Azul, Prego etc., ninguém mantêm seu nome antigo, seu nome do outro lado. O antes não existe mais, apenas o agora e o depois. Alistar é o único que mantem o nome "de antes", é também Alistar com quem Lane se sente mais próxima, apesar de ter sido difícil se sentir à vontade perto dele. Todas as lições que aprendeu, os alertas imprimidos nela justamente pelas pessoas que confiava e admirava, eram difíceis de esquecer. Mas Alistar era seu amigo, alguém que a fazia rir, coisa que Lena jamais pensou que aconteceria novamente. Lena descobriu que ele era um Antinatural (homossexual), termo usado dentro das cidades cercadas e algo que deveria ser repudiado.

Já Graúna era uma incógnita, não falava sobre seu passado de forma alguma e parecia ser a "chefona" daquele lugar. Ela é forte, confiante, uma verdadeira líder. Muitas das garotas mais novas a admiram e até tentavam se parecer com ela. 

Graúna dá um ultimato: Lena deve trabalhar, assim como todos, se quiser ficar.

O assentamento fica no subterrâneo do que antes era uma igreja, um dos muitos lugares que as bombas não atingiram. 

"Mal consigo respirar enquanto Sarah e eu andamos lentamente pela grama, que está úmida e em certos trechos bate quase na altura do joelho. É um mundo de ruínas, um lugar desprovido de sentido. Portas que se abrem para o nada; um caminhão enferrujado, sem rodas, largado no centro de uma área de grama desbotada, com uma árvore despontando bem do meio do veículo; pedaços retorcidos de metal reluzente por todo lado, derretidos e formando desenhos irreconhecíveis." (p. 37)

A clareira onde Lena está possui arcos de pedra quase caindo e pedaços de parede que mal se sustentam em pé, também existe uma série de escadas de concreto que sobem em espiral não levando a lugar algum. Lá era uma cidade e Sarah explica que o pior não foram as bombas, mas os incêndios que se sucederam.

Lena pode reconhecer uma escola: os armários ainda estão lá, abertos, alguns com roupas dentro. Existem também resquícios de um restaurante, de uma delicatéssen, uma mercearia e um banco. 

"Na escola, sempre aprendemos que a blitz - o saneamento - foi rápida. Vimos filmagens de pilotos acenando dos aviões enquanto as bombas caíam em um distante tapete verde, árvores tão pequenas que pareciam brinquedos, nuvens estreitas de fumaça subindo da vegetação como plumas. Sem sujeira, sem dor, sem sons de gritos. Só uma população - as pessoas que resistiram e ficaram, as que se recusaram a se mudar para as cidades reconhecidas e cercadas, aquelas que não acreditavam e as contaminadas - apagada de uma vez só, com a rapidez de um toque no teclado, transformadas em sonho." (p. 38)

Mas observando aquele cenário, Lena sabia que não fora assim: os armários ainda abertos, cheios. As crianças nem devem ter tido tempo para chegar às saídas. 

Na Selva as condições são precárias, às vezes as condições de caça não são boas e suprimentos não chegam do outro lado através de aliados pela própria segurança de ambos os lados. Sempre tem alguém doente na Selva também: o espaço é pequeno e todos vivem muito próximos, praticamente em cima uns dos outros, respirando e espirrando uns nos outros e usando os mesmos utensílios. 

"Eu obedeço. Parecia impossível que o corpo fosse assim tão pesado. Na morte, ela se tornou um peso de ferro. Estou furiosa com Graúna, tão furiosa que me dá vontade de cuspir. É a isso que somos reduzidos aqui. É isso que nos tornamos na Selva: passamos fome, morremos, enrolamos nossos amigos em lençóis velhos e surrados e os queimamos a céu aberto. Sei que não é culpa de Graúna - mas das pessoas do outro lado da cerca: eles, os zumbis, aqueles que costumavam ser minha gente -, mas a raiva se recusa a diminuir e queima um buraco em minha garganta." (p. 103)

Como os capítulos do livro são intercalados entre "antes" e "agora", no "agora" Lena está em uma missão, um trabalho que lhe foi dado por Graúna: ficar de olho na ASD (América Sem Deliria), acompanhar, infiltrar-se. Mas só isso, Lena não sabe de mais nada, não faz ideia de qual é o objetivo da missão. 

Pandemônio, de Lauren Oliver, é um livro com uma história muito mais madura e envolvente que o primeiro volume da Trilogia, que já é um ótimo livro. Estou adorando essa Trilogia e mal posso esperar pelo último volume, especialmente pelo final surpreendente que Pandemônio traz (apesar de ser algo esperado desde o começo, pelo menos eu esperava, rs). 

A narrativa acompanha o ritmo da história, que é mais forte e crua neste segundo volume. O leitor conhece a Selva, como vivem os seus habitantes e como lidam com o pouco que possuem. O leitor também adentra mais no mundo cheio de cercas, na Zumbilândia, como as pessoas da Selva chamam, a alienação, a visão deturpada, os segredos (muito bem enterrados) etc.

A trama é cheia de ação, intrigas, mistérios e descobertas e a protagonista, Lena, é um personagem muito bem elaborado, com determinado conhecimento e vivência e que deve reaprender a caminhar e a olhar o mundo com outros olhos e ser muito corajosa.

Lançamentos do mês de agosto - Novo Conceito

Claro que Te Amo! (Tammy Luciano)



Piera tem certeza: está cometendo a maior loucura da sua vida ao assistir, escondida, ao casamento de seu ex-noivo. Depois de seis anos de relacionamento, entrar de penetra na comemoração foi tudo que André deixou para ela. E olhar a cena não a faz feliz, mas encerra uma fase de sua vida. Hora de recomeçar.

Mas como recomeçar se seu coração está cheio de dor? Envolver-se com a história de Piera é como descobrir que sempre há um lado muito bom a ser revelado… Mesmo que tudo pareça tão difícil.

Eu Compro, Sim! (Pedro de Camargo)


Entenda o comportamento do consumidor e aprenda a comprar com consciência!

Este é um livro divertido. O tipo de livro que a gente tem que ler nem que seja só para continuar uma conversa quando aqueles terríveis momentos de silêncio se instalam entre os interlocutores. Mas, além disso, este é um livro sério, muito sério. (Antes de começar a lê-lo, vale a pena dar uma olhada nas referências bibliográficas).

A proposta sensacional de Pedro de Camargo é demonstrar, da forma mais simples possível, como nosso comportamento de consumo está diretamente ligado aos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer.

Parece complicado, mas sob a escrita de Camargo você vai compreender perfeitamente alguns de seus comportamentos pouco ortodoxos, embora comuns, como assaltar a geladeira em noites mais frias, ou comprar aquele monte de bobagens que nunca, em toda a sua vida, pretendeu usar…

E, como cortesia, com as dicas no fim de cada capítulo é possível aprender a combater seus próprios neurotransmissores endoidecidos — e consumistas — e conquistar o orçamento saudável com que sempre sonhou.

