Aesop's Fables


Aesop's Fables (Fábulas de Esopo), é uma coletânea de fábulas que foram creditadas a Esopo, um escravo e contador de histórias que provavelmente viveu na Grécia Antiga entre 620 e 560 a.C. Esopo é uma figura lendária, e é considerado o criador do gênero. As fábulas são relatos breves de origem popular, com ensinamento moral, protagonizadas essencialmente por animais. 

Muitas das fábulas da coletânea são bem conhecidas por nós, mas eu não fazia idéia de onde elas tinham surgido, como A Tartaruga e a Lebre, A Cigarra e a Formiga, O Lobo e o Cordeiro etc. O tipo de história que ouvimos quando crianças ainda. 

Muitas dessas fábulas circularam por Atenas no século V a.C., sendo chamadas de esópicas. Foram recolhidas e publicadas pelo filósofo, político e orador ateniense Demétrio de Falero no século IV a.C.

Desde a Antiguidade, essas fábulas gozam de grande popularidade. Na Idade Média, foram recolhidas por muitos escritores, especialmente pelo seu caráter moral. 


O fabulista Esopo, de Velazquez

Kiki de Montparnasse


Graphic novel maravilhosa, escrita por José-Louis Bocquet e ilustrada por Catel Muller.

O livro conta a história de Alice Prin, nascida na vila francesa de Châtillon-sur-Seine, no início do século XX. Na Paris boêmia de 1920, tornou-se Kiki de Montparnasse, uma das figuras mais adoradas em seu meio. Companheira de Man Ray, foi musa também de Kisling, Fujita, Léger, Picasso, Cocteau, Modigliani etc. Kiki foi eternizada em quadros e fotos. 


Kiki em O Violino de Ingres, de Man Ray (1924)


Kiki fotografada por Man Ray em 1922

Cantiga de Ninar


Chuck Palahniuk é mais conhecido pelo seu livro Clube da Luta, de 1996, que em 1999 ganhou uma adaptação para o cinema. Depois de Clube da Luta, Chuck lançou Sobrevivente (1999), que compartilha com Clube da Luta a não aceitação do cotidiano capitalista. Invisible Monsters (1999), sem tradução, narra a história de uma modelo que tem tudo mas acaba sofrendo um terrível acidente. Em 2001, Chuck lança No Sufoco, a história de um garoto com uma infância perturbada e que se transforma em um adulto golpista. 

Quando Cantiga de Ninar (Lullaby, a novel), foi lançado em 2002, o autor disse ser esse o seu livro mais impactante, fugindo um pouco da linha de Clube da Luta (que lhe rendeu tanto sucesso). No livro, Carl Streator, um repórter viúvo e solitário, recebe a tarefa de realizar uma série de artigos denominados "Síndrome da Morte Infantil Súbita". Durante sua investigação, descobre uma ligação um tanto sinistra: em todos os lugares onde as crianças haviam morrido, havia a presença de um livro chamado Poemas e rimas ao redor do mundo, sempre aberto na página 27, onde está inscrita uma cantiga de poda. 

Logo o repórter descobre que a canção é mortal se falada ou pensada na direção de alguém. O problema é que a canção infiltra-se na mente de Carl e ele acaba se tornando um assassino compulsivo. 

Junto com Helen, corretora de imóveis especializada em vender casas mal-assombradas, Mona Sabbat, assistente de Helen e estudante de bruxaria e seu namorado, Ostra, parte por uma viagem pelos Estados Unidos para reunir e eliminar todos os exemplares dos livros. 

O autor não deixa de criticar explicitamente a sociedade contemporânea, consumista, alienada e com excesso de informação. 

A leitura é excelente!

Os Beats


Nossa, faz tempo que não posto aqui! Então vou postar sobre essa graphic novel que li no início do ano, já que ontem, dia 21, fez 42 anos que Jack Kerouac, o "rei" dos beats, morreu. 

Os Beats é uma graphic novel assinada por Harvey Pekar, Nancy J. Peters, Penelope Rosemont, Joyce Brabner, Trina Robbins e Tuli Kupferberg (roteiro); Ed Piskor, Jay Kinney, Nick Thorkelson, Summer McClinton, Peter Kuper, Mary Fleener, Jerome Neukirch, Anne Timons, Gary Dumm, Lance Tooks e Jeffrey Lewis (arte) e, (ufa!) editado por Paul Buhle.

Os loucos demais para viver renascem nas páginas dessa graphic novel, um tesouro para os fãs dos beats. Além de Harvey Pekar (assista a Anti-Herói Americano, biografia cinematográfica de Pekar (aliás, o próprio faz a narração do filme)), o livro conta com a participação da líder feminista das HQs Trina Robbins e o artista da Mad, Peter Kuper.

