2 anos de Electric Beans e Promoção!

Ontem o blog fez dois anos! \o/

Estou muito contente e agradeço a todo mundo que sempre acompanhou o blog e deu aquela força, comentando, curtindo, dando dicas... E para quem começou a acompanhar o blog há pouco tempo também e já demonstra carinho por esse espaço que eu adoro e onde eu faço o que mais gosto: escrevo sobre os livros que leio, viajo e fantasio. Muito obrigada, gente!

E é claro que o aniversário do blog não poderia passar sem uma promoção, que tal duas? \o/ 

Como participar?

Para participar você deve ter endereço de entrega em território nacional e ser seguidor do blog via GFC e pronto, já está concorrendo! Fácil, não? 

Para aumentar suas chances você poderá preencher os itens no formulário, que são opcionais

A promoção começa hoje, dia 30/08 e vai até o dia 25/09/2013. 

Promoção 1


- Livro Fale!, de Laurie Halse Anderson (Editora Valentina) 

a Rafflecopter giveaway

Promoção 2 (essa é hot!)


- Livro Proibida, de Velvet (Novo Século) 
- Livro S.E.G.R.E.D.O., de L. Marie Adeline (Globo Livros)

a Rafflecopter giveaway

Parceria: Editora Gente + Única Editora

Ótimas notícias justo no aniversário de dois anos do blog! O Electric Beans agora é parceiro da Editora Gente e do selo Única (viva!)!


Sobre a Editora Gente


Fundada em 17 de maio de 1984, a Editora Gente tem orgulho de ocupar um espaço destacado no mercado editorial brasileiro, com grande reconhecimento no segmento e também entre nossos consumidores como uma empresa profissional, inovadora, dinâmica, e, sobretudo, humana. 

Sempre atenta à evolução do mercado editorial e às tendências sociais e de comportamento no Brasil e no exterior, a Editora Gente está presente nos principais eventos do calendário literário nacional, e frequentemente busca novidades em feiras internacionais. Sabemos que não há limites para o conhecimento e nossos livros vêm ultrapassando fronteiras. Muitos deles já foram publicados em diversos países.

A Editora nas redes sociais


Confira alguns títulos da Editora. 



(clique nas imagens para ler a sinopse)

Sobre a Única Editora


O selo Única entra no mercado editorial brasileiro com a missão de provocar experiências. De apresentar histórias para serem vividas pelo leitor, realidades outras, intensas, inteligentes, provocantes. Personagens – reais ou não – que oferecem mais do que suas próprias vidas, que oferecem suas essências. Viver todas essas experiências. Interagir, adaptar essas histórias para nossa vida. Decidir o tamanho de cada uma dessas experiências em nosso coração. Nos torna únicos.

O selo nas redes sociais


Confira alguns livros da Única já lançados e outros que em breve estarão sendo lançados. 







(clique nas imagens para ler a sinopse)

Em breve mais novidades!

Lançamentos do mês de setembro e Bienal 2013 - Novo Conceito

Quem vai para a Bienal este ano? Eu não vou (snif, snif), mas espero que quem vá aproveite muuito! 

Confira a programação da Novo Conceito na Bienal Rio 2013


(clique na imagem para vê-la maior)

A NC estará localizada no Pavilhão Azul - Estande F09/E10 e muita coisa bacana irá rolar. A autora Emily Giffin estará por lá no dia 31 de agosto para uma sessão de autógrafos e para o lançamento do seu livro Uma Prova de Amor. O autor de Eu compro sim, mas a culpa é dos hormônios e especialista e comportamento do consumidor, Pedro Camargo irá realizar uma palestra sobre vendas no estande, direcionada aos livreiros e profissionais da área de vendas. Thiago Mlaker, editor responsável pela escolha dos livros dos selos nacionais da Editora (Novas Páginas e Novas Ideias) também irá dar uma palestra dando dicas e compartilhando segredos de como despertar o interesse de um editor. 

Haverá muito bate-papo, oficinas e os autores nacionais serão a principal atração do estande da Editora neste ano. Eles estarão presentes no estande para receber os leitores e participar de vários encontros, entre eles estão: Marina Carvalho, Graciela Mayrink (que estará lançando seu livro Até eu te encontrar), Tammy Luciano etc. 

Está muito bom, não? 

Agora vamos a outra parte boa, os lançamentos do mês de setembro (por enquanto são só as capas, vamos ficar na ansiedade). ^^

Só Tenho Olhos para Você


Título: Só Tenho Olhos para Você
Autor: Bella Andre
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
ISBN: 9788581632384


Este é o quarto volume dá série Os Sullivan, mas essa resenha não possui spoilers, pois cada livro trata de um casal diferente, apresentando um irmão Sullivan. 