A Outra Vida (Susane Winnacker)


O mundo de Sherry — de uma hora para outra — mudou completamente. Por causa de um vírus muito contagioso, as pessoas que ela costumava conhecer, e quase todas as pessoas de sua cidade, Los Angeles, na Califórnia, se transformaram em mutantes assustadores.

Esses mutantes têm uma força excessiva, são ágeis, o corpo é coberto de pelos, eles lacrimejam um líquido imundo e… comem gente! Portanto, não há muito o que fazer — talvez tentar fugir — quando se encontra algum deles. A não ser que você tenha ao seu lado a força e a determinação de um jovem como Joshua.

Joshua perdeu uma irmã para os mutantes e sua raiva é tão grande que ele seria capaz de vingar todos aqueles que perderam alguém para as criaturas. No entanto, para que esta revanche aconteça, é preciso prudência. Afinal, até que ponto a disseminação deste vírus foi uma coisa realmente natural? Que poderosos interesses estão por trás desta devastação?

E será que Joshua e Sherry conseguirão ter a cautela necessária para lutar contra as criaturas justo agora que seus corações estão agitados pelo começo de uma paixão?

Manuscritos do Mar Morto (Adam Blake)


A ambiciosa policial Heather Kennedy está em seu trabalho mais difícil: seus métodos de investigação são criticados e ela está sendo assediada por colegas rancorosos porque não lhes dá atenção.

Até que lhe é atribuída o que parece ser uma investigação de rotina, sobre a morte acidental de um professor da Faculdade Prince Regent, mas a autópsia deste caso volta com algumas descobertas incomuns: o inquérito vincula a morte deste professor às de outros historiadores que trabalharam juntos em um obscuro projeto sobre um manuscrito do início da Era Cristã.

Em seu escritório, Kennedy segue com sua investigação e logo se preocupa com o rumo para onde está sendo levada. Mas ela não está sozinha em sua apreensão. O ex-mercenário Leo Tillman — seu futuro parceiro — também tem angustiantes informações sobre estes crimes. E sobre a misteriosa organização mundial a que os crimes se relacionam… Escondido entre os pergaminhos do Mar Morto, um códice mortal pretende desvendar os segredos que envolvem a morte de Jesus Cristo.

Entre um terrível acidente de avião no deserto americano, um brutal assassinato na Universidade de Londres e uma cidade-fantasma no México, Manuscritos do Mar Morto é o mais emocionante thriller desde O código Da Vinci.

Tipo Destino (Susane Colasanti)


Lani e Erin são melhores amigas, embora não tenham muito a ver uma com a outra. Lani é uma taurina tranquila e Erin é a impetuosa leonina. Uma adora Astrologia (e outras artes adivinhatórias também) e ficar em casa; a outra gosta de pessoas e baladas. Suas preferências — incluindo pizzas e meninos — são bastante diferentes, ou eram, até que Erin começou a namorar Jason…

Assim que Lani conheceu o namorado de Erin, sentiu uma enorme conexão com ele. Uma sensação de que já se conheciam a vida toda. E, apesar de acreditar que ele sentia o mesmo, ela sempre soube que Jason estava fora de cogitação, afinal, ele era quem ele era!

Ela decidiu ignorar seus sentimentos. Não importava o quanto quisesse ficar perto de Jason, nada a demoveria da ideia de se manter distante dele.

Então, Erin viajou durante todo o verão…

Se Você Fosse Minha (Bella Andre)


Zach, o mais arredio dos Sullivan, é mecânico e corredor de pistas de alta velocidade. Suas únicas preocupações são: como gastar seu dinheiro e com que mulher passar a próxima noite… Até que ele recebe a difícil tarefa de cuidar do filhote de yorkshire de seu irmão por duas semanas — um total contratempo para um homem como ele.

Mas Zach não tem como negar este favor a Gabe e, muito a contragosto, acaba aceitando cuidar de Ternurinha, a cachorrinha que, para piorar, é um terror e certamente precisa de treinamento.

Heather Linsey não acreditava que teria de treinar o filhote do arrogante Zach Sullivan. De todos os homens que já conhecera, Zach era o mais atrevido. Palavras como arrogante, esnobe, pretensioso cabiam especialmente bem no mecânico da família Sullivan.

Além disso, a beleza e o charme de Zach eram desconcertantes e a atração entre eles, inevitável… Heather estava francamente disposta a negar esse trabalho, mas teve que pensar duas vezes antes de recusar, pois fora indicada por uma grande amiga.

De qualquer forma, ela sabia que podia controlar as investidas de Zach Sullivan, caso ele se mostrasse desrespeitoso. O que ela não sabia é que sua rejeição ia despertar os mais profundos e obstinados desejos no mecânico…

Olho Por Olho (Jenny Han e Siobhan Vivian)


Alguma vez você já quis realmente se vingar de alguém que a ofendeu? Talvez uma ex-amiga que a apunhalou pelas costas, ou um namorado traidor, ou um estúpido da escola que a humilhou desde que você era pequena…

Alguma vez você já sonhou em envergonhá-lo na frente de todos? E, então, alguma vez você se uniu com outras duas pessoas para criar um elaborado esquema de destruição e revanche? A maior parte de nós não pode dizer que sim a todas essas perguntas (felizmente). Mas, certamente, todos nós somos capazes de nos identificar com muitos dos sentimentos de Kat, Lillia e Mary em Olho por Olho…

No entanto, de um exercício de malícia, de uma simples brincadeira adolescente, o jogo do "aqui se faz, aqui se paga" poderá assumir proporções trágicas, em que até mesmo as leis da natureza vão se dispor, misteriosamente, a acalmar os corações ofendidos.

Deixe-se levar por uma genuína história sobre o certo e o errado, o justo e o injustificável e procure entender — se possível — os verdadeiros motivos que transformaram estas três meninas. Dramático, honesto e fascinante, este é um livro que ultrapassa todas as expectativas!

Uma Prova de Amor (Emily Giffin)


Primeiro vem o amor, depois vem o casamento e depois… os filhos. Não é assim?

Não para Claudia Parr. A bem-sucedida editora de Nova York não pretende ser mãe, e até desistiu de encontrar alguém que aceite esta sua escolha, mas, então, ela conhece Ben.

O amor dos dois parece ideal. Ben é o marido perfeito: amoroso, companheiro e — assim como Claudia — também não quer crianças. No entanto, o inesperado acontece: um dos dois muda de ideia a respeito dos filhos. E, agora, o que será do casamento dos sonhos?

Uma Prova de Amor é um livro divertido e honesto sobre o que acontece ao casal perfeito quando, de repente, os compromissos assumidos já não servem mais. Contudo, é também uma história sobre como as coisas mudam, sobre o que é mais importante, sobre decisões e, especialmente, sobre até onde se pode ir por amor.

Vários lançamentos para agosto! Qual vocês mais desejam ler?