Para quem não conhece os beats, é uma ótima chance de entrar em contato com a vida de cada um deles, não só poetas e escritores, mas também artistas e, algo que nunca é muito mencionado, mas o livro traz as mulheres beats, as que escreveram, fizeram arte.

Gothica



Gothica - Contos Juvenis de Gustave Flaubert, surpreendeu-me, dada a minha paixão pelo fantástico, gótico etc., aqui encontrei os melhores textos que poderia imaginar!

Um Flaubert novo, quase desconhecido: jovem, exercita-se como narrador, cria personagens diabólicos, mas também profundamente humanos. Um Flaubert que brinca com a parafernália gótica, dando vazão a uma imaginação alucinada. Se o leitor busca bom entretenimento, ele encontrará aqui o frescor irônico de um gênero que sempre contou com um público fiel: pois a inspiração gótica adaptou-se à indústria cultural, passando dos livros e palcos às telas do cinema, à HQ e ao rock. 

Flaubert é um dos mestres do romance noir, e neste livro de contos expõe todo o seu talento. Raiva e impotência (1836), A peste em Florença (1836) e Bibliomania (1836), são contos mais curtos. O primeiro tem uma trama um tanto sinistra e perturbadora, o segundo trata de profecia, maldição, traição e vingança, onde Flaubert parte de um episódio relativo a história da família Médicis e dá o seu próprio acabamento, por fim, o terceiro trata de uma figura obcecada por livros, apesar de não saber ler.

Sonho de inferno (1837) e O funeral do doutor Mathurin (1839), são quase novelas. A história do primeiro gira em torno de Arthur, um homem de coração gelado e a tentativa de Satã de mostra-lhe que Arthur possui uma alma. O último conto traz os mortos para um passeio a luz do dia na terra dos vivos, entrando em bares, bebendo etc. 

Excelente leitura.

O Autor


Flaubert é um dos grandes inovadores do romance realista. Filho de um médico rico, nasceu em 1821, na França, e se rebelou contra a vida confortável que levava. Devido ao mau comportamento, foi expulso da escola aos 18 anos. Depois da morte de seu pai e de sua irmã, e após um ataque epilético, que o fez abandonar a faculdade de Direito, Flaubert se mudou para Croisset, França, onde morou com a mãe até completar 50 anos. Escreveu e viajou, mas nunca trabalhou, aproveitando os benefícios de vir de uma família endinheirada. 

Com o escândalo da publicação de seu primeiro romance, Madame Bovary, Flaubert alcançou a fama. 

O autor publicava apenas a cada 5 ou 6 anos, fazendo jus a sua famosa expressão: "le seul mot juste", algo como "a palavra certa". 

Sua obra foi imensamente bem sucedida, mas seu estilo de vida extravagante o levou a ruína. 

Jane Austen - A Vampira


Imagine uma autora das mais festejadas nos dias de hoje, mas que pertence ao século XVIII, assistindo a todo tipo de adaptações de sua obra sem poder reclamar! Sem receber royalties e ainda sem conseguir publicar um único título novo? Imagine que ela se transformou em vampira, tornou-se dona de uma livraria e, de repente, Lorde Byron - o vampiro que cortou o seu coração, ao trocá-la pela psicótica Charlotte Brönte -, ressurge em sua vida causando um turbilhão de situações absurdas. E, finalmente, quando uma editora decide publicar um livro novo, sua rival, Charlotte, tenta provar que se trata de um plágio. E, o pior: tem uma cópia para mostrar!

Com direito a acontecimentos recheados de referências históricas, brigas hilárias dentro da livraria, mordidas, arremessos de best sellers de Stephen King; esta obra prova que um personagem clássico sempre pode ficar ainda mais interessante. 

Confesso que fiquei bastante empolgada com a sinopse, mas quando comecei a ler o livro não achei "tudo aquilo" que esperava. A leitura é bem fluida e dá para ler o livro em um final de semana. Infelizmente, sempre me decepciono com livros sobre vampiros, especialmente depois de ter começado a ler As Crônicas Vampirescas, de Anne Rice. No entanto, Jane Austen: A Vampira, foca mais no romance entre Jane e Walter, ou melhor, no vai-vem dos dois e na expectativa dela de se tornar uma autora de sucesso nos dias atuais. O charme mesmo está no personagem de Lord Byron. 

No final, deu a entender que haveria uma continuação, e não é que o autor, Michael Thomas Ford, resolveu escrever mais dois livros? Jane Goes Batty será lançado esse ano nos Estados Unidos e Jane Vows Vengeance está previsto para 2012. No Brasil, ainda não se sabe a data de lançamento dos dois livros. 

