A Morte do Cozinheiro


É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos. 

Logo na apresentação, o autor Allan Pitz, no seu primeiro romance ficção, deixa bem claro que matou o cozinheiro com suas facas imundas de trabalho banal. A Morte do Cozinheiro é um livro que flui de forma energizante, fazendo com que seja impossível o leitor desgrudar os olhos por um minuto da narrativa (se fizer isso, parece que toda a história perde o sentido). A Morte do Cozinheiro parece ter sido escrito para ser lido de uma vez só, como uma tragada que entra rasgando na garganta. 

O protagonista, Luiz Aurélio, encontra-se em um estado de perturbação mental após perder Carmem para o cozinheiro. Não existe mais verdade ou ilusão, mas apenas a sua realidade tragicômica. Luiz está, na verdade, corroendo-se de ciúme e com uma baita dor de cotovelo. 

Seu amor doentio por Carmem é exaltado toda hora no livro, assim como as explicações que Luiz dá pelo assassinato de Lucas, o cozinheiro. 

O tom da narrativa é raivoso, cheio de ódio. Luiz acredita cegamente que sua infelicidade é culpa do cozinheiro, e é por esse motivo que decide exterminá-lo. 

O final do livro só nos faz querer uma continuação, mais uma narrativa frenética e louca, mais um pouco sobre a vida de Luiz e sua amada Carmem (personagem que nos deixa um tanto intrigados). 

The Vampyre


Drácula, de Bram Stoker, não foi o primeiro livro sobre um morto-vivo, na verdade, o vampiro da ficção em prosa no Ocidente surgiu bem antes, nas primeiras décadas do século 19, precedido por um histórico de aparições em baladas e poemas que vinham surgindo desde meados do século 18. 

Considera-se como a primeira história de vampiros escrita em língua inglesa o conto The Vampyre, do médico inglês John Polidori, publicado em 1819. 

Logo de início, a autoria foi atribuída a Lord Byron, um simples engano. Em 1816, Lord Byron, Polidori, o poeta Percy Shelley, sua futura mulher Mary e a meia-irmã de Mary, Claire Clairmont, estavam as margens do lago Leman, na Suíça. Uma tempestade acabou por mantê-los confinados em Villa Diodatti. Para matar o tempo, propuseram que cada um escrevesse uma história sobre fantasmas. Claire não escreveu nada e Shelley não terminou o seu conto. Mary deu início ao seu famoso romance, Frankenstein, e Byron esboçou uma história que serviu de base para o conto de Polidori, o que deu início a confusão.

O conto é curtinho e vale a pena ser lido pelos fãs de vampiros!

Antes Que Eu Vá


E se tudo o que você tivesse fosse um único dia? O que iria fazer? Quem iria beijar? Até onde se atreveria a ir para salvar a própria vida?

Antes de mais nada: um livro emocionante, surpreendente e lindo! Impossível não arrancar uma lágrima do leitor ao final da leitura. 

Samantha Kingston é uma garota popular do último ano. Ela tem tudo: o namorado mais cobiçado do colégio, amigas incríveis e todos os privilégios no Thomas Jefferson, colégio que estuda. Em uma dada sexta-feira, 12 de fevereiro, Dia do Cupido, um dia como outro qualquer (aparentemente), a vida perfeita de Sam termina, mas ela ganha sete "segundas chances", e ao reviver aquela sexta-feira sete vezes, Samantha irá desvendar o mistério que envolve a sua morte, bem como tantos outros segredos, descobrindo o valor do que realmente está prestes a perder. 

O livro lembra inevitavelmente o filme Feitiço do Tempo (que é até mesmo citado no livro). É engraçado, é triste e não há como escapar, acabamos nos lembrando da época do colégio, aquela época que não foi tão feliz para todo mundo. É reflexivo, e juntamente com Samantha vamos juntando os pedaços da história de cada personagem que a cerca, nos tornando íntimos, sentido raiva, pena e, as vezes, nos sentimos do mesmo modo que alguns personagens. 

São apenas sete dias na vida de Sam, mas podemos observar o quanto a personagem cresce, fazendo com que pareça anos. 

Antes Que Eu Vá, de Lauren Oliver, é um livro imperdível, bonito, delicado e que ao mesmo tempo trabalha bastante o aspecto em como a juventude é e sempre agiu: aqueles que tem tudo e aqueles que servem de chacota para esses outros. Vale a pena ler!