Leia a resenha dos três primeiros volumes da série também: 


Sophie Sullivan é uma bibliotecária em São Francisco e irmã gêmea de Lori, coreógrafa. Havia crescido com irmãos extraordinários e por isso sabia que era melhor não competir com eles. Nunca havia deslizado em uma pista de dança como Lori ou liderado um time até o campeonato nacional, como Ryan. Também não salvava vidas diariamente como seu irmão bombeiro Gabe e nunca fora apaixonada o suficiente por fotografia, carros ou vinhedos para transformá-los em carreiras e negócios de sucesso. 

Crescera e duas coisas nunca mudaram: seu apelido; Boazinha, e seu objeto de amor não correspondido por 20 anos; Jake McCann, melhor amigo de seu irmão Zach. Infelizmente, nesses últimos 20 anos ela nunca foi mais nada do que a irmãzinha de Zach aos olhos de Jake. 

Seu apelido, Boazinha, vinha de seu temperamento. Sophie era conhecida na família como uma pessoa sensata e de fala mansa, alguém que sempre refletia sobre as coisas antes de agir. Nunca fora habituada a surtos violentos ou a dar espaço às suas vontades mais íntimas. Mas quando Jake estava por perto sua tranquilidade parecia sumir e ela mal podia sentir seus pés no chão. 

Como os dois foram convidados para um casamento, Sophie decidiu que aquela seria a hora de mostrar para Jake que ele não sabia absolutamente nada sobre quem ela realmente era. 

Sophie não iria desistir, mesmo sabendo que seus irmãos não gostariam nem um pouco de ver uma aproximação entre ela e Jake. Afinal, a má reputação dele com sua reputação imaculada não combinavam nada e seus irmãos podiam ser bem protetores. 

Mas, como estava bem decidida, não deixou de se arrumar de forma deslumbrante para o casamento. Decidiu sacudir um pouco as coisas e produziu-se de forma que sentia mais poder, estava bem diferente da Boazinha que todos conheciam, aquela mulher que ficava feliz em desaparecer na multidão. Mas aquilo tudo parecia ser tão distante de seu verdadeiro eu...

"Preparem-se, ela pensou, Sophie Sullivan está prestes a soltar as asas.
E, se desse tudo certo, Jake McCann, não faria ideia do que o teria atingido." (p. 28)

Mesmo sabendo como deveria se sentir com relação a Sophie, Jake não podia se fazer de cego. Mas não trairia seu amigo e a família Sullivan que fora tão boa para ele. Sophie deveria ser vista como uma irmã, ele deveria protegê-la e garantir que fosse feliz e estivesse segura. No entanto, até quando Jake iria ignorar os limites que havia imposto para si mesmo?

Já Sophie, que pela primeira vez resolvia fazer algo insano em sua vida, percebia que a vida parecia vir cobrar algo em troca e Jake, de herói, passara por um cafajeste completo. 

Ele queria se redimir, mas possuía segredos que não poderiam ser revelados de forma alguma. Ela não queria mais nada com ele, sabendo que seu amor não poderia ser correspondido. 

Só Tenho Olhos para Você, de Bella Andre, talvez seja um dos livros mais românticos da série, pelo menos por enquanto. Gosto dos livros, são fininhos e podem ser lidos rapidamente e possuem personagens com personalidades bem diferentes em cada trama. A única coisa que acaba comprometendo a série são as semelhanças entre elas: o casal se apaixona instantaneamente, ficam juntos mas algo dá errado pois não podem ficar juntos por causa de terceiros ou um dos dois tem algum problema relacionado à intimidade e por aí vai. De qualquer forma, não é uma leitura ruim ou cansativa e de vez em quando acaba trazendo algo novo, como em Só tenho Olhos para Você, onde a protagonista é uma mulher. 

Parceria: autora Lília Uzêda

Oi, gente! Fico muito feliz em anunciar a nova parceria com a Lília Uzêda, autora de O Despertar, primeiro volume da saga de fantasia Etéreos. O livro, que foi lançado no dia 4 de julho na Livraria Saraiva do Salvador Shopping, logo me chamou a atenção pela sinopse e pela trama, que envolve mistérios, perseguições, seres míticos e criaturas sobrenaturais, ingredientes que adoro em uma obra. 

A autora


Lília Uzêda cresceu cercada por livros e histórias em quadrinhos. Desde a infância encontrou na literatura um jeito divertido de adquirir conhecimentos e descobrir novos lugares. 

Com formação acadêmica nas áreas de humanas e saúde, nunca abandonou o prazer de escrever, por essa razão dedicou parte do tempo livre para dar vida a seres fantásticos e mundos extraordinários.

O Despertar é o primeiro livro da saga de fantasia Etéreos, e sua estreia literária.


O livro


(meu colar inseparável, o anel foi parar aí como pingente, rs)


Prepare-se para viver uma experiência única, todos estão convidados a conhecer um lugar extraordinário em que universos distintos serão envolvidos numa audaciosa disputa em busca de poder. Num ambiente cercado por magia, encontra-se o enigmático território de Lanóvia. Um local que abriga um misterioso portal capaz de conduzir humanos, seres místicos e criaturas sobrenaturais numa viagem rumo ao desconhecido. Começa agora uma jornada espetacular repleta de paixões arrebatadoras, grandes mistérios, intensas perseguições e muitos segredos a serem desvendados. Seja bem-vindo ao Mundo Etéreo…

E descubra como será fantástico fazer parte desta aventura.

