Clube dos Vampiros


Breve resumo do terceiro volume da série Crônicas de Sookie Stackhouse de Charlaine Harris, por isso possui muitos spoilers!

Para quem já não era muito fã de Bill, vai gostar ainda menos do vampiro e ficar feliz com as novas experiências de Sookie. Logo no início do livro o relacionamento dos dois já não vai bem, o vampiro não demonstra tanto interesse em Sookie e passa a maior parte do tempo na frente do computador, trabalhando em um projeto para a Rainha de Louisiana. 

O divertidíssimo Bubba volta a pedido de Eric para proteger Sookie e é ele quem a salva quando a garçonete sofre um atentado. 

Enquanto Bill diz que precisa viajar a negócios, Eric visita Sookie e conta que seu namorado mentiu sobre seu paradeiro e ainda por cima foi sequestrado! E para onde Bill havia ido antes de ser sequestrado? O vampiro mentiroso havia voltado para a vampira que o havia transformado e com a qual teve um relacionamento no passado. Mas Sookie precisa encontrar Bill com a ajuda de seu poder de ouvir e sondar a mente das pessoas, pois o desaparecimento de Bill na área da qual Eric é responsável pode trazer problemas para o vampiro viking. 

Sookie não está sozinha nessa missão. Um lobisomem que deve um favor a Eric a acompanha até Mississipi, fingindo ser seu namorado. O tal lobisomem é Alcide, um homem rico, inteligente e lindíssimo e, ao contrário de Bill, muito mais quente. 

De triângulo, a coisa vira um quarteto (Eric + Sookie + Bill + Alcide).

Abalada pela traição de Bill, encantada pelo charme de Alcide e protegida por Eric, o que mais ela poderia fazer? 

O livro tem muita ação (Sookie sendo espancada diversas vezes), mistério e erotismo (a parte em que Sookie e Eric "apimentam" a relação é de babar). 

Aliás, o que ela ainda está fazendo com Bill? Depois de encontrá-lo (ele está sem se alimentar, em um péssimo estado), o vampiro quase mata Sookie, bebendo seu sangue e a estuprando! Sério, como ela pode sentir alguma coisa por ele ainda? oO'

Outros volumes da série:

Parceria: Tarja Editorial


AHH, estou muito feliz com a parceria com a Tarja Editorial, editora brasileira dedicada a Literatura Fantástica (o que eu amo!). No site da editora dá para conferir os lançamentos, eventos e novidades na área e, é claro que eu também vou estar postando essas novidades aqui. (: 

Já a Tarja Livros é uma loja virtual que realiza vendas para várias editoras e autores independentes, sempre nas áreas de Ficção e Fantasia. 

Já estou louca para ler Tempos de Algória (2011) e Catrina e o Reino de Todos os Olhos (2011), do brasileiro Richard Diegues, que integram a Coleção Universo de Todos os Olhos (quando ler os dois livros posto as resenhas aqui). Aliás, o pacote com os dois livros está saindo com 30% de desconto na loja virtual e o frete é grátis para todo o Brasil. 



Essa foi só uma apresentação, em breve, mais novidades! (:

A artista do corpo


Don DeLillo apresenta o mundo silencioso de Lauren Hartke, artista que mescla teatro e mímica e toma o corpo como estátua plástica e viva, último reduto de sua alma fragilizada por um luto recente. Lauren, depois da morte do marido, se fecha para o mundo na praia despovoada onde viviam, no casarão alugado de muitos quartos vazios. Ali ela encontra um homem de origem e idade indefinidas, de existência quase irreal, um ser masculino que parece conhecê-la desde sempre. É capaz de imitá-la, e a seu companheiro morto, com perfeição sobrenatural. Na companhia do intruso, Lauren Hartke, a artista do corpo, testa os mistérios da percepção humana e os limites do tempo, "a força que nos diz quem somos". 

Na contramão de suas obras anteriores (retratos surreais e selvagens da vida americana), o autor nascido em 1936 no Bronx, apresenta uma obra com uma narrativa curta que nos faz meditar sobre a natureza do tempo e da percepção humana. Escrito de forma poética, é um texto delicado e que ao mesmo tempo nos desestabiliza. 