Resultado do Sorteio - Adorável Noite

E quem ganhou o livro e os marcadores foi...



A Camila Mateus! Parabéns Camila! ^^ 

Estou te enviando um e-mail agora pedindo os seus dados. 

Resultado do Sorteio - Talvez uma história de amor

E quem ganhou o livro foi... 

(mistério)


Número 63! 


Quem ganhou foi a Larissa Daiana Lach! Parabéns! ^^

Estou te enviando um e-mail agora pedindo os seus dados. 

Julieta Imortal


Esqueça a versão shakespeariana de Romeu e Julieta, em Julieta Imortal, da autora Stacey Jay, livro lançado aqui no Brasil pela Editora Novo Conceito, a grande história de amor que todos conhecemos é uma farsa. 

Julieta Capuleto não tirou a sua vida, ela foi assassinada por quem mais amava, o seu marido, Romeu Montecchio, que cometeu esse ato para assegurar sua imortalidade. Ele só não imaginou que Julieta também teria vida eterna e se tornaria uma agente dos Embaixadores da Luz, lutando para preservar o amor, a vida de inocentes e unindo almas gêmeas por setecentos anos, sempre mudando de corpo (encarnando sua alma em um novo corpo), enquanto que Romeu tem por objetivo destruir o amor nos corações humanos, levando consigo suas almas e atrapalhando as missões de Julieta. 

Agora que Julieta se encontra no corpo de Ariel Dragland, as coisas são um pouco diferentes. Enquanto ela encontra um novo amor, Romeu fará de tudo para destruir a sua felicidade, no entanto, nem tudo realmente é o que parece. 

O livro é fascinante, com uma história que envolve mistérios, reviravoltas e surpresas que não nos deixam desgrudar os olhos das páginas maravilhosas desse romance com o casal mais famoso da história. Imperdível.

Crescendo


No segundo volume da série Hush, Hush, de Becca Fitzpatrick, Crescendo, (a resenha do primeiro livro, Sussurro, está aqui), vemos a personagem de Nora mais madura e Patch mais sedutor do que nunca. O livro começa após dois meses dos eventos que quase mataram Nora, quase, pois Patch a salvou. O anjo caído agora é seu anjo da guarda e os dois estão curtindo juntos o seu amor. 

No entanto, ao se declarar para Patch, ele começa a agir de forma estranha, fazendo Nora pensar um milhão de coisas, especialmente quando vê seu amor ao lado de sua inimiga Marcie Millar. Quando Nora termina com Patch, passa a sair com Scott, um nefilim que não faz idéia do que é. 

Patch explica a Nora que não pode se declarar pois os arcanjos estão de olho nele e qualquer deslize pode fazer com que ele seja mandado para o inferno. Nesse meio tempo, Nora passa a desconfiar de Patch quando passa a ter visões de seu falecido pai e depois de receber um envelope com um anel e um bilhete, dizendo que Mão Negra matou o seu pai, apelido que Rixon diz sem querer ser o de seu melhor amigo Patch. Nora não poderia estar mais arrasada, ou confusa. 

O livro traz muitas revelações, tem muita ação, ciúme, brigas, socos e mistério. Esse segundo livro é muito melhor que o primeiro, muito mais bem desenvolvido, envolvente. 

O vampiro que descobriu o Brasil


O livro de Ivan Jaf é uma crítica social bem humorada, onde acompanhamos Antônio, proprietário de uma taberna que funcionava em Portugal. Em determinada noite, um homem acaba ficando no estabelecimento tempo demais e quando é informado que a taberna já vai fechar, fica transtornado, fazendo surgir em sua boca grandes caninos e atacando o pobre Antônio. 

Após o estranho incidente, Antônio sentia-se bem e até mesmo cheio de energia, mas começa a estranhar o fato de não conseguir mais comer, beber e de se sentir muito fraco e com a pele machucada com a exposição ao sol. 

Quando devora uma ratazana, recupera suas forças e acaba por se deparar com Domingos, um vampiro que explica para Antônio o que está acontecendo com ele. Domingos também diz como Antônio pode conseguir recuperar sua mortalidade. Domingos revela que o vampiro que o transformou é muito poderoso, conhecido como o Velho, e tem a capacidade de entrar no corpo de humanos, mas não de qualquer humano, o Velho gosta de estar no corpo de pessoas em evidência. E como todas as atenções da Europa estão voltadas para a despedida da armada de Cabral rumo as Índias, Antônio tem certeza que é lá que o Velho vai estar. 