*


Aproveite para ler o primeiro capítulo do livro clicando aqui.

Para adquirir o livro, basta clicar aqui. Aproveita que está em promoção, de R$ 39,90 por R$ 9,90!

Facebook (livro)

Lançamento de Passarinha, de Kathryn Erskine

A Editora Valentina já tem um próximo lançamento previsto, é o livro Passarinha, de Kathryn Erskine


"Extraordinário... uma tocante e inspiradora obra-prima." 
Publishers Weekly


No mundo de Caitlin, tudo é preto e branco. Qualquer coisa entre um e outro dá uma baita sensação de recreio no estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon, sempre tentou explicar às pessoas. Mas agora, depois do dia em que a vida desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com isso. Ela quer ajudar o pai – a si mesma e todos a sua volta –, mas, sendo uma menina de dez anos de idade, autista, portadora da Síndrome de Asperger, ela não sabe como captar o sentido.

Caitlin, que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho, tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco, afinal, o mundo é cheio de cores, confuso mas belo.

Um livro sobre compreender uns aos outros, repleto de empatia, com um desfecho comovente e encantador que levará o leitor às lágrimas e dará aos jovens um precioso vislumbre do mundo todo especial dessa menina extraordinária.

A autora


Como residente do estado da Virgínia, Kathryn Erskine ficou profundamente abalada com o massacre da Virginia Tech University, em 2007. Na esteira da tragédia, Kathryn imaginou como poderia entrelaçar o tema da violência na juventude, seu impacto sobre a comunidade e as famílias, e o mundo de uma criança com necessidades especiais, numa tentativa de avaliar o quanto nossas vidas poderiam ser diferentes se compreendêssemos melhor uns aos outros. Ao escrever Passarinha, que narra a história de uma menina autista, ela própria penetrou nesse delicado universo, para, como Caitlin, nos oferecer algo bom e forte e bonito.

Visite kathyerskine.com e tenha acesso a uma infinidade de informações sobre autismo e síndrome de Asperger, além de endereços úteis, links para artigos, bibliografia direcionada, fontes de pesquisa, sugestões para temas e debates em sala de aula, material de apoio para professores e educadores, playlists e muito mais.

Prêmios

  • VENCEDOR do National Book Award, 2010
  • FINALISTA do Redbridge Children's Book Award (Reino Unido), 2012
  • FINALISTA do UKLA Award (Associação Literária do Reino Unido), 2012
  • VENCEDOR do International Reading Association Award, 2011
  • VENCEDOR do Crystal Kite Award, 2011
  • HONRA AO MÉRITO do Golden Kite Award, 2011
  • VENCEDOR do Southern Independent Booksellers Award, 2011
  • OBRA NOTÁVEL PARA CRIANÇAS da American Library Association's, 2011
  • MELHOR ROMANCE PARA JOVENS da American Library Association's, 2011
  • OBRA EXTRAORDINÁRIA no Bank Street Best Children's Books, 2011
  • OBRA NOTÁVEL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES, Capitol Choices, 2011
  • VENCEDOR do Dolly Gray Children's Literature Award, 2012
  • ELEITO PARA O "100 LIVROS PARA LER E COMPARTILHAR", da Biblioteca Pública de Nova York (Literatura Infantil), 2010
  • Junior Library Guild Selection, 2010

Amor, Indeciso Amor


Título: Amor, Indeciso Amor
Autor: Dill Ferreira
Editora: Aped
Páginas: 148
ISBN: 9788582540380


Victoria deixara sua cidade natal há um bom tempo, mas não sabia que essa aventura iria lhe trazer tantas desilusões. Quem a convencera se mudar de Caiapônia fora seu ex-namorado, que a convidara para morar com ele após sua formatura, alegando que na cidade de seus pais ela não conseguiria boas oportunidades de trabalho. Marcos era um excelente namorado a distância, estudava em outra cidade e sempre que podia visitava Victoria que, assim que se formou em Publicidade e Propaganda, mudou-se para a casa dele. Mas só foi a partir do momento em que começou a dividir o mesmo teto com Marcos que Victoria percebeu quem ele realmente era: um homem completamente sem futuro, imaturo e consumista. 

Sabendo que não poderia continuar com um homem sem perspectivas de vida e com o qual preocupava-se em trabalhar para pagar despesas desnecessárias, Victoria se mudou para um quitinete com seus dois fiéis companheiros, dois cães que a seguiam desde Caiapônia. Agora vivia à custa de seu pai, que lhe enviava uma mesada, já que perdera o emprego na agência de publicidade onde trabalhava com Marcos. 

Procurando por emprego agora, Victoria vai até uma banca procurar por um jornal com a esperança de achar um anúncio de emprego, uma chance de trabalho e um meio de se sustentar e se livrar da mesada de seu pai. Na banca havia apenas um exemplar do jornal que Victoria queria e quando ela o toca, uma mão masculina faz o mesmo. 