Adeus, Facebook - O Mundo Pós-Digital


Título: Adeus, Facebook - O Mundo Pós-Digital

Autor: Jack London
Editora: Valentina
Páginas: 180
ISBN: 9788565859059

Jack London, em Adeus, Facebook, é objetivo ao analisar e apontar fatos tanto do passado quanto do presente e prever o que nos aguarda com relação ao mundo da internet, ou melhor, não o mundo da internet, mas um mundo intrinsecamente conectado. Não, Jack London não é vidente, ele usa a história como base para analisar e comparar o que vem por aí e sabemos que a história não é estanque, assim como não caminhos para uma eterna evolução, mas aos trancos e barrancos seguimos entre altos e baixos, em meio a tecnologias que são criadas, descartadas, renovadas, (re)criadas e difundidas. 

"Observando os prazos de vencimento de cada fase de globalização da comunicação humana, vemos uma curva achatada, que vai dos quase 5 milhões de anos de oralidade para os 3 mil anos de escrita sem reprodução e daí para os 500 de escrita reproduzida. Os tempos encurtaram." (p. 14)

Com a globalização e os avanços tecnológicos o tempo realmente "encurtou" e os avanços (apesar dos retrocessos), irão surgir de forma cada vez mais rápida. 

"A tecnologia é como todos os processos humanos, autofágica e inesperada. Tempos fugit, como diziam os romanos, ou, se você quiser, numa versão mais moderna, "já era". (p. 28)

O autor não fala em "fim dos tempos" ou sobre como a tecnologia pode ser inimiga, mas alerta que no mundo da internet e dos hipertextos, há os hiperleitores e como eles se comportam? Jack London afirma que em pleno século 21, especialmente no Brasil, existe uma torrente de infraleitores. 

Apesar de ser um livro voltado mais para empreendedores, Adeus, Facebook é uma ótima leitura esclarecedora sobre o passado, presente e futuro dentro de um universo repleto de surpresas: a internet, a tecnologia e o próprio comportamento humano. 

Uma coisa muito agradável no livro é a narrativa que o autor se utiliza, como se estivéssemos em um bate-papo informal com um conhecido.

Participe da promoção que está rolando aqui no blog e concorra a esse livro e outros quatro títulos!

Lançamento de Fale!, de Laurie Halse Anderson

A Editora Valentina está lançando o livro Fale!, de Laurie Halse Anderson (autora também de Garotas de Vidro, confira a resenha aqui). Confesso que estava super ansiosa por esse lançamento! 


PREMIADO, CONTROVERSO, PIONEIRO E TRANSFORMADOR

"Um olhar cortante, sem filtros, um grito de alerta sobre a crueldade e a violência que permeiam o cotidiano escolar. Emocionante e inesquecível." Kirkus


"Fale sobre você... Queremos saber o que tem a dizer." Desde o primeiro momento, quando começou a estudar no colégio Merryweather, Melinda sabia que isso não passava de uma mentira deslavada, uma típica farsa encenada para os calouros. Os poucos amigos que tinha, ela perdeu ou vai perder, acabou isolada e jogada para escanteio. O que não é de admirar, afinal, a garota ligou para a polícia, destruiu a tradicional festinha que os veteranos promovem para comemorar a chegada das férias e, de quebra, mandou vários colegas para a cadeia. E agora ninguém mais quer saber dela, nem ao menos lhe dirigem a palavra (insultos e deboches, sim) ou lhe dedicam alguns minutos de atenção, com duvidosas exceções. Com o passar dos dias, Melinda vai murchando como uma planta sem água e emudece. Está tão só e tão fragilizada que não tem mais forças para reagir.

Finalmente encontra abrigo nas aulas de arte, e será por meio de seu projeto artístico que tentará retomar a vida e enfrentar seus demônios: o que, de fato, ocorreu naquela maldita festa?

Um romance de estreia extraordinário; uma obra-prima vencedora (e finalista) de inúmeros prêmios sobre uma jovem que opta por calar em vez de dizer a verdade. Fale! encantou tanto leitores quanto educadores, alunos e professores. Um romance transformador, corajoso, capaz de fazer refletir sobre temas fundamentais - porém espinhosos como o bullying - do cotidiano dos adolescentes.

Fale! recebeu o "Altamente Recomendável" norte-americano para leitura escolar. Foi transformado em filme (O Silêncio de Melinda) em 2004, com Kristen Stewart, da saga Crepúsculo, no papel da protagonista.

Fale! é um livro impactante e corajoso, que incentiva a reflexão e o debate. É para ser lido com o coração e, principalmente, relido com a alma.

A Autora

Laurie Halse Anderson é a aclamada autora de inúmeros livros para jovens e de uma série de 12 volumes para o ensino fundamental. Mundialmente conhecida por Fale!, um dos romances juvenis mais importantes publicados na última década, adotado pelas mais conceituadas escolas dos Estados Unidos e escolhido pela Associação Americana de Bibliotecas (ALA) como leitura fundamental. Mora com a família em Nova York. Ao final de Fale! o leitor irá encontrar um guia para discussão em sala de aula, uma excelente entrevista com a autora e informações relevantes principalmente sobre violência contra crianças e adolescentes. Não deixe de visitar o site da autora, lá estão todas as informações sobre o livro e sua literatura, a playlist de Fale!, vídeos, biografia completa, links úteis para professores, notícias atualizadas e muito mais.

Correio #28

Ahh, adorei os Kits da Novo Conceito desse mês!

De Volta Para Casa (Karen White)

Lindo esse colar, né?


A Garota do Penhasco (Lucinda Riley)

Chaveiro em formato de sapatilha de balé. 


Refém da Obsessão (Alma Katsu)

O segundo volume da Trilogia Ladrão de Almas vem com uma caixa muito linda! 


A Menina Que Semeava (Lou Aronica) 

Essa essência de Tamarisk é uma delícia!


Eternamente (Elizabeth Chandler)

Sexto e último volume da série Beijada por um Anjo. A caixa que veio é super caprichada e o Kit também acompanha uma almofada inflável.


Aconteceu em Paris (Molly Hopkins)

Marcador bem bolado, ecobag e encosto de pescoço.

Doce Vampira



Título: Doce Vampira
Autor: Ju Lund
Editora: Ornitorrinco
Páginas: 210
ISBN: 9788565623032

Eduarda (Duda) sempre estudou na mesma escola pública até que no último ano sua mãe resolveu transferi-la para uma particular para que a filha fosse mais bem preparada para entrar em uma faculdade. Duda não queria mudar de escola, o pai não achava necessário, mas a mãe, sempre dura, conseguira convencer o pai. 

A nova escola possuía um horário diferente, fazendo com que Duda passasse mais tempo lá do que em casa, os professores não eram muito receptivos e os alunos eram um pouco esnobes. Três dias de aula e nada de se enturmar, até que uma novata apareceu e como Duda ficou de lado, sozinha. A novata era bonita, de uma beleza incomum e vestia-se muito bem, parecia-se até mesmo com uma modelo. 