Jane Austen


Pouco se sabe sobre a vida da autora que nasceu na Inglaterra em 1775, no entanto, seus romances surtiram enorme efeito, sempre protagonizados por heroínas atraentes, espirituosas e empobrecidas, premiadas com casamentos felizes apesar de todas as dificuldades. Jane fazia parte de uma família numerosa de um sacerdote e foi criada a margem da aristocracia rural de Hampshire. Austen nunca se casou e nem teve filhos. Morreu relativamente jovem, em 1817. Em seus livros, apesar de enfatizar a moral, Austen também demonstrava em suas obras uma tendência para o cômico e a irreverência. 

Lord Byron


George Gordon Byron nasceu em Londres, em 1788. Suas obras estão entre as mais famosas e influentes do romantismo do século XIX. Sua vida era bem turbulenta, composta por casos e várias acusações, do incesto a pederastia. Sua primeira coletânea de poemas não foi bem recebida e, como resposta aos críticos, seguiu a sátira English Bards and Scoth Reviewers. Viajou por todo o Mediterrâneo e seus dois primeiros contos foram publicados em 1812, alcançando reconhecimento imediato. Casou-se e teve uma filha, mas o casal se separou logo depois. Os detalhes da sua vida particular a essa altura haviam comprometido sua reputação e, em 1816, deixou a Inglaterra para nunca mais voltar. Estabeleceu-se em Genebra, partiu para a Itália, onde começou a trabalhar em Don Juan, permaneceu em Gênova até o ano de 1823 e viajou para a Grécia para ajudar na luta contra os turcos. Em 1824, morreu de febre. 

Charlotte Brönte


Charlotte nasceu na Inglaterra em 1816 e continua famosa pelo seu romance Jane Eyre, que combina o imaginário gótico e o romantismo, juntamente com um comentário social. Sua obra serviu de introdução para um novo papel feminino: uma mulher inteligente, independente e que supera as adversidades. Apesar de ter escrito outros romances, além de poemas, nenhuma obra se compara a Jane Eyre. Charlotte morreu em 1855, quando estava grávida de seu primeiro filho, depois das mortes de suas irmãs Emily e Anne. 

Lost Girl


Viciei nesse seriado canadense, que de primeira não me chamou a atenção (a sinopse não me pareceu muito interessante, quer dizer, como assim? Uma mulher que suga a energia sexual de homens e mulheres?). Mas não é que eu gostei? 


Lost Girl gira em torno de Bo, interpretada por Anna Silk, uma jovem súcubo que cresceu em um lar adotivo, sem conhecer sua verdadeira natureza. Ao ter sua primeira relação sexual, seus poderes surgem e ela mata o namorado, sugando toda a sua energia vital, fazendo com que ela fuja de casa e passe anos vivendo um pouco em cada cidade. 

Bo acaba conhecendo os Faes (Fadas (no entanto, no seriado o termo é utilizado como sinônimo de sobrenatural)), que além de súcubos, engloba os mais variados tipos de raças, como lobisomens, fúrias, vampiros, tritões etc. 

Esses Faes dividem-se entre Trevas e Luz, mas Bo se recusa a tomar partido e passa a agir como uma espécie de investigadora com a ajuda da humana Kenzi, interpretada por Ksenia Solo (e que, para mim, é a personagem mais divertida da série). 

A série Lost Girl tem como base uma lenda medieval que fala sobre uma raça de demônios que se alimenta dos desejos sexuais. Assumindo a aparência do desejo de homens e mulheres, esses seres invadem seus sonhos e sugam sua energia sexual, mantendo relações que os levam a exaustão ou até mesmo a morte. Esses demônios teriam origem no Jardim do Éden. Súcubo, feminino e íncubo, masculino. 

De acordo com as lendas, Lilith, a primeira esposa de Adão, abandonou o marido ao se recusar a ser submissa a ele durante uma relação. Quando fugiu do Jardim do Éden, tornou-se uma súcubo e se uniu a Samuel, um anjo caído. Os filhos que geraram eram demônios. Lilith acabou ficando associada tanto a prostituição quanto ao vampirismo. 

A série estreou no canal Showcase em 12 de setembro de 2010 e encontra-se na segunda temporada.

Coisas Frágeis Vol. 2


Confesso que gostei mais do primeiro volume do que do segundo, apesar do livro ter sido lançado inicialmente como um só e dividido depois. O volume dois trás uma coletânea de contos e poesias de Gaiman, e eu esperava muito mais. O que salvou a leitura foram os contos Noivas Proibidas dos Escravos sem Rosto na casa Secreta da Noite do Temível Desejo, Quem Alimenta e Quem Come Pó Amargo. Já as poesias, bom, não me agradaram muito.