"-Desculpe-me, mas preciso deste. - Falou olhando para a pessoa que também segurava o jornal. - O homem observou-a de cima a baixo, deixando-a constrangida. 
- Quanto quer por ele? - Perguntou sério. - Preciso de um artigo que está aqui. 
- Sinto muito, mas eu o peguei primeiro." (p. 11)

Apesar da insistência do homem, Vistoria não queria revelar ao estranho que precisava do jornal para buscar uma vaga de emprego. Furiosa com a atitude do homem e bastante irritada, Victoria pagou pelo jornal e seguiu pelo caminho oposto. 

No jornal encontrara uma vaga onde procurava-se uma modelo para publicidade e onde não era preciso ter experiência, apenas carisma e determinação. Não era muito bem o que Victoria tinha em mente, sempre preferira trabalhar atrás dos holofotes, mas agora ela estava desempregada e não custava nada tentar.

No dia da seleção encontrou diversas outras garotas como ela, bonitas e sem experiência no ramo. Uma senhora muito simpática chamada Márcia acolheu as garotas e em seguida apresentou o proprietário da marca que uma delas iria representar, seu nome era Ricardo e todas olharam com admiração para aquele homem alto e de beleza clássica. Apenas Victoria gelou com seu olhar, quando percebeu que se tratava do mesmo homem com quem brigara na banca pelo jornal. Tinha certeza que apesar de todas as avaliações não seria escolhida para aquele emprego, Ricardo não concordaria em tê-la como funcionária de sua empresa. De qualquer forma, se fosse selecionada, saberia como lidar com Ricardo, observando-o conseguiu perceber que aquele era um homem solitário e isso poderia ser perigoso, o melhor seria evitá-lo. 

No dia seguinte Victoria recebeu uma ligação da empresa dizendo que fora selecionada. Ela estava feliz e apesar de não ser o cargo que sonhara e almejara, agora poderia pagar as suas contas. Chegando no escritório da empresa foi recebida por Márcia, a mesma simpática senhora que esteve na seleção das candidatas e que Victoria ficara sabendo ser a secretária de Ricardo. Conheceu outros membros da equipe daquela seção, como Ruth, uma bela mulher. 

Victoria ficava sabendo mais sobre o seu trabalho, o que deveria fazer e o que não poderia fazer. Seria o novo rosto da empresa, com um contrato, a princípio, de 6 meses a 1 ano, podendo ser multada caso não o respeitasse. Ela apareceria em comerciais, eventos, fotos de divulgação etc.

Márcia sempre falava bastante de Ricardo, o quanto trabalhava e deixava de dedicar um tempo só para si mesmo. Victoria gostara de seus colegas de trabalho e sua única preocupação era de ter de ser exclusiva à empresa de Ricardo por um ano. Relaxava ao pensar que depois desse período seguiria com seus planos e sua vida. 

Com a ajuda de Ruth, Victoria comprara roupas novas e fizera um novo corte de cabelo. Cada vez se sentia mais bela e ao mesmo tempo mais segura de si, sem perder sua essência ou quem realmente ela é. Com o trabalho progredindo, Victoria também se sente mais segura e feliz, coisa que nunca pensaria ser possível trabalhando em um ramo como esse. 

Enquanto isso, Ricardo aparecia na empresa e mantinha um humor instável. Por vezes era gentil com Victoria e outras vezes tratava-a com frieza. Victoria era sempre muito profissional e não deixava transparecer que essas mudanças de humor de Ricardo atingissem ela. 

Márcia queria saber cada vez mais sobre Victoria, se morava sozinha, se tinha namorado etc., o que deixava Victoria bastante sem graça, mas as duas já haviam se tornado amigas e Márcia era sempre simpática e positiva. Por outro lado, havia chegado o momento de participar de um evento em que Victoria iria representar a empresa e para piorar a situação Ricardo iria ao evento também, aliás, os dois iriam juntos. 

A partir desse momento Victoria percebeu que Ruth mudara seu comportamento, sendo totalmente contra a ida de Victoria ao evento, mas todos concordavam que sua presença era necessária. Vencida pela maioria, Ruth não podia fazer nada. 

Victoria não estava com medo do evento em si, nem das pessoas que estariam lá, mas da sua companhia. Estar ao lado de Ricardo, um homem tão belo e que a incomodava e a intrigava ao mesmo tempo, deixava-a extremamente tensa. Ora ele olhava-a com ar de dúvida, ora com olhar de curiosidade. 

Mas Victoria era forte o suficiente para lidar com aquela situação e daria o melhor de si para fazer o seu papel de boa funcionária. Ela não poderia sofrer por algo que ainda nem havia acontecido e que talvez fosse apenas coisa de sua cabeça. 