As duas interagiram pela primeira vez em um trabalho em dupla e depois desse dia ficaram muito unidas, fazendo trabalhos juntas e estudando, indo à biblioteca e conversando. Demorou, mas as duas fizeram amizades, especialmente pelo esforço de Duda em ser sociável e ter uma vida escolar normal. Mas nem todos gostavam de Ester, não por ser novata, mas por ser a única aluna vampira na escola. 

Os vampiros haviam "saído de seus caixões", coisa que pessoas maldosas diziam, há um bom tempo. Eles viviam em harmonia com os humanos, deviam ser respeitados, possuíam direitos e deveres e não saíam por aí mordendo pessoas para se alimentar. Sua alimentação era controlada pelo Estado. 

Duda não via problema algum em Ester ser uma vampira, sempre achara uma bobagem categorizar, separar ou rotular. As duas socializavam com aqueles que eram mais abertos e sendo Ester mais calada, não fazia amizades, apenas acompanhava Duda. 

Se antes os dias de Duda eram insuportáveis, agora, com Ester, tornaram-se agradáveis. A amizade delas fora como uma luz em sua vida e as duas conversavam muito, com Duda contando tudo para a vampira. A garota sentira que encontrara a melhor amiga do mundo. Mas enquanto a amizade tornava-se cada vez mais forte, algo mudava em Duda. No começo, ela pensou que fosse uma mistura de carinho e admiração, depois notou que era mais que isso. As duas eram extremamente inseparáveis e quando não estavam juntas Duda sentia-se incompleta e até mesmo triste. 

"Uma transformação do sentimento, algo transcendente, simplesmente aconteceu. Eu não sabia como, mas a amizade tornara-se amor." (p. 26) 

Duda tentou se convencer de que invertera o sentimento, mas percebeu que se sentia como alguém apaixonado. Afastou-se um pouco de Ester, que fez o mesmo. Ambas perceberam que extrapolavam a conexão que possuíam. Mas não conseguiram se manter separadas por muito tempo. 

"E assim, consolidamos o sentimento, a reciprocidade. Acho que foi tudo ao seu tempo e aconteceu porque o destino havia nos reservado uma à outra. No mesmo lugar em que abrimos nossos corações, Ester me chamou pela primeira vez de Petite." (p. 27) 

Duda nunca estivera tão feliz, mas o sonho teve fim. As pessoas começaram a falar e a fofoca que rondava a escola chegou aos ouvidos de seus pais, mesmo as duas sendo discretas e manterem seu relacionamento em segredo. Ester acabou sendo expulsa da escola e os pais de Duda proibiram a amizade das duas, fazendo o maior escândalo. Duda estava de castigo, a internet fora cortada, o celular era restrito, não recebia mesada, não podia sair sem autorização e o clima na escola era péssimo. 

Anestesiada e sem ânimo Duda enfrentava uma situação terrível em casa, com sua mãe olhando-a atravessado e seu pai, que já era calado, ignorando-a completamente, como se ela não existisse. Seus dois irmãos mais novos apenas diziam besteiras sobre o assunto. Além disso, sua mãe tinha uma teoria completamente sem fundamento, dizendo que tudo aquilo acontecera por causa de um feitiço. Seu pai a levara para consultas em um psiquiatra mal-humorado que receitava-lhe remédios que Duda fingia tomar. Na escola todos seguiam a orientação de proibição total e na casa de Duda haviam sido instaladas câmeras e até mesmo um vigia noturno fazia rondas na área. Seus pais foram mais longe e ameaçaram internar Duda se ela pensasse em fazer qualquer coisa que viesse desonrar a família.

A vida de Duda só começou a ter sentido novamente quando recebeu um bilhete de Ester e as duas começaram a se corresponder por meio desses bilhetes através da professora de Química de Duda. Ester lembrava que Duda teria dezoito anos e assim poderia tomar as suas próprias decisões, pelo menos era o que a lei dizia e Ester iria esperar a sua decisão: amizade ou amor.

Renovada, Duda não tinha dúvidas quanto ao que sentia por Ester, mas sabia que sua família nunca aceitaria a relação das duas: 1) Duda havia se apaixonado por uma garota; 2) Essa garota era uma vampira. Só havia uma forma das duas ficarem juntas: fugindo.

Depois de inventar algumas desculpas para seus pais Duda conseguiu dar uma escapadela de casa e se encontrar com Ester, finalmente estava com a sua vampira e ansiava por uma vida com ela, apenas ela. Mas Ester quer levar Duda para a casa de sua família, apenas por uma noite.

"- Agora ouça, Ester. Quero ser sua, pelo tempo que eu existir. Agora, se você vai continuar a me querer quando eu estiver velha, isso realmente não sei. E também não importa, quero viver o agora e o amanhã, no máximo. 
- Amor, não deseja ser igual a mim? - indagou-me um pouco esquisita." (p. 40)

Os dias iam passando e nada das duas saíram da casa da família de Ester, o que incomodava e muito Duda. Louise, que transformara Ester, era altiva e extremamente educada, mas mesmo assim assustava qualquer um com seus olhares. Ester ficava muito diferente perto dela e Louise parecia ver Duda com desdém, apesar de lhe tratar com cordialidade. Nicolás, marido de Louise, era forçadamente simpático e John, irmão de Ester, encontrava-se fora de casa. Até mesmo os empregados, como mordomos e faxineiros, todos homens e vampiros, agiam de forma estranha.

Apesar de amar Ester, as coisas não estavam certas. Ela queria viver sozinha com Ester, a estadia das duas na casa da vampira seria apenas para as duas conseguirem se ajeitar, mas Louise se intrometia muito, até que informou Duda que ela deveria escolher logo outro nome para depois de sua transformação, pois cada vampiro era batizado com um assim que transformado, o que deixou Duda sem reação. Ela não havia pensado na hipótese de ser uma vampira. E para ficar com Ester ela teria que ser uma, ou sua família não a aceitaria.

Quando percebeu que seu número de celular havia sido trocado e descobriu que seus pais haviam ido até a casa dos pais de Ester tentando entrar em contato, o que ninguém informou Duda, ela resolve voltar para a casa dos pais, ao menos para pensar no que está acontecendo.

Agora seus pais estão diferente, aparentemente. E afirmam que tudo irá mudar: irão aceitar e respeitar suas escolhas. Mas será que realmente estão dizendo a verdade? Em quem confiar agora?

Li Doce Vampira, de Ju Lund, através do Book Tour organizado pelo World of Words e Pepper Lipstick. Vocês podem imaginar que a história talvez pareça com Crepúsculo (garota se apaixona por vampira na escola) mas posso afirmar que as duas histórias não tem absolutamente nada a ver. Doce Vampira foi uma leitura que me surpreendeu, com uma narrativa em primeira pessoa que não dá para colocar defeito, é um livro extremamente bem escrito e possui um enredo cheio de mistérios e surpresas, muito bem elaborado, que prende o leitor e não deixa nada a desejar.