A partir desse momento é que se dá o início a caçada de Antônio ao Velho, quando embarca junto a armada. Antônio circula por várias regiões do Brasil, vivencia diversos momentos históricos, esbarra com o Velho de vez em quando, mas suas tentativas são em vão. No entanto, Antônio não desiste, a saudade de lascas de bacalhau frito no azeite e de vinho tinto rascante é muito maior. 

A história em si não tem como foco os vampiros, mas como o próprio autor disse em uma entrevista, era preciso um imortal, um vampiro, para contar com suas experiências e contar uma versão particular da história do Brasil. 

O livro é divertidíssimo, irreverente e muito mais gostoso do que qualquer livro de História enfadonho cheio de datas.

The Living and The Dead


A graphic novel "cinematográfica" The Living and The Dead do artista Jason (não há sobrenome na capa) é desenvolvida em um mundo bem minimalista: não existem introduções, falas etc., apenas alguns poucos quadros negros com falas, assim como no cinema mudo. Na verdade, ler The Living and The Dead, é como assistir a um filme em preto e branco mudo. 

O protagonista da história (ah, eu falei que todos são animais?) não possui nome, é do tipo amargurado e trabalha lavando pratos em um restaurante por um mísero salário. A única coisa que o motiva a trabalhar é a prostituta que ele encontra na esquina toda vez que volta do trabalho. Depois de vê-la, começa a juntar seu dinheiro suado. 

Antes que os dois consigam consumar o ato, uma espécie de meteoro cai na Terra, acordando os mortos, e o que resta para eles são ataques de zumbis, pistolas, machados e coquetéis Molotov. 

Apesar disso, a história continua sendo um romance e uma comédia. São apenas algumas páginas (48, na verdade) e deixa a seguinte pergunta no ar: o amor é mais forte do que os zumbis?

Hell


Hell/Ella (vou chamá-la de Hell daqui por diante), é uma garota rica, arrogante, fútil e detestável nos mais variados aspectos. Logo na primeira frase do livro ela se descreve como: "uma putinha, daquelas mais insuportáveis, da pior espécie". Ela é assumidamente preconceituosa e frívola. Começa o livro dizendo o quanto é bonita, rica, como frequenta lugares chiquérrimos, veste roupas bacanas, possui diversos amigos e faz o que bem entende, diferente de nós, pobres mortais. 

A autora Lolita Pille, nesse seu primeiro livro, Hell, escreve sobre o seu dia a dia, apesar do livro não ser completamente auto-biográfico. Sem pudor algum, Lolita descreve sob o pseudônimo Hell o mundo ao seu redor, a juventude rica e consumista de Paris, com uma vida regada a sexo, drogas e álcool. Os valores e o comportamento desses jovens poderiam se passar em qualquer cidade do mundo: são belos, consumistas e vivem com um profundo vazio (cliché? Mas é a verdade). 

Para preencher essa vida tão banal, encontram na superfície das coisas e nas aparências um significado que só um cartão de crédito pode pagar. A sucessão de prazeres, boates, restaurantes, bares de hotéis, passeios em Porsches e jatinhos, sexo casual, drogas, bebida, vira uma bola de neve onde esses jovens estão cada vez mais presos. 

Apesar de muitos ficarem com raiva de Hell/Lolita, a autora acaba desvendando toda a hipocrisia do seu mundinho fútil e de seus amigos, ao mesmo tempo em que continua sugada por essa engrenagem toda. Ela é cínica, sarcástica, mas não consegue se livrar do seu papel nesse meio. 

O livro é provocador, a autora não poupa nada nem ninguém, ela parece uma metralhadora, cospe as frases de uma vez só, e a leitura acaba fluindo de uma forma muito rápida. 

Hell foi fenômeno editorial na França e, depois de seu lançamento, Lolita foi proibida de entrar em boates e rejeitada por amigos que se viram retratados nas páginas do livro. A autora não disse ter exagerado em nada, apenas afirmou que romanceou um pouco a sua vida real. 

O livro ganhou uma adaptação para o cinema, onde vemos uma Hell mimada, mas mais interior, ou seja, a Hell que existe dentro da mente dessa garota que sente repulsa por tudo o que vê. Vemos mais a destruição de Hell e Andrea no filme, que não acompanhamos no livro.