Tudo ocorreu bem no evento, mas algo intrigava Victoria: Ricardo, às vezes, era bem diferente daquele homem esnobe que ela conhecera na banca de jornal, para logo depois se tornar fechado e distante. Mesmo assim, após o evento os dois foram jantar a convite de Ricardo e, talvez por causa do vinho, aquele homem abrira-se um pouco, mostrando que por trás de toda aquela casca dura e resistente havia um homem comum, com medos, traumas e necessidades. Mas isso não duraria muito, pois Ricardo aperfeiçoara a arte de ser frio o máximo que alguém podia ser e como Victoria poderia lidar e conviver com tudo o que dividiram naquela noite sabendo que não havia a menor chance de futuro para os dois?

Li Amor, Indeciso Amor, de Dill Ferreira, através do Book Tour organizado pela própria autora. Gostei muito desta história romântica e moderna, com uma personagem feminina inteligente e madura como Victoria, sem melindres e segura do que quer e do que é. Acho que se não fosse por Victoria o romance poderia ser como qualquer outro meloso, onde a "mocinha" se derrete pelo cara frio e distante, mas não em Amor, Indeciso Amor. Com a força e a personalidade bem construída de Victoria encontramos um homem e uma mulher que discutem seus sentimentos de igual para igual, aliás, os diálogos entres os dois são bem bacanas. 

Adoraria ver uma continuação do livro! 

O Mundo de Marguerite Sülever


Título: O Mundo de Marguerite Sülever

Autor: Mylena Araújo
Editora: Sejo Jovem
Páginas: 170
ISBN: 9788566701043

Morgana e Ramon haviam se casado recentemente e se mudado para a mansão em Lyon, na França. O ano era 1814 e o jovem casal era bem diferente um do outro: Morgana era uma pessoa gentil e amorosa; enquanto seu marido, o homem mais rico de Lyon, era orgulhoso e cruel. Mas Ramon amava sua mulher, que adorou o novo lar. A mansão e a charneca precisavam de um toque feminino e Morgana e sua amiga de infância, Suelen, a nova governanta da mansão Sülever, iriam arrumar as coisas e plantar um pequeno jardim com as queridas margaridas e flores-de-lis de Morgana.

Na mansão viviam também Joseph, o jardineiro, um homem de idade mal-humorado e resmungão e Olinda, uma empregada contratada há poucos dias. 

A mansão ficara linda, o tempo passava, mas depois de uma discussão entre o casal as coisas na casa dos Sülever nunca mais foram as mesmas...

"- Esse colar será do meu filho ou filha. Se for menino, colocarei o nome de John e se for menina será Mar... - Antes que pudesse terminar, o Sr. Sülever a interrompeu segurando pelo seu braço.
- Cale essa boca! Não terá filhos ou filhas, não quero essas criaturas com minhas terras ou meu dinheiro. Está me ouvindo?
- Não vê as palavras que acabou de dizer?
- Não me importa, se um dia tiver um filho, eu o matarei. Não vou cuidar de ninguém.
- Só por cima do meu cadáver! Eu sabia que era cruel, quando me casei com você, mas que era desumano, nunca. Você me decepcionou muito!" (p. 11)

Após três anos daquela discussão, o Sr. Sülever recebeu uma carta informando-lhe que seu irmão caçula e a esposa haviam falecido e ele deveria ir até a cidade onde moravam, não muito longe, deixando Morgana, grávida de sete meses, sem notícias por três longas semanas. 

Enquanto o Sr. Sülever estava longe, Morgana começou a sentir muitas dores e, sabendo que não iria sobreviver, pediu para sua amiga Suelen cuidar de seu bebê como fosse seu. A criança nasceu, era uma menina e Morgana a chamou de Marguerite, como as margaridas que tanto adorava, mas Morgana não aguentou muito mais e logo morreu.

Joseph escreveu uma carta, a pedido de Suelen, para o Sr. Sülever, informando-lhe sobre o nascimento de sua filha e a morte de sua esposa. Quando Ramon chegou na mansão trouxe seus dois sobrinhos, o que deixou Suelen bastante curiosa, já que ninguém sabia nada sobre os familiares do Sr. Sülever. Freana tinha cinco anos e William, quatro. Os dois iriam morar na mansão a partir daquele momento e Suelen deveria cuidar deles. 

Ramon foi ver o corpo da esposa mas recusou-se a ver a filha, também ordenou que as crianças não deveriam sair do quarto enquanto ele estivesse em casa. Com o tempo as crianças acabaram se acostumando a ficar trancadas no quarto e o Sr. Sülever não tinha o costume de ficar em casa para evitar qualquer tipo de contato com elas. Para elas ele era apenas um estranho. 

Aos treze anos Marguerite ainda não havia conversado com seu pai, apenas espiado sua silhueta, a silhueta de um homem ocupado, que nunca sorria e que não se preocupava com ninguém a não ser ele mesmo. Marguerite também nunca havia visto uma imagem de sua mãe, elas eram proibidas em casa. 

Apesar de sentir falta da presença do pai, tinha em Suelen uma mãe e amiga e seu primos lhe faziam companhia em brincadeiras e conversas. Os três nunca haviam visitado a cidade e Marguerite nunca comemorava seu aniversário, era uma regra imposta pelo seu pai. 