Duda é uma garota livre de preconceitos e de sua amizade com Ester nasce um lindo amor, mas infelizmente a história das duas é perturbada quando o preconceito existente na família de Duda torna o romance impossível. E quando conseguem ficar juntas tudo parece estar contra elas, ou pelo menos os mistérios que existem na casa de Ester deixam Duda inquieta, fazendo-a não se sentir mais segura naquele local. O amor e o carinho que sua família nunca demonstrou surgem como um bálsamo para suas dúvidas e sua tristeza, mas as aparências podem enganar.

Doce Vampira possui um final de deixar o leitor com o queixo caído, é perturbador e pede, definitivamente, uma continuação.

Outra coisa, a diagramação é perfeita! Adorei o aspecto clean da capa e por dentro o livro é um charme, bem feminino e com páginas e fonte que ajudam muito a leitura fluir.

Juliana Andrade Lund, mais conhecida como Ju Lund, começou a publicar seus contos em seu site em 2010. Em seu Portal ela possui publicações de notícias, resenhas, comentários de filmes e séries de TV, sinopses, trailers e tudo o que acontece ou está em voga no mundo da ficção e afins. A equipe é formada por 16 pessoas e ele é atualizado diariamente, vale pena dar uma conferida!

No dia 3 de julho a autora confirmou que a continuação de Doce Vampira está concluída. Ela havia planejado uma Trilogia, mas irá finalizar a trama com este segundo livro. Para ficar por dentro das novidades curta a Fan Page do livro.

Aproveite também para ler as 20 primeiras páginas de Doce Vampira aqui.

S.E.G.R.E.D.O.


Título: S.E.G.R.E.D.O.

Autor: L. Marie Adeline
Editora: Globo Livros
Páginas: 224
ISBN: 9788525053633

"Garçonetes são hábeis em ler linguagem corporal. Bem como esposas furiosas que viveram sob o mesmo teto com um bêbado furioso. Eu fui ambas: mulher de um por quatorze anos e garçonete por quatro. Parte de meu trabalho era saber, às vezes até antes de os clientes sequer terem ideia, o que eles queriam. Eu conseguia fazer o mesmo com o meu ex também, prever exatamente o que ele queria no exato segundo em que ele cruzava a porta. E, no entanto, quando eu tentava utilizar essa habilidade comigo mesma, para antecipar minhas próprias necessidades, não conseguia." (p. 7) 

Cassie nunca planejara virar garçonete, mas com a morte de seu ex conseguiu o emprego no Café Rose, em New Orleans, onde morava há seis anos. Nos quatro anos seguintes a morte de seu ex, enquanto oscilava entre a tristeza e a raiva à uma espécie de limbo entorpecente, Cassie servia: servia às pessoas, ao tempo e à vida. Mas ela não odiava o seu emprego. 

Will, seu chefe, é um cara ótimo e namora Tracina, uma das garçonetes. O namoro começou depois que Will chamou Cassie para sair e isso não o levou a lugar algum. Cassie, é claro, ficou lisonjeada pelo interesse dele, mas naquele momento precisava mais de um amigo do que namorar o próprio chefe e agora os dois eram bons amigos e, apesar da atração que Cassie sentia por Will, ela conseguia neutralizar toda e qualquer sensação.

Gostava de atender aos excêntricos, aqueles que tinham as melhores histórias, mas davam as piores gorjetas. Seus favoritos eram os casais, observá-los desencadeava em Cassie um anseio profundo e familiar, mas na vida que levava sabia que aqueles anseios não tinham lugar, assim como a ternura não era algo familiar para ela. Seu ex-marido, Scott, conseguia ser gentil e generoso quando sóbrio, mas quando bebia ele não era mais nada. Sua morte fez Cassie chorar por toda a dor que ele causara, mas não sentiu a sua falta. Algo havia se atrofiado nela até morrer e cinco anos se passaram, cinco anos desde que se relacionara pela última vez. 

"Eu costumava pensar nesse celibato acidental como se ele fosse um cachorro magro e velho, sem outra opção senão me seguir. Cinco Anos ia comigo a toda parte, a língua pendendo para fora, trotando na ponta das patas. Quando eu experimentava roupas, Cinco Anos ficava ofegante no chão do vestiário, com os olhos reluzindo, ridicularizando minha tentativa de parecer mais bonita em um vestido novo. Cinco Anos estacionou também sob cada mesa de cada encontro morno a que insisti em ir, caído aos meus pés." (p. 8 e 9)

Nenhum encontro que fora se revelou algo que valesse a pena e aos trinta e cinco anos Cassie acreditava que "aquilo" nunca mais aconteceria: ser desejada, intensamente cobiçada, como o casal que observara no Café Rose, algo que parecia ter saído de um filme estrangeiro, em uma língua que ela jamais aprenderia. 

Naquele dia seu casal favorito estava no Café e Cassie percebeu que a mulher usava uma pulseira, uma grossa corrente de ouro decorada com pequenos talismãs, também dourados. A pulseira era incomum, de um amarelo pálido e acabamento fosco e os talismãs tinham algarismos romanos gravados sobre eles de um lado e, do outro lado, palavras que Cassie não conseguiu distinguir. O casal foi embora e Cassie viu que a mulher esquecera um caderninho de notas, cor de vinho, com as iniciais PD gravadas a ouro. 

Em casa Cassie abre o caderninho pertencente a Pauline Davis e se depara com uma tabela de conteúdo que relata passos, de um a dez. No restante do caderno Pauline havia escrito notas sobre cada passo e Cassie mal podia tirar os olhos daquelas páginas cheias de palavras sensuais. 

O caderno não possuía outra identificação além do nome de Pauline, não havia um endereço ou telefone. Mas Pauline apareceu no Café dois dias depois, não com o seu amante de sempre, mas com uma mulher mais velha, com cerca de cinquenta ou sessenta anos. O caderninho foi entregue e Pauline foi embora atordoada, enquanto sua amiga, Matilda, que estranhamente sabia o nome de Cassie, continuou no Café. Nada de complicações. Por isso Cassie ficou surpresa com a visita de Matilda no dia seguinte, dessa vez sozinha, pedindo para Cassie se juntar a ela na mesa. 