O livro também ganhou uma adaptação para o teatro aqui no Brasil. A personagem é vivida por Barbara Paz, com um guarda-roupa repleto de roupas de marcas e um cigarro após o outro, a curadoria é do diretor de arte Giovanni Bianco e é dirigida Hector Babenco.


Sorteio - Adorável Noite ENCERRADO

Gente, ainda está rolando o sorteio do livro Talvez uma história de amor, de Martin Page (até o dia 22/12). Mas como estamos no fim do ano, o blog vai entrar no clima também e realizar mais um sorteio!

O livro a ser sorteado será Adorável Noite, de Adriano Siqueira (resenha aqui) + 2 marcadores do livro. 



Muito fácil participar:

Regras

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Chances extras

Se divulgar o sorteio no seu blog pode preencher o formulário + 1 vez
Se seguir a editora @estronho preencher + 1 vez
Se twittar a frase "#sorteio Adorável Noite - Adriano Siqueira da editora @estronho no #electricbeans http://tinyurl.com/d2rren6" preencher + 1 vez




O sorteio começa hoje, dia 12/12 e vai até o dia 24/12. O resultado sai no dia 25/12 e um e-mail será enviado ao ganhador (que terá 48h para responder). Boa sorte! (:

Adorável Noite

Para quem acompanha o blog já deu para perceber o quanto eu gosto de literatura fantástica, que envolva o estranho, o inusitado, o terror etc. e, especialmente, vampiros! E fico muito feliz quando encontro um livro com todos esses ingredientes escrito por um autor brasileiro. É o caso de Adorável Noite, antologia de contos e minicontos do paulista Adriano Siqueira. 



O livro foi publicado pela Editora Estronho, da qual já falei aqui, que busca divulgar autores nacionais ligados ao gênero. 

Só a apresentação do livro já é incrível, com um design super bem elaborado e ilustrações super bacanas de Anderson Siqueira. 



Acabei lendo o livro em um dia, já que não conseguia largá-lo. Na primeira parte, Contos de Vampiros, encontramos todo o tipo de vampiro que podemos imaginar: sedutores, assustadores, amigos. Mas sempre com algumas coisas em comum: a agressividade, a rebeldia e a sede. Também encontramos caçadores de vampiros e lobisomens, e uma pitada de humor-negro. Fiquei apaixonada pela história de Alami e Andário. 

Na segunda parte, Contos de Terror, encontramos o que há de inusitado, grotesco e sobrenatural, com aquele friozinho na barriga. 

Indico o livro para todos aqueles que são fãs do gênero e para aqueles que ainda não estão acostumados com ele, é uma ótima pedida para iniciar essa jornada! 

O autor


Adriano Siqueira é diagramador e designer gráfico, coleciona livros, HQs, CDs, filmes e tudo o que existe sobre vampiros. É o criador e mantenedor do site Adorável Noite (prato cheio para os fãs de vampiros!). Além de escritor (já participou de diversas antologias nacionais), também é consultor de novos sites sobre vampiros, palestrante, produtor de curta-metragens e radionovelas sobre vampiros. 

Obs.: As imagens foram retiradas do site da Editora Estronho.

Rainha da Moda - Como Maria Antonieta se Vestiu para a Revolução


Maria Antonieta revolucionou a moda de seu tempo. Mais do que isso, revolucionou seu tempo através da moda. Desde que foi despida diante da corte, aos 14 anos, para mostrar que deixava para trás tudo o que remetesse à sua Áustria natal, até o momento em que caminhou para a guilhotina, ela teve consciência do poder simbólico da moda. Talvez não esperasse, no entanto, que esse poder influenciasse o desenrolar dos acontecimentos, e que de certa forma seu guarda-roupa fosse mais um incentivo à Revolução Francesa. Nesta obra reveladora e original, repleta de belas ilustrações, a autora adota um olhar diferente de qualquer outra biografia já publicada sobre a polêmica rainha francesa. E mostra como a moda foi ao mesmo tempo o meio de afirmação de Maria Antonieta e o caminho para o seu trágico fim. 

Faz tempo que li Rainha da Moda - Como Maria Antonieta se Vestiu para a Revolução, mas lembro quando ganhei o livro de presente (pulos e pulos de alegria) e de quando o li (não desgrudava do livro, saboreava cada palavra). 