Suelen insiste para que o Sr. Sülever conheça a filha e ele o faz, mas trata melhor os sobrinhos do que a própria filha. Na verdade, ele é rude e extremamente desprezível. Marguerite não aguenta e acaba discutindo com pai, que acaba batendo muito forte na filha. 

Depois do triste episódio em que conhecera e discutira com seu pai, Suelen resolvera que naquele ano deveriam comemorar o aniversário de Marguerite na cidade com uma velha amiga e seus primos e o dia teria sido perfeito se o Sr. Sülever não tivesse descoberto e as coisas na mansão piorassem a ponto de se tornaram insuportáveis e as atitudes de Ramon extremamente cruéis. 

O Mundo de Marguerite Sülever, de Mylena Araújo é um livro fininho mas com uma história densa, cheia de mistérios e surpresas e personagens ambíguos. Dor, alegria, tristeza, são vários os sentimentos que percorrem a trama e envolvem os personagens, além de uma dose de sobrenatural que os acercam e convive lado a lado com eles. 

O final é surpreendente e foi o que me chamou mais a atenção, é de uma beleza que não consigo explicar e ao mesmo tempo possui diversos significados e interpretações. 

Por se tratar de uma história que se passa no século XIX, na França, senti falta de detalhes da época e do local, coisa que adoro, e também desejei que a autora fosse mais a fundo na trama, desenvolvendo mais a história e a dos personagens e suas características.

Correio #29

De Bem Com o Espelho (Alice Salazar) - Belas-Letras

Exemplar mais marcador enviados pela Editora parceira Belas-Letras.


O Talentoso Ripley (Patricia Highsmith) - Companhia de Bolso

Depois de ler Carol, da mesma autora, e ter adorado o livro, quis conhecer mais algumas obras suas. 


Pirão de Sereia (Ademir Demarchi) - Realejo

O bate-papo com o autor foi tão bom que fiquei louca para conhecer sua obra. 


O Livro dos Seres Imaginários (Jorge Luis Borges) - Companhia das Letras

Met disponibiliza 375 livros de arte para download


Uma ótima notícia para os apreciadores e estudantes da área: o Met (Metropolitan Museum of Art) disponibilizou em seu site 375 livros de arte para download gratuito. Para conhecer o acervo e fazer fazer o download das obras que quiser, clique aqui.

Fonte: IdeaFixa

Resultado - Top Comentarista Julho

Atrasei mas voltei! E com o resultado do Top de Julho. Tiveram poucos posts (irei compensar esse mês!). (: Mas as promoções provavelmente retornarão no próximo mês e na forma de Concurso Cultural. Vou pensar em coisas bem bacanas para fazer aqui no blog e vocês podem dar dicas e opinar bastante! ^^

Vamos ao resultado. Quem leva o livro Simplesmente Ana + marcador é...


Empate...


A Cristiane! Parabéns! Logo estarei enviando um e-mail para você. 

Sobre sorteios e promoções

Oi, gente! Dei uma sumida, é verdade. x: Mas hoje irei falar sobre o que anda circulando no Facebook sobre sorteios e promoções, ou melhor, irei colocar aqui o que encontrei em dois blogs e considerei bem esclarecedor. 


O texto entre aspas abaixo é do blog Gaveta Abandonada, escrito pela Tami (Tamires). Para quem quiser ler o post completo no blog, clique aqui

"(...) No dia 22 de julho, o governo lançou uma portaria que proíbe sorteios em redes sociais

Existe uma lei de 71 que já definia que sorteios feitos por pessoas jurídicas (empresas) devem ter a permissão da CAIXA para sua realização. Porém a lei possuía algumas brechas, e muitas empresas estavam realizando "concursos culturais" (que não precisam de autorização) só que no fundo esses concursos nada mais eram do que sorteios.

E como isso afeta ao blog? Por enquanto não sei. Essa é a maior dúvida na verdade, visto que o sorteio nesse caso é feito por uma pessoa física. A princípio, não deveria ser essa lei que iria definir. Mas e se considerarem que a responsável pelo sorteio é a editora? Ela precisaria da autorização? 

Com esse tanto de dúvidas que surgiu, a maioria das editoras está vendo junto ao seu jurídico como os parceiros devem proceder. Por enquanto nenhuma se posicionou oficialmente. 

A multa, para os casos de desobediência à lei é pequena (para nós): multa de até 100% do valor do prêmio e proibição de fazer sorteios por até dois anos.

Contudo, para evitar problemas, vou suspender os sorteios por enquanto. Já perguntei para uma amiga advogada o que ela acha do caso e ela disse que não parece haver problemas para os casos de blogs pessoais. Mandei mensagem para o Ministério da Fazenda e estou aguardando uma resposta mais concreta. E, principalmente, aguardo a posição das editoras quanto ao caso. (...)".