"Então ela ofereceu um cartão com o nome dela. "Se você tiver alguma dúvida sobre o que leu no caderninho, recomendo-lhe que me telefone. Falo sério. Caso contrário, não vou voltar aqui. Nem Pauline. É assim que você consegue falar comigo. Dia ou noite."
"Ah, ok.", eu disse, segurando o cartão com cuidado, como se fosse radioativo. Matilda Greene, e seu número de telefone. Na parte de trás havia um acrônimo, S.E.G.R.E.D.O., e três frases: Sem julgamentos. Sem limites. Sem vergonha. "Você é terapeuta ou algo assim?"
"Dá para dizer isso. Eu trabalho com mulheres que chegam a uma encruzilhada na vida. Normalmente na meia-idade, mas nem sempre."
"Como uma preparadora para a vida?"
"Mais ou menos. Mais como uma guia."" (p. 35)

Cassie levou uma semana para ligar para Matilda, mas ligou, e não fazia ideia de que tipo de espécie de ajuda ela iria lhe oferecer. Relutante, quase desistindo, chegou ao escritório de Matilda. Mesmo não conhecendo aquela mulher a sua frente, conseguiu contar a sua história. Contou para Matilda como foi crescer em Ann Arbor, como sua mãe morrera quando Cassie ainda era jovem e como seu pai, um empreiteiro de cercas industriais, quase nunca estava por perto e, quando estava, alternava seu humor entre azedo e excessivamente afetuoso, especialmente quando estava bêbado. Contou que crescera arredia e que sua irmã saíra de casa assim que pôde e que hoje mal se falavam. Depois contou sobre Scott, o Scott doce e o Scott desgraçado, aquele que dançara música country com ela lentamente e aquele que lhe batera duas vezes e lhe implorava perdão, perdão que não podia conceder. Contou que sua morte não a libertara, mas fizera com que ela criasse um cativeiro seguro. Cassie não tinha ideia de como precisava falar com outra mulher, de como havia se isolado. 

""Cassie, tome um gole e, por favor, tente relaxar. Isto é uma coisa boa. Uma coisa maravilhosa, confie em mim. O Comitê é simplesmente um grupo de mulheres, mulheres amáveis, muitas delas como você, e querem ajudar. Elas recrutam participantes e criam as fantasias. O Comitê faz suas fantasias acontecer."
"Minhas fantasias? E se eu não tiver nenhuma?"
"Ah, você tem. Você só não sabe disso ainda. E não se preocupe. Você nunca vai ter que fazer algo que não queira, e jamais terá que ficar com alguém com quem não queira. O lema do S.E.G.R.E.D.O. é: Sem julgamentos. Sem limites. Sem vergonha."
O copo de água balançou em minha mão. Tomei um gole grande e engasguei.
"S.E.G.R.E.D.O.?"
"Sim, é como se chama o nosso grupo. Cada letra representa algo. Mas toda a nossa razão de ser é a libertação por meio da completa submissão a suas fantasias sexuais."" (p. 46)

Existem nove fantasias, o Décimo Passo é uma decisão que Cassie deve tomar. Ela pode permanecer no S.E.G.R.E.D.O. por um ano, recrutando outras mulheres como ela, treinando participantes de fantasias, ou ajudando outros membros a viabilizar fantasias. Ou pode decidir usar seu conhecimento sexual em seu próprio mundo, talvez até mesmo em um relacionamento amoroso. 

O Comitê é formado por diversas mulheres, todas diferentes umas das outras, mas com um objetivo em comum: ajudarem umas as outras. Cassie as observava e queria se tornar como elas, sentir-se viva e viver em seu corpo novamente. 

Não queria mais ouvir aquela voz crítica que surgia na ausência de Scott, observando as suas falhas e destacando os seus erros. Queria parar de chorar pela perda de quinze anos de sua vida casada com um homem que nunca a merecera. Precisava voltar a viver, juntar-se ao mundo novamente, sair do ritmo estável e confiável que sua vida tomara. 

"Olhei no espelho novamente: toda aquela carne, tudo disponível e macio, mas de alguma forma trancado. Entrei na banheira e me sentei, então deslizei inteira sob a água, submergindo a cabeça sob a espuma por alguns segundos. Eu podia ouvir meu coração debaixo d'água, batendo um eco triste. Isto, pensei, é o som da solidão." (p. 26)

Agora, dentro do S.E.G.R.E.D.O., Cassie ganhava uma pulseira de ouro pálido, mas sem nenhum talismã. A cada Passo que completasse ela receberia um, para celebrar sua conclusão. 

"Olhei para a lista uma última vez. Minha cabeça estava repleta de encanto e preocupação, alegria e medo que essas fantasias iriam liberar. Imagine ter tudo o que você sempre quis e muito mais. Imagine ser o que os outros querem e desejam - cada centímetro de você, exatamente como você é. Aquilo estava acontecendo. Estava acontecendo comigo. Pensei que minha vida havia acabado, mas estava prestes a mudar para sempre." (p. 61)

S.E.G.R.E.D.O., de L. Marie Adeline, pseudônimo de uma autora canadense, é o primeiro livro de uma Trilogia. Parece que ainda não existe nenhuma confirmação sobre o segundo livro, mas espero que a autora continue escrevendo, pois adorei S.E.G.R.E.D.O.! Um livro erótico com uma história super bem elaborada e com personagens "reais", nada de ricaços, amor à primeira vista etc., geralmente presente nos livros eróticos.

Gostei da narrativa, que envolve o leitor e do enredo, que realmente existe e não é só um "apêndice" para jogar para o leitor páginas e páginas com erotismo exacerbado, o que acaba cansando e não prende o leitor. 

Cassie é um personagem que cativa, pelo qual torcemos e acompanhamos, aos poucos, como ela consegue retomar as rédeas de sua própria vida. Sua transformação é maravilhosa: um grito de liberdade, cheio de força feminina. 

Lançamento de Refém da Obsessão, de Alma Katsu

Em julho a Novo Conceito irá lançar o segundo volume da Trilogia Ladrão de Almas (confira a resenha do primeiro volume aqui), da autora Alma Katsu. \o/


Havia uma parte em Lanny que queria ser punida. Um pedaço de seu coração que acreditava que ela merecia o horror de ser imortal, a tristeza de ver todos aqueles que amara partirem, enquanto ela só podia conviver com as perdas e as lembranças. Terríveis e solitárias lembranças. Este "dom", oferecido pelo mais malvado dos homens, Adair, era, para ela, a resposta a uma pena que ela deveria cumprir.

Mas, apesar das culpas e do castigo que pensava merecer, ela ainda sonhava. E esperava ser redimida por ter dado a Jonathan — seu grande amor — o esquecimento que purifica todo ser de sua dor: a morte.

No entanto, bem no fundo de sua alma, ela suspeitava que, fosse o que fosse que a atraísse para Adair (e para sua maldade), fosse qual fosse o infeliz sentimento que os aproximara, este sentimento não fora totalmente exorcizado.

Não importava que ela tivesse chegado ao cúmulo de emparedar aquele homem mau e deixá-lo para apodrecer, não importava que o tempo tivesse passado, nem que, hoje, ela pudesse contar com o apoio e os braços fortes e acolhedores de Luke… Adair estava por perto, ela podia senti-lo, e seu poder era inexorável.

Período de pré-venda: 9 a 15 de julho de 2013.
Lançamento: 24 de julho de 2013. 

Bruxos e Bruxas



Título: Bruxos e Bruxas
Autor: James Patterson e Gabrielle Charbonnet
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
ISBN: 9788581632216
Wisteria (Wisty) e Whitford (Whit) Allgood são surpreendidos no meio da noite em sua casa por homens uniformizados, soldados da Nova Ordem, e por Byron Swain, um garoto da escola que todos odeiam, esnobe e puxa-saco, acusados de bruxaria e levados ao Reformatório da Nova Ordem. 