Caroline Weber, especialista em literatura, cultura e história francesas do século XVIII, conseguiu abranger no seu livro a história de Maria Antonieta em todos os seus detalhes, bem como os detalhes daquela época (costumes, roupas, arquitetura, política, padrão de beleza etc.) e a Revolução Francesa, tratada minuciosamente nessa obra. 

Para quem é fã de história, biografias, história da moda, esse livro é um prato cheio! 

Além disso, o livro não é nada enfadonho e desmistifica a imagem fútil e vulgar de Maria Antonieta.

O livro também possui ilustrações incríveis da época, imagens de quadros e algumas fotografias (como a de um corpete verde-maçã, uma das poucas peças de roupa de Maria Antonieta que sobreviveram a Revolução Francesa). 

O Clube dos Suicidas


Preço de entrada: quarenta libras. Passaporte: vontade de morrer. São estas as estranhas condições para fazer parte do Clube dos Suicidas, um grupo de cavalheiros que, embora queira, não têm coragem de se matar. O que o destemido príncipe Florizel e seu fiel confidente Coronel Geraldine não sabem é que, ao entrarem como sócios, podem ser sorteados a assassinar um dos membros. O que seria mais uma aventura da dupla vira um caso complicado de resolver. Afinal, quem arquiteta os assassinatos sob a fachada do clube? Com a respiração presa e os sentidos aguçados o leitor vai acompanhar a minuciosa investigação de Florizel para descobrir quem está por trás desses crimes terríveis. 

O que eu mais achei interessante foi poder dar uma boa passeada nos costumes e nos ambientes da época onde se passa a história. O autor, Robert Louis Stevenson (mais conhecido pela sua obra O Médico e O Monstro), antecipou, com esse livro, o moderno romance policial. Gênero que não estou habituada a ler, mas que gostei bastante! A leitura é rápida, leve e prende a atenção. 

O Clube dos Suicidas é, na verdade, uma coleção de três pequenas histórias que se combinam formando uma única narrativa, são elas: A história do rapaz com as tortinhas de creme, A história do médico e do baú de Saratoga e A aventura do cabriolé. Elas foram primeiramente publicas na London Magazine em 1878 e depois reunidas e republicadas no primeiro volume de New Arabian Nights

O autor


Robert Lewis Balfour Stevenson nasceu em 13 de novembro de 1850 em Edimburgo, na Escócia. Foi um viajante e aventureiro com intenso senso romântico e essas qualidades aparecem em seus romances para adultos e crianças. Stevenson estudou Engenharia antes de cursar Direito, mas nunca exerceu a profissão. 

Viajava com frequência, devido ao seu espírito aventureiro e também em busca de um melhor clima para seus pulmões doentes. Em 1876, Stevenson conheceu Fanny Vandegrift Osbourne, uma americana casada. Ele a seguiu até os Estados Unidos. Fanny se divorciou e em 1880 os dois se casaram. Entre os anos de 1880 e 1887, o casal juntamente com os filhos de Fanny perambularam pela Inglaterra. Foi nesse período que o autor escreveu suas obras mais conhecidas, como A Ilha do Tesouro e O Médico e O Monstro

Em 1890, Stevenson comprou um espaçoso terreno em Upolu, uma das ilhas de Samoa, e começou a construir uma casa. Era bem visto pelos moradores locais, cujos direitos defendia. Morreu em 1894, devido a uma hemorragia cerebral.  

Lenore


No último post eu disse que ia falar sobre Lenore. Há alguns milhares de anos eu estava assistindo televisão (Fox Kids) por volta da meia-noite e passou um episódio curtinho mas muito divertido e sinistro de uma garotinha loira e morta com os seus amiguinhos esquisitos. Adorei e comecei a assistir sempre. Depois de um tempo parou e fui buscar na internet informações. 

Lenore, the Cute Little Dead Girl é uma série de quadrinhos de humor negro criada por Roman Dirge e inspirada no poema Lenore, de Edgar Allan Poe. Depois da série em quadrinhos, Lenore ganhou sua versão animada. Há planos para um filme e Dirge anunciou esse ano que Neil Gaiman concordou em ser o produtor executivo da adaptação. 

Para ler algumas tiras e assistir alguns episódios, clique aqui

Pinocchio, Vampire Slayer


Vampiros, mentiras e... um boneco de madeira? Claro! Ele não está vivo nem morto, não pode ser mordido por um vampiro e quando mente seu nariz cresce, criando uma infinidade de belas estacas! 

A graphic novel Pinocchio, Vampire Slayer foi lançada pela SLG Publishing em 2009 (a editora norte-americana costuma trazer títulos com temática gótica ou de humor negro, como Lenore (que eu adoro e depois posto aqui)). 

A criação ficou por conta do escritor Van Jensen e do ilustrador Dusty Higgins. A inspiração partiu, é claro, do conto original de Carlo Collodi (e não da versão da Disney). Com uma apresentação bem-humorada e rápida da história de Pinóquio, o boneco de madeira vê Geppetto ser morto por vampiros e jura vingança, enquanto os monstros planejam escravizar os homens. 

A história é divertida, curtinha e já ganhou mais um volume: Pinocchio, Vampire Slayer and the Great Puppet Theater. O terceiro volume, Pinocchio, Vampire Slayer of Wood and Blood tem previsão para o verão de 2012 nos Estados Unidos. 

Clique aqui para uma prévia do primeiro volume.

Estronho e Esquésito

Meu conto Esconderijo foi publicado hoje no site da Estronho e Esquésito, o link é esse aqui.

Se quiser saber mais sobre o site, como surgiu, do que trata, quem criou, clique aqui.

Em 2010 chegou a vez da Editora Estronho, voltada para a Literatura Fantástica, em 2012 a Editora vai publicar os seus primeiros livros não-ficção.  

Onde comprar os livros? 

Pela internet, através da Livraria Estronho (frete grátis, marcadores, alguns livros vem com botom colecionável e você acumula bizonhas (moeda de troca de fidelização da loja) dá até para trocar as bizonhas por livros e brindes, e ainda por cima você participa de sorteios). E também pela Livraria Cultura.

Pelo Estronhomóvel, que promove encontros para bate-papos e venda de livros da Editora Estronho e outras editoras parceiras com grandes descontos. 

Nas livrarias físicas: 

Belo Horizonte (MG) - Livraria Leitura do Shopping Del Rey Livraria Leitura do BH Shopping (a partir de 06/12)
Divinópolis (MG) - Livraria Leitura do BH Shopping (em breve)
Curitiba (PR) - Livraria Arte e Letra
Praia Grande (SP) - Livraria Nobel
São Paulo (SP) - Livraria Moonshadowns
Gurupi (TO) - Livraria RHS

Círculo Secreto - A Iniciação


Cassie foi atraída para New Salem por um poder que estava acima de sua compreensão. Ela não escolheu morar com a sua avó na cidade de seus ancestrais, mas, quando chega, descobre que o destino a aguardava pacientemente. Iniciada no Círculo Secreto, Cassie agora faz parte do coven de bruxas e bruxos que controla a cidade há mais de 300 anos. Apaixonada pelo misterioso Adam, Cassie precisará decidir entre resistir à tentação ou usar seus poderes para conseguir o que quer - mesmo que isso coloque em risco todos que ama e a si própria. 

Cassie é uma adolescente de 16 anos comum, com problemas de aceitação e familiares, além disso, está indo para uma nova cidade, um novo colégio etc., coisa bem típica de filmes teen onde a protagonista é aquela bonitinha e sonhadora que no fim irá encontrar a sua força interior. 

Fiquei um pouco decepcionada pelo fato do livro não falar tanto em bruxaria, um tema tão vasto. A história acaba focando nos sentimentos de Cassie, nos seus diálogos internos etc. 

Apesar disso, a leitura flui muito bem, e o final deixa um gostinho de quero mais. 

Fiquei curiosa e assisti ao primeiro episódio da série baseada no livro e confesso que é completamente diferente, a própria Cassie é uma garota de atitude e mais madura. Tudo no primeiro episódio se passa bem rápido, e se fica alguma dúvida ou se bate alguma curiosidade, é só ler o livro que explica tudo de forma bem esmiuçada. 

O Círculo Secreto é uma trilogia de L. J. Smith, a mesma autora de Diários do Vampiro. O primeiro livro, A Iniciação, foi lançado em 2008 nos Estados Unidos e nesse ano no Brasil, The Captive e The Power ainda não possuem data de lançamento por aqui.