Assim como a Tami eu também conversei com uma amiga advogada e prefiro aguardar uma resposta das editoras para realizar sorteios e promoções, além disso, eu não só realizo sorteios de livros de editoras parceiras, então também quero ver como isso vai ficar. É por isso que neste mês de agosto não haverá Top Comentarista ou outra promoção, mas o Top de Julho (que já deveria ter saído o resultado) está valendo e logo posto o resultado e a promoção que está no ar de 5 títulos para 1 ganhador (que termina daqui 10 horas) também irá prosseguir normalmente. 

Outro texto que li, escrito pela Samantha, no Biblioteca Empoeirada, interessou-me. Para ler o post completo, clique aqui

"(...) O que muda?

Sorteios feitos exclusivamente pelas redes sociais não podem mais ser feitos. Ou seja, se você (como eu) faz promoções pelo Facebook e Twitter esqueça essa modalidade. As redes sociais só podem ser utilizadas para divulgar determinado concurso.

Regras como curtir a página, seguir twitter e essas coisinhas estão fora de questão, os concursos tem que ser abertos ao público e sem nenhuma obrigação de compra ou regra eliminatória.

Datas comemorativas também estão fora de questão, nada de quinhentas promoções de dias dos pais, mães, índio ou qualquer outra coisa.

Promoções que tenham o vencedor escolhido através de sorte também estão proibidas.

O que pode?

Enfim, o que conta é saber o que pode ser feito, os concursos culturais estão liberados desde que sejam alocados em sites e somente divulgados em redes sociais, não tenham nenhuma regra eliminatória, não cobrem nada e que o vencedor seja escolhido por sua criatividade ou talento.

Por que eu gostei dessa ideia?

Acho que os blogs literários que realmente se preocupam com o conteúdo serão beneficiados com esse esquema. A verdade é que os sorteios parecem ter criado uma "máfia dos números". São diversos blogs que não têm tempo de existência ou conteúdo suficiente, mas estão cheios de promoção para aumentar os números. É a guerra das parcerias.

Isso não só desanima, como faz com que muitos blogs bons não tenham como competir por não terem como bancar tantos sorteios. Os números são importantes? É óbvio que são, não dá pra fingir que vivemos todos no país das maravilhas, mas o conteúdo é mais. (...)".

A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra



Título: A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra
Autor: Robin Sloan
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
ISBN: 9788581632483

Clay Jannon, web designer desempregado devido a recessão econômica, insiste em anúncios de empregos e logo seus padrões vão caindo. 

"No início, insisti que só aceitaria trabalhar numa empresa que tivesse uma missão na qual eu acreditasse. Depois, achei que estaria tudo bem se pelo menos eu estivesse aprendendo algo novo. Ainda depois, decidi que só não podia ser uma empresa do mal. Agora, estava revendo com cuidado a minha definição de "do mal"." (p. 14)

Caminhando pelas ruas de São Francisco encontra um anúncio na vitrine de uma livraria (um pouco suspeito para Jannon) onde estão a procura de um atendente para o turno da noite. A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra, que fica ao lado de um local chamado Booty's (uma casa de strip-tease), é como uma livraria normal, sua forma e volume, só que virada de lado. O lugar é absurdamente estreito e alto, com estantes que vão até o teto e prateleiras que desaparecem suavemente nas sombras dando a impressão que poderiam continuar para sempre. 

"Por que livrarias sempre o obrigam a fazer coisas estranhas com seu pescoço?" (p. 15)

Jannon é contratado e agora é o atendente noturno na livraria, subindo e descendo a escada para buscar e repor livros como um macaco. A livraria nunca fecha, apesar de quase não haver fregueses e Jannon se sente mais como um vigia do que como um vendedor às vezes. 

Penumbra é o chefe de Jannon e vende livros usados num estado de conservação excelente, não dá muita atenção às listas de best-sellers e seu acervo é bem eclético.

"Não há indício de padrão ou objetivo além de, imagino, seu próprio gosto pessoal. Então, não há adolescentes feiticeiros nem vampiros policiais aqui. É uma pena, pois é exatamente o tipo de loja que dá vontade de comprar um livro sobre um mago adolescente. É o tipo de loja que faz você querer ser um mago adolescente." (p. 19)

Alguns amigos de Jannon apareceram na livraria e ele tenta convencê-los comprar algo novo: um romance de Steinbeck, contos de Borges, um volume grosso de Tolkien etc. No entanto, seus amigos compram, no mínimo, um postal. Há uma pilha deles na mesa da frente e mostram a fachada da loja desenhada a bico de pena, Penumbra vende os postais por um dólar cada e Jannon não consegue imaginar o que paga o seu salário e nem o quê mantém a loja funcionando: claramente não são os postais vendidos esporadicamente. 

A livraria possui várias curiosidades, entre elas: há uma livraria mais ou menos normal que fica na frente, cheia de livros em torno do balcão. As estantes são baixas e o acervo é bem precário. A outra livraria fica empilhada em cima e atrás desta, em prateleiras com escadas altíssimas e possui volumes que, segundo o Google, não existem. Muitos têm aparência de antiguidades, com couro rachado, títulos folheados a ouro e outros são recém-encadernados com capas novinhas, nada antigos, apenas especiais. Jannon pensa neles como o Catálogo Pré-histórico. 