Wisty tinha apenas 15 anos e seu irmão, Whit, quase 18. Não faziam ideia do que estava acontecendo, toda aquela situação não fazia sentido, além disso, seus pais pareciam horrorizados, mas nada surpresos com os eventos daquela noite. E coisas ainda mais estranhas aconteceram naquela madrugada...

"- Não! Mãe! Pai! Socorro! - berrei e tentei me soltar, mas era como tentar sair de uma gaiola feita de aço. Braços duros como pedra me arrastaram em direção à porta. Consegui virar o pescoço e olhar para os meus pais pela última vez, marcando a ferro e fogo na minha memória o terror no rosto deles, as lágrimas em seus olhos. E, bem naquele momento, me senti envolvida por uma brisa, como se um vento forte e quente estivesse soprando contra mim. Imediatamente, o sangue subiu para a minha cabeça e o suor pareceu pular da minha pele e fritar até virar vapor. Ouvi um zumbido ao meu redor e então... Você não vai acreditar, mas é verdade. Eu juro! Eu vi e senti chamas enormes explodirem de cada poro do meu corpo." (p. 26)

Tudo parecia um pesadelo horrível, mas tornava-se realidade à medida que as únicas lembranças de suas vidas antes dos macacões cinza e listrado e da cela com barras eram uma baqueta (Wisty) e um livro velho em branco (Whit) dados por seus pais (de acordo com o Código da Nova Ordem cada um deles podia levar um objeto da casa), mesmo que eles não fizessem sentido algum. 

No pavilhão em que os irmãos se encontravam, Wisty percebeu vários rostos, todos de crianças, uma mais assustada que a outra. Aquela prisão parecia estar cheia de crianças e de mais ninguém. 

Byron aparece de novo, dessa vez para interrogar Wisty e Whit, mas os dois não possuem segredo algum para admitir. Na verdade, não fazem ideia do que Byron está falando. Mas o garoto afirma que as coisas irão ficar piores.

Depois da visita nada agradável de Byron, Whit adormece e sonha com Célia, sua namorada que desapareceu misteriosamente. O sonho é muito real para Whit e Célia o avisa que precisa ser forte, ele e Wisty, ou então morrerão. 

Chegara o dia em que os irmãos iriam ao tribunal. Algemados, depararam-se com um enorme retrato de O Único Que É O Único pendurado bem no meio da sala, como se ele fosse um general ou um imperador. Em frente a mesa do juiz havia uma grande jaula onde Wisty e Whit foram empurrados por um guarda. Uma dúzia de guardas armados permaneciam ao redor da jaula e um juiz, O Único Que Julga, provavelmente, olhava ameaçadoramente para todos os lugares. O júri era composto apenas por homens, com os rostos definitivamente expressando desaprovação. Seus olhos eram frios e cheios de ódio. 

O juiz Ezekiel Raiwa disse, ou melhor, berrou, acusando Wisty e Whit dos crimes mais sérios contra a Nova Ordem. Os dois eram uma ameaça a tudo o que era adequado, certo e bom. Pelo testemunho da polícia ficaram sabendo de suas últimas perpetrações nas artes das trevas. Também sabiam da "periculosidade" dos irmãos através das investigações conduzidas pela Agência de Segurança da Nova Ordem e graças à Profecia. Perguntados como se declarariam em relação as acusações os irmãos afirmaram que eram inocentes. 

Era a vez do júri. Em uma imitação grotesca da justiça, todos viraram os polegares para baixo. 

"- Vocês estão de brincadeira! - Wisty berrou. - Isso não é justo!
Pá!, fez o cassetete de novo. Pá! Pá! Pá!" (p. 52)

Os dois foram culpados de todas as acusações e considerados bruxos. Os irmãos estavam chocados, mas ainda não tinham ouvido tudo. Ambos os crimes seriam punidos com o enforcamento, mas as execuções não eram permitidas até o criminoso atingir 18 anos, idade que Whit completaria em menos de um mês. Por isso os irmãos ficariam na penitenciária do Estado, aguardando...

Enquanto estavam no furgão, com o rosto colado em uma janelinha, podiam observar as ruas cheias de soldados, mas o que mais chamou a atenção deles foi uma placa que acabava de ser instalada onde podia-se ler "procurados por traição e prática criminosa das artes abomináveis", sob estas palavras estavam fotografias em preto e branco de seus pais e a mensagem terminava com: "vivos ou mortos!"

Quando o furgão parou, Wisty e Whit puderam perceber um prédio grande onde ainda podia se ler "Hospital Psiquiátrico Estadual General Bowen".

"Eu sei que a vida é uma droga quando você não vê a hora de ser institucionalizado, drogado ou até passar por uma sessão de choque para voltar à realidade. A essas alturas, eu aceitaria uma lobotomia numa boa. Acho que é isso que temos que encarar quando a liberdade deixa de ser um sonho. Lobotomia ou morte!" (p. 62 e 63) 

Whit sonha mais uma vez com Célia. Dessa vez ela o avisa que existe uma profecia, que ela está escrita em um muro em seu futuro e que ele deve aprender mais sobre ela. Whit faz parte disso, nunca deve se esquecer dela pois irá tomar conta desse mundo, é por isso que a Nova Ordem tem tanto medo dele e da Wisty. 

Os dias no "hospício" eram piores que na prisão. Os irmãos não sabiam o que esperar quando a porta se abria. Podia ser a enfermeira-chefe, uma mulher medonha com seu aparelho de choque paralisante ou o visitante, um homem com aspecto pavoroso, a figura da Morte, que carregava sempre um chicote consigo e que não hesitava em usar. 

Um dia Wisty mostra para seu irmão o velho diário que seu pai entregou para Whit e para surpresa de ambos ele está preenchido, no entanto, o livro mostra coisas diferentes para cada um deles, mais exatamente, o que cada um quer ver. 

"- Temos que descobrir como isso funciona - Wisty disse, tensa. - Eu sei que você acha que sou louca, mas estou começando a acreditar nessa história de bruxa e bruxo. Na nossa mágica. Temos que treinar, Whit. Temos que ter mais força de vontade. Talvez você seja um bruxo. Talvez eu seja uma bruxa." (p. 86)

Os dias iam passando e eram preenchidos com testes e mais testes. Testes de força física, testes de inteligência, testes de "normalidade", exames médicos etc. Mas além disso Wisty ficava cada vez mais convicta de que poderia ser uma bruxa: seu corpo havia brilhado uma vez, conseguira flutuar, virara uma "tocha humana" e quando o juiz lançara o martelo na direção de Whit ele simplesmente havia ficado parado no ar. Ela só não conseguia fazer as coisas quando queria. 

Whit, por sua vez, conseguira atravessar a parede de concreto da cela. O que ele vira do outro lado parecia ser uma outra dimensão, um mundo de sombras. Tudo era preto, ou cinza, ou tingido com um verde meio brilhante. Dentre as sombras, os ruídos de estática e trechos de conversa distorcidos, Whit avistou um rosto conhecido, Célia. 