No primeiro capítulo (o mais longo), podemos observar Lauren e o seu marido Rey Robles, cineasta independente, em uma encenação de repetições e rotinas que rege a relação dos dois em um simples café da manhã. 

Com a morte de Rey e da entrada do estranho ser no casarão, a história passa para um campo quase metafísico. 

O que é o passado, o presente e o futuro? O ser que Lauren descobre em casa (um alienígena? Um autista? Um fantasma? Ela mesma?), as imagens de Kotka, na Finlândia, o luto... parecem mostrar a aspereza do tempo. 

Não Sou Este Tipo de Garota


Para quem gosta de um romance água com açúcar, o livro de Siobhan Vivian, ganhador do Prêmio de Livro do Ano pela Kirkus Review, é uma ótima pedida. 

O livro lançado pela Editora Novo Conceito, selo Novo Conceito Jovem, traz a história de Natalie Sterling, que está no último ano do colégio e se orgulha de sempre tomar as decisões certas. Natalie é o tipo CDF, quer ser presidente do conselho estudantil, foge de festas e, definitivamente, não é o tipo de garota comum na Academia Ross. 

O que Natalie mais gostaria é que todas as garotas fossem mais como ela, ou seja, atentas com relação a sua reputação, coisa que Sterling leva muito a sério! Garotos? Jamais! Natalie leva a coisa tão a sério (a reputação) que seus conselhos, até mesmo para sua melhor amiga Autumm, machucam.

No entanto, com a chegada da caloura Spencer (da qual Natalie foi babá há alguns anos), o mundinho perfeito da veterena começa a ficar balançado. E é claro que não poderia faltar uma história de amor nesse meio tempo. 

Spencer é o oposto de Natalie, ela tentará de tudo para fazer com que a garota mais nova encontre um caminho mais "correto" e "digno", enquanto isso, Natalie acaba se perdendo entre o certo e o errado, não conseguindo mais distinguir a linha que havia traçado para si mesma. 

Leitura leve e ótima para jovens. 

Um Dia


Um Dia é o tipo de livro que te faz chorar litros de lágrimas, as palavras começam a ficar borradas mas você faz o maior esforço para afastá-las dos olhos e continuar a leitura. 

David Nicholls conseguiu narrar a vida da forma como ela exatamente é e a história de Emma e Dexter cativa pessoas de qualquer idade. 

A história começa no ano de 1988, quando Emma e Dexter se conhecem na formatura da universidade. Depois desse dia, os dois sabem que irão se separar, seguindo cada um o seu caminho, mas mesmo distantes um do outro e tendo apenas um dia de contato, Emma e Dexter não param de pensar um no outro e, enquanto os anos vão se passando, os dois criam uma relação de amizade intensa. A amizade é envolvida por encontros e desencontros, brigas, risos e lágrimas. Durante o livro, os vinte anos seguintes ao da formatura são narrados, todos no mesmo dia: 15 de julho, dia que ambos se conheceram. 

Incrível como podemos nos identificar com os medos, esperanças, sonhos, ideais etc., dos personagens após saírem da faculdade e com os seus vinte e poucos anos. Emma e Dexter seguem caminhos completamente diferentes, mas ambos estão em busca de algo. Um fato engraçado é que percebi que durante os seus vinte e poucos anos os amigos faziam as mesmas perguntas para ambos (como acontece nas nossas vidas), aos trinta e poucos, mais perguntas, como se houvesse um protocolo a ser seguido diante cada fase da vida. 

O livro, a história, Emma e Dexter são incríveis. É tudo muito intenso e emocionante, muito "real" de acordo com os dilemas da vida. Um livro imperdível. 

Time Out - Os Viajantes do Tempo


Como fã de literatura fantástica, por quê não experimentar um pouco de ficção científica? E dou os meus primeiros passos com Time Out - Os Viajantes do Tempo, uma bela antologia que reúne diversos autores brasileiros, entre eles, Allan Pitz, de A Morte do Cozinheiro. A iniciativa e organização da antologia foi de Ademir Pascale e a publicação foi por conta da Editora Estronho

Nesse livro (que possui um belo design), os autores nos levam ao passado e ao futuro e cada história, é claro, tem sua narrativa particular, levando-nos a explorar diversos aspectos da viagem no tempo. 

Confesso que fiquei deliciada com o conto A Difícil Arte de Lidar com Patrulheiros do Tempo, de Miguel Carqueija. Um conto absurdamente bem humorado. Outro conto que me chamou a atenção: A Velha Canção do Marinheiro do Futuro, de Ademir Pascale. Um marinheiro preso em um experimento científico que acaba viajando no tempo a cada 72 horas e com um belo final. 

Além dos ótimos contos, podemos conferir também um pouquinho sobre a história da ficção científica aqui no Brasil, um ótimo começo para amadores (como eu!). 

A Síndrome de Copérnico


A Síndrome de Copérnico, de Henri Loevenbruck, é de tirar o fôlego! O livro é cheio de tensão, suspense e mistério. É impossível adivinhar o que está para acontecer na página seguinte. Parece que entramos em uma grande montanha-russa junto com o protagonista, Vigo Ravel, e sentimos tudo o que ele sente: se ele parte em uma corrida e seu coração acelera, nosso coração também acelera; se Vigo está confuso, também nos sentimos confusos e por aí vai. 

Vigo havia recebido o diagnóstico de esquizofrenia paranoide aguda e há anos tomava remédios. Mas, no seu íntimo, Vigo perguntava-se se as vozes que ouvia eram causadas pelo distúrbio psíquico ou se eram os pensamentos das pessoas. Após o atentado que destruiu quase todo o bairro da Défense, Vigo não tem mais dúvidas, ele possui um segredo que pode mudar o mundo. Mas, primeiro, ele precisa descobrir a verdade. 

Mas o que é a síndrome de Copérnico? Saber uma verdade na qual o mundo inteiro se recusa a acreditar, uma verdade que pode mudar o futuro da humanidade. 

O autor, Henri Loevenbruck é jornalista e escritor, é autor de nove romances, de uma antologia de contos fantásticos e de roteiros para o cinema. Considerado o mestre do thriller na França, estreou no Brasil com o livro O Testamento dos Séculos, pela Bertrand, Editora do Grupo Record.

No entanto, Vigo, sendo um esquizofrênico (ou pessoas fazendo com que ele creia nisso), como poderá fazer com que acreditem nele? 

A narrativa é alucinante e Vigo é impressionante, tanto em seus diálogos (e divagações) quanto nas suas anotações em suas cadernetas Moleskine. 

Confesso que ao ler cada página sentia que seria "traída" pelo narrador. Enquanto estava mergulhada na viagem de Vigo pensei que o autor, em algum momento, poderia soltar uma bomba em cima de mim e foi assim que me lembrei do filme Trem da Vida, filme de 1998, dirigido por Radu Mihaileanu (quem assistiu, vai entender, quem ainda não assistiu, não pode perder esse filme maravilhoso!). 

A Síndrome de Copérnico é uma leitura eletrizante do início ao fim, com uma história incrivelmente bem elaborada e viciante. 

Anjos e Outras Armadilhas


"Quando comecei a escrever este conto, pretendia, acima de tudo, relatar uma história sobre alguém que tinha na música a sua única e grande paixão. Assim, em jeito de fábula, comecei a idealizar essa melodia orgânica como algo transcendente, algo místico, mas também algo negro e visceral. 

Lembrei-me logo do Flautista de Hamelin e dos encantadores de serpentes. Mas eu tinha em mente trabalhar mais duas idéias que já me acompanhavam há algum tempo. Comecei, então, a pensar num denominador comum aos três contos: Anjos. Por que não? Claro, desde que não assumissem aquele caráter aparentemente benévolo que normalmente lhes é atribuído. Afinal, são seres transcendentes, místicos, negros, viscerais e, às vezes... orgânicos. Além disso, estava aí um tema que de alguma forma sempre me agradou. 

E assim, um pouco acidentalmente, Anjos e Outras Armadilhas acabou por ser uma única história constituída por um trio de contos aparentemente isolados...".

Pedro Pires, que nasceu em Portugal, mistura imagem e poesia em Anjos e Outras Armadilhas em uma história cativante cheia de cores noturnas. A escrita e as ilustrações, que também são de Pedro nos conquistam , deixando-nos inebriados.