"Quando comecei a trabalhar aqui, achei que eram todos de editoras pequenas. Pequenas editoras Amish sem gosto para o registro de informações digitais. Ou talvez fossem todos livros publicados pelos autores, uma coleção inteira de exemplares únicos, encadernados à mão, e que nunca chegaram à Biblioteca do Congresso nem a nenhum outro lugar. Talvez a loja de Penumbra fosse uma espécie de orfanato." (p. 22 e 23)

Mas depois de um mês de trabalho, Jannon começa a achar que é algo mais complicado, pois quem aparece na livraria para pedir um livro do Catálogo Pré-histórico são pessoas bem diferentes da garota que trabalha na Booty's e adora biografias, são como uma pequena comunidade que orbitam em torno da loja e são bem mais velhos, chegam sempre com uma regularidade algorítmica e nunca ficam procurando, chegam bem determinados e trêmulos de necessidade. 

"O sino acima da porta toca e antes que termine de soar o Mr. Tyndall já está gritando a plenos pulmões:
- Kingslake! Preciso de Kingslake!
Ele tira as mãos da cabeça (Será que ele vem mesmo correndo pela rua com as mãos na cabeça?) e agarra o balcão. Ele repete, como se já tivesse me dito uma vez que minha camisa está pegando fogo e não estou tomando nenhuma providência rápida." (p. 23)

Esses clientes não pagam pelos livros, possuem um cartão com um código que Jannon deve anotar. Ele se pergunta se aquilo é um clube do livro com membros importados de outra época e lugar: grisalhos, obsessivos e estranhos. 

Jannon não conhece o conteúdo desses livros. Quando foi contratado, Penumbra fez três exigências: Um, Jannon teria que estar na livraria das 22 às 6 horas; dois, ele não poderia ler, folhear ou inspecionar os volumes da estante e; três, Jannon deveria tomar notas detalhadas de todas as transações, como a hora, a aparência do cliente, seu estado de espírito, como ele pediu o livro e o recebeu, se estava usando um raminho de alecrim no chapéu etc. 

Algo um pouco assustador, mas nas condições atuais Jannon estava pronto para encarar tudo numa boa. Mas Mat, colega de apartamento de Jannon, é um pouco mais curioso. Vai até a livraria e abre um dos livros do Catálogo Pré-histórico, dentro dele uma camada de hieroglifos mal deixam sobrar espaços em branco, as letras são grandes e grossas e Jannon reconhece o alfabeto: romano. Mas não consegue identificar as palavras, na verdade, não há nenhuma palavra lá, as páginas são longas fileiras de letras, uma verdadeira confusão indecifrável.

"- Bem - diz Mat. - Não há como saber que isso não é uma enciclopédia de rituais satânicos..." (p. 36)

"- Talvez sejam apenas quebra-cabeças para se divertirem - diz Mat. - Como um sudoku superavançado." (p. 36)

Com a intervenção de Mat, Jannon se sente mais ousado com relação ao Catálogo Pré-histórico, ele quer descobrir o que aqueles livros possuem de tão especial.

Ao mesmo tempo em que está curioso, Jannon quer dar à livraria uma ajuda no quesito comercial e é por isso que começa uma campanha hiperdirecionada, que acaba não dando certo. Seu segundo passo é criar um modelo da loja em 3-D para que as pessoas possam visitar a loja em suas casas. No modelo em 3-D da loja Jannon não só  mostra onde os livros estão localizados, mas também quais estão emprestados no momento e para quem. Dessa forma, os livros ficam brilhando como lâmpadas nas grandes estantes em 3-D e cada um possui cores-código: os livros retirados por Tyndall ficam azuis, os de Lapin ficam verdes etc. E Jannon percebe uma coisa: as luzes seguem umas as outras. Existe um padrão.

"Há coisas estranhas e misteriosas acontecendo na Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra." (p. 64)

A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra, de Robin Sloan é um livro pelo qual me apaixonei e olha que de início eu não fui "com a cara" do livro. Pensei que o livro iria tratar apenas de uma história de suspense mas não é só isso, além dos personagens estarem no meio de um tremendo mistério e precisarem unir forças (como em uma jornada de RPG), muita coisa é discutida, pois o autor inseriu personagens com personalidades e idades bem diferentes no livro, o que traz diversos diálogos divertidos sobre tecnologia (novas e antigas), futuro, livros etc. Os personagens também são muito divertidos e fazem o leitor rir, a narrativa em primeira pessoa é deliciosa e convidativa, Jannon é completamente engraçado e relativamente nerd. O encontro de diversas gerações e diferentes estilos de vida é um convite a mais ao leitor.

A história prende o leitor pelo mistério e encanta e diverte através dos personagens, amores, amizades e o grande segredo: a vida eterna. Uma ótima leitura!