"- Não venha aqui de novo, Whit. - ela me pediu. - Essa é a Terra das Sombras. É um lugar para os espíritos. É isso o que eu sou agora. Sou um fantasma." (p. 101)

Wisty e Whit são levados ao tribunal mais uma vez: o juiz Ezekiel Raiwa quer saber quem eles subornaram, pois seus exames voltaram normais. Perguntava se eles haviam usado feitiçaria ou feito alguma coisa nas máquinas. A situação era absurda, os irmãos não haviam feito nada.

"Barata! Você é um baratão!", gritei, dentro da minha cabeça. "Ah, se eu pudesse transformar o juiz Raiwa em uma barata", pensei. "Eu sou uma bruxa, certo? Então, por que não posso fazer isso? Por quê? Por quê? Por quê?" (p. 108)

Wisty imaginava que bruxas lançavam feitiços, mas ela não conhecia nenhum. Apenas se lembrava de algumas rimas que aprendera quando criança, iria tentar descobrir se dava certo e com uma musiquinha sobre moscas Wisty teve certeza que fizera algo, pois a sala do tribunal estava cheia de moscas-varejeiras enormes. A sala virou um caos com as moscas se lançando sobre as pessoas e os guardas berrando feito menininhos, mas não era só isso, as moscas sumiram, tornando-se sanguessugas que se grudaram nos braços e rostos de todo mundo. Aquela teria sido uma ótima chance de escapar se O Único Que É O Único não surgisse e fizesse tudo voltar ao lugar.

Tendo observado os irmãos no tribunal e no Hospital, garantiu que faria mais exames nos dois até encontrar a resposta que buscava, até resolver o quebra-cabeças dos Allgood.

"- Olha! - alguém gritou e eu me virei para a Parede das Profecias de novo. Dessa vez, vi letras se formando. Mas o que é...?
UM DIA, EM BREVE, OS JOVENS COMANDARÃO O MUNDO...
Senti um arrepio na espinha. Eu já tinha ouvido palavras similares antes... da Célia. A mensagem continuou:
... E FARÃO UM TRABALHO MUITO MELHOR QUE O DOS ADULTOS." (p. 192)

Confesso que esperava mais de Bruxos e Bruxas, de James Patterson e Gabrielle Charbonnet. Imaginava uma distopia bem elaborada e com bastante mistério, mas não foi isso que encontrei. Bruxos e Bruxas possui uma boa premissa, mas a história, na minha opinião, não foi bem elaborada. Muita coisa acontece em poucas páginas e os capítulos são muito curtos (2 páginas, às vezes 1), o que acaba fragmentando demais a história, perde-se a linha de raciocínio. Além disso, os capítulos são intercalados com a visão de cada um dos irmãos e o nome deles é tão parecido que acaba confundindo! O livro também não teve uma boa recepção lá fora (li críticas negativas, especialmente acerca dos capítulos curtos, que "quebram" a leitura e "buracos" no enredo).

Mas tem seus pontos positivos. Os personagens principais são de certa forma  cativantes, Wisty não é a mocinha medrosa e chorona e Whit não é o típico machão. Os dois também possuem uma bela relação, onde um cuida do outro e unem as forças para fazer o que for preciso.

Todo o lance de magia é bem significativo no livro, creio que traduz a força dos jovens e sua capacidade de criar.

O livro traz várias referências da cultura pop, por exemplo: existem livros que foram banidos por serem especialmente ofensivos, entre eles estão A Invenção de Bruno Genet, A Menina e o Presuntinho, O  Rebatedor nos Campos de Trigo, O Ladrão de Trovões, A Terra Derretida, Harry Podre e a Ordem dos Idiotas, a Saga "Aurora" e Edragão.

Bruxos e Bruxas é um livro voltado para o público mais jovem e é o primeiro de uma série que leva o mesmo nome. Os direitos do livro já foram adquiridos para o cinema.

Visite o site que a Novo Conceito criou exclusivamente para o livro e baixe o primeiro capítulo do livro.

Espero que o próximo volume me empolgue mais. 

Promoção - O aniversário é da Paula...

Pois é, o aniversário é meu (faltam 5 dias) *.* mas quem ganha é um(a) sortudo(a) aqui no blog. ^^

Serão 5 livros para um só ganhador + 15 marcadores!



Os livros são:

- Postais do Coração, de Ella Griffin (Novo Conceito)
- Segredos Revelados, de Fern Michaels (Novo Conceito)
- Adeus, Facebook, de Jack London (Editora Valentina)
- As Virgens Suicidas, de Jeffrey Eugenides (Rocco/L&PM Pocket)
- Tesão, de Tico Santa Cruz (Editora Belas-Letras)

Regras:

- Residir em território nacional
- Preencher o formulário corretamente

Observações:

- A promoção começa hoje (05/07) e vai até o dia 05/08, o resultado sai no dia seguinte e um e-mail será enviado ao ganhador que terá 72 horas (3 dias) para responder
- O prazo de envio dos prêmios é de até 30 dias

Boa sorte à todos! 

a Rafflecopter giveaway

Promoção - Top Comentarista Julho

O Top Comentarista de Julho começa hoje, valendo um exemplar de Simplesmente Ana, da Novo Conceito + marcador do livro



Regras gerais:

1) Seguir o blog publicamente via GFC;
2) Residir em território nacional;
3) O período de participação vai do dia 03/07/2013 até o dia 02/08/2013. O resultado sai no dia seguinte aqui no blog;
4) Entrarei em contato com o(a) ganhador(a) por e-mail que terá 72 horas (3 dias) para respondê-lo;
5) Deixe um comentário neste post com seu NOME DE SEGUIDOR + E-MAIL para validar a sua participação;
6) Se houver empate farei um sorteio via Random.org.

Regras sobre os comentários:

1) É válido apenas um comentário por postagem;
2) Só serão aceitos comentários feitos entre os dias 03/07/2013 à 02/08/2013;
3) Os comentários em posts de Sorteios, Promoções, Divulgação de sorteios e Resultado de sorteio não serão válidos.

Observação:

O livro será enviado no prazo de até 30 dias.

Boa sorte à todos!

Resultado - Top Comentarista Junho

Oi, gente! Já estão de férias? E o frio? Brrr... aqui está congelando, rs! A sortuda do Top de Junho vai levar o Kit Um Gato de rua chamado Bob que, além do livro super bacana e do marcador bem bolado, ganha um cachecol bem quentinho para essa época do ano. \o/ E não tem problema se onde a ganhadora mora não faz frio, dá para usar no cinema, em uma viagem, ou inventar vários jeitos de usar. (: 

Agradeço à todos que comentaram e sempre visitam o blog e deixam suas impressões sobre as resenhas, é muito importante para mim. 

Agora vamos a ganhadora, né?


Como houve empate, fiz um sorteio via Random.org e a vencedora é...


A Thaynara Ribeiro! Parabéns! 

Fiquem ligados que já estarei postando o Top de Julho. ^^