Seis Coisas Impossíveis


Título: Seis Coisas Impossíveis

Autor: Fiona Wood
Editora: Novo Conceito
Páginas: 272
ISBN: 9788581633251


A vida aparentemente confortável de Dan Cereill não passava de uma ilusão. Seu pai enfrentava problemas no trabalho, as contas amontoavam-se fazendo a família parar no vermelho e seus pais viviam discutindo. Pelo jeito, as coisas não tardariam a desmoronar e todos desmoronariam juntos. 

Quando a tia-avó de sua mãe morreu, deixou uma casa para ela, o que fez Dan pensar que as coisas poderiam melhorar, mas não foi isso que aconteceu. Pelo contrário, em uma fração de segundo após a notícia da nova casa seu pai soltou a bomba: o negócio da família estava nas mãos dos interventores, ele havia declarado falência, era gay e estava saindo de casa. 

"Gente, por favor, um choque de virar a vida de ponta-cabeça por vez, tive vontade de dizer." (p. 8)

A casa foi leiloada e no caso da família de Dan tudo o que havia lá dentro virou propriedade da empresa. Apenas algumas coisas conseguiram ser salvas, sendo escondidas na casa de uma amiga de sua mãe, como coisas de cozinha, livros, roupas, os gibis de Dan e uma TV. Eles puderam ficar com as fotografias, mas não com os porta-retratos de prata. Agora a vida inteira deles cabia em algumas caixas. 

A casa de Adelaide é um sobrado enorme, em estilo vitoriano gótico, com direito a pequenas gárgulas com cara de poucos amigos em cada canto da sacada no primeiro andar. O lado de dentro não ajuda muito, as janelas precisam ficar abertas por causa do cheiro, apesar do frio que faz lá, e o aquecedor só pode ser usado em caso de emergência, por questões econômicas, é claro. Pelo menos eles tinham um teto, foi o que sua mãe disse. Mas havia um detalhe: eles não eram donos da casa. Sua mãe herdara apenas o direito de usufruir da casa enquanto estivesse viva, quando morresse a casa seria tombada pelo Patrimônio Histórico e iria para o Governo. De quebra, havia um antigo estábulo nos fundos onde vivia um cara que pelo jeito também fazia parte da herança (e que bem poderia ser um psicopata). E Howard, é claro. O cachorro viera com a casa o que na contabilidade da herança significava um número negativo, afinal teriam que alimentá-lo. 

O único amigo de Dan é Fred, com quem pode desabafar. Ele não quer ser um peso para a sua mãe, apesar dela dizer que se sente forte e que precisa seguir em frente. Dan não fica muito confiante quando sua mãe resolve abrir um negócio.

"Ela começará a fazer bolos de casamento. Acho que ninguém que acabou de sair de um casamento pensaria justamente nisso, porém nesta casa, além de sarcasmo, também há ironia." (p. 23)

Felizmente Dan mora mais perto de Fred agora, o problema é que eles não irão estudar mais na mesma escola, já que os pais de Dan não podem arcar com os custos de uma escola particular. O início das aulas chega e Dan está aterrorizado: logo quando se mudou para a casa de Adelaide viu sua vizinha e desde então não conseguiu parar de pensar nela. Descobriu que ela estudava no mesmo colégio e se estudasse na mesma sala dele o que será que Estelle pensaria do garoto tentando esconder o nerd que é? 

Dan só quer ficar na dele, sem ser julgado ou que alguém tenha pena dele. Apesar da vontade de ir embora da escola imediatamente, percebe que tem uma segunda chance, pode ser quem quiser! 

"Ouço alguém gritar:
- Ei, idiota! Você. Idiota!
Olho para trás.
Por quê? Por que eu fui fazer isso? 
O carinha que berrou e a turma dele caem na risada, histéricos.
- É, era só para ter certeza de que era você mesmo, idiota." (p. 33)

As falhas na vida social de Dan sempre o acompanharam desde cedo e seu plano de parecer legal na nova escola não deu nada certo e, sim, Estelle está na sua sala. Para piorar tudo, o negócio da sua mãe não anda nada bem, especialmente porque é impossível vender um bolo de noiva se você acaba fazendo todas as mulheres desistirem do casamento. As contas vão se acumulando e as roupas de Dan diminuindo, ou melhor, ele está passando por aquela fase em que está crescendo muito mas ainda não encorpou, pediu até mesmo para sua mãe comprar proteína em pó, mas com o orçamento no zero é impossível. Nada de jantares, hambúrgueres, tortas de carne ou coisas da vida antiga, mas pão e frutas. E tem mais: seu pai sempre liga querendo falar com o filho, mas Dan sempre pede para a mãe dizer que ele não está. 

Mas Dan tem uma lista com seis coisas impossíveis para lhe distrair:

1) Beijar Estelle.
2) Arrumar um emprego.
3) Dar uma animada em sua mãe.
4) Tentar não ser um nerd/loser completo.
5) Tentar falar com o seu pai quando ele liga.
6) Descobrir como ser bom.

Seis Coisas Impossíveis, de Fiona Wood, é um livro super gostoso de se ler, com uma história cativante e divertida, repleta de personagens reais, com sentimentos, problemas e dúvidas que acontecem conosco e com aqueles que nós conhecemos. A narrativa é em primeira pessoa e Dan é extremamente divertido, agradável e irônico, um personagem impossível de não se apegar. Todos os personagens formam uma bela e bem-humorada história. 

O livro é o primeiro da autora e apesar de seguir a linha do gênero infanto-juvenil não há nada que faça com que leitores mais velhos não possam curtir a leitura. Um tanto sensível e narrado de forma bem realista, Seis Coisas Impossíveis irá agradar os mais variados leitores.

Adorei a capa e a diagramação é ótima, com ilustrações no início de cada capítulo e com uma fonte que deixa a leitura fluir de forma bem agradável. 

Ninfetâmina



Título: Ninfetâmina
Autor: Kaah Araújo
Editora: Baraúna
Páginas: 458
ISBN: 9788579236457

Stephany morava na Flórida com seu pai e sua mãe e sabia que o relacionamento dos dois não ia nada bem, até mesmo sua relação com os pais era um pouco estranha, parecia faltar um pouco de comunicação e carinho. Apesar disso, levava uma vida tranquila, pelo menos até uma noite em que vai se encontrar com os seus amigos e vê seu pai dirigindo em direção ao meio de uma floresta, o que faz com que Stephany corra desesperadamente por entre arbustos e troncos escuros de árvores para entender o que está acontecendo. Infelizmente, quando consegue se aproximar um pouco de onde seu pai está com o carro, percebe uma luz alaranjada e sente um forte cheiro de fumaça. Escondendo-se, vê as chamas tomando conta do carro de seu pai e logo em seguida é atacada por alguém extremamente forte, alguém que ela conhece, mas que nesse momento parece sentir prazer toda vez que faz a garota sentir dor. 

"Dei-me conta de que o meu cabelo estava grudando e que minha jaqueta estava ensopada. Sinal de que naquela madrugada tivera chuva. Em meu pescoço, eu imagina uma espécie de rasgo, uma queimadura lancinante, que conseguia atingir cada ponto do meu corpo." (p. 27)

De manhã tudo não passava de um borrão, Stephany não conseguia se lembrar de nada e, fraca, caminhou até sua casa onde encontrou sua mãe extremamente triste. Haviam encontrado o corpo de seu pai carbonizado e toda aquela noite de terror retornou para a mente de Stephany. Sua mãe, porém, parecia estar mais preparada para lidar com tudo da forma mais prática: Stephany deveria sair de Orange Park imediatamente e morar com seu tio John em Morrisville. 

Stephany sabia o que havia acontecido e sabia porque precisava se mudar, o que não tornava as coisas mais fáceis. Tanto mãe quanto filha sabiam que John era um vampiro que havia se transformado há alguns anos e Stephany deveria ficar com ele e sua família para lidar com sua própria transformação, afinal fora atacada naquela noite e o vampiro que a atacara continuava desaparecido, mais um motivo para Stephany se refugiar na aparentemente pacata Morrisville.

John vive com sua mulher, Elizabeth, sua filha, Julieta e sua sobrinha, Claire, todas vampiras. A recepção fora tranquila, apesar de todos os vampiros estranharem o cheiro de Stephany: ela parecia conter sangue humano, o que era provavelmente impossível, já que nenhuma das vampiras transformas por John ficaram com cheiro de sangue humano após a transformação e já se haviam passado dias desde o acidente com o seu pai e o ataque do vampiro. De qualquer forma, Stephany estava ali para aprender a controlar a sua sede e recomeçar uma nova vida, longe de tudo do que já conhecia.

Pelo menos ela faria algo de normal enquanto processava tudo o que acontecia com ela. Iria para a escola com Julieta e Claire, apesar de não se sentir nada bem como a novata em uma escola tão diferente como a sua em Orange Park.

Logo no primeiro dia de aula Stephany ficou hipnotizada por um garoto que passou por ela, um rapaz que despertou sensações um tanto perturbadoras na garota, como se Stephany lembrasse do contorno do seu rosto, desenterrando-o do fundo de algum baú dentro de sua mente. Aquele era Bryan Control, disseram Julieta e Claire, num tom sombrio.

Era difícil encontrar Bryan pela escola, apesar da sua estatura, o rapaz parecia sumir entre e durante as aulas. No entanto, Stephany acaba descobrindo o local onde Bryan passa a maior parte do seu tempo: o cemitério de Morrisville, próximo ao colégio, bastando descer apenas uma ladeira. Apesar da proximidade, poucos, ou melhor, nenhum aluno se aventura pelo local, além de parecer com um cenário de terror, ocorrera um assassinato ali.

Apesar de querer os antigos amigos na sua vida, Stephany acaba conhecendo White, uma garota que sabe tudo sobre todos naquele colégio e que deixa Stephany a par de todos os detalhes, menos dos sobrenaturais, já que White é humana. Algo que tranquiliza Stephany, pois os vampiros tendem a ser frios e cada vez mais Stephany tem dúvidas sobre sua transformação. Até mesmo na sua nova casa os moradores estranham a falta de sede e sua necessidade por alimentos comumente humanos.

A amizade entre White e Stephany crescia, assim como a estranha paixão que Stephany sentia por Bryan, apesar dos encontros dos dois serem breves e raros, no entanto, significativos. Obsessão? Stephany não sabia dizer. Mas já havia se familiarizado com o cemitério e ia até lá se decidia encontrar Bryan, apesar de saber que não encontraria resposta alguma para suas dúvidas. Além de misterioso, Bryan podia ser alguém que mudava de personalidade rapidamente, deixando-a atordoada.

Em uma ida até o cemitério Stephany encontra outra pessoa, um homem lindo, com olhos azuis e profundos. Estranhamente, lembranças ecoavam pela mente de Stephany, como se o toque daquele homem trouxesse recordações que não pertenciam a ela.

"- Annie? - ele suspirou, e aquela voz me trouxe a recordação de ele ter mencionado o mesmo nome em meus pensamentos. Seus olhos tornaram-se minúsculos, escondendo as lentes azuis, eu não sentia mais perigo, mesmo que sua mão ainda apertasse o meu braço.
Minha voz saiu remotamente.
- Sim - suspirei, sentido-me presa a ele." (p. 119)

Stephany não sabia que o homem misterioso, Izack, tinha uma ligação com Bryan e que o segundo não ficou nada contente com o encontro dos dois. No entanto, Izack, Bryan, Stephany, White e o corajoso Sky estão ligados de uma forma única e só poderão encontrar uma saída para todos os seus problemas se conseguirem se entender e se unirem. Mas como confiar uns nos outros se ninguém parece realmente o que é?

Li Ninfetâmina através do Book Tour organizado pela autora Kaah Araújo e gostei muito da história desse quarteto amoroso (se um trio é bom, imagina só um quarteto!). A autora conseguiu dosar muito bem romance, mistério e ação, deixando o leitor louquinho por uma continuação.

Vários elementos me lembraram da Saga Crepúsculo, mas acredito que existem ainda mais elementos de Diários do Vampiro, o que não faz com que a história não seja original (mas confesso que Izack me lembrou muito o Damon). (x

Ponto positivo para o mistério bem elaborado, que vai se desenrolando de forma que só aumenta a curiosidade e outro ponto positivo para os personagens que não são 100% bonzinhos ou 100% mauzinhos, mas que possuem diversas facetas.

A única coisa ruim foi a revisão que deixou passar alguns erros, mas nada que impeça uma leitura tranquila. 

Correio #33

Correio atrasado mas finalmente com uma câmera decente! \o/ 

O Dom (James Patterson e Ned Rust) - Novo Conceito

Além da caixa personalizada e do marcador o kit acompanha gelo reutilizável, que de cara pensei que fossem dadinhos de RPG, rs. 


Adeus à Inocência (Drusilla Campbell) - Novo Conceito e
Noites Italianas (Kate Holden) - Novo Conceito


Seis Coisas Impossíveis (Fiona Wood) - Novo Conceito e
Rose na Tempestade (Jon Katz) - Novo Conceito


Esc@ndalo (Therese Fowler) - Novo Conceito 

O kit também acompanha um marcador em metal.


A Conspiração (Clive Cussler e Dirk Cussler) - Novo Conceito e
Esconda-se (Lisa Gardner) - Novo Conceito


A Agenda (João Varella) - Novas Páginas

Metamorfose?


Título: Metamorfose?
Autor: Gail Carriger

Editora: Valentina
Páginas: 320
ISBN: 9788565859165

Metamorfose? é o segundo volume da série steampunk O Protetorado da Sombrinha. Se você não leu o primeiro volume, Alma? (resenha aqui), este post possui spoilers.

Alexia Tarabotti agora é Lady Maccon, esposa de Lorde Maccon, conde de Woolsey. Não que a preternatural e o lobisomem tenham deixado suas discussões de lado, mas isso só incrementa a relação deles. Além disso, Lorde Maccon, o lobisomem Alfa do Castelo Woosley, local que Lady Maccon habita há três meses, tem um belo traseiro, coisa que já mencionara antes para sua amiga, a srta. Hisselpenny, que, claro, ficou escandalizada. Quem não se lembra da srta. Hisselpenny com certeza irá se lembrar dos chapéus de gosto um tanto duvidoso da solteirona.

Alexia Maccon acaba sendo acordada por seu marido, que está aos berros, justo no meio da tarde! Ela não consegue captar o sentido da conversa, já que só consegue escutar o vozeirão de Lorde Maccon contra os sussurros de uma voz baixa e melodiosa conhecida, Outrora Merriway, um fantasma educado, relativamente jovem, bem conservado e ainda completamente são. Mais estranho que o exaspero (algo que ocorria com frequência) de Lorde Maccon era ver Outrora Merryway assustada, afinal não existiam muitas coisas que pudessem assustar os mortos, com exceção de uma preternatural.

Antes que pudesse se informar sobre o que estava ocorrendo, Alexia Maccon se vê sozinha em casa, a não ser pelos empregados (entre eles, é claro, o bom e velho Floote). Mas ela não tinha tempo para se preocupar com o sumiço do seu marido agora, estava atrasada para uma reunião no Conselho Paralelo (diferentemente do DAS, que ficava a cargo do cumprimento das leis, o Conselho Paralelo se encarregava de tratar das questões sobrenaturais com a Coroa, cuidando dos assuntos legislativos, do assessoramento político-militar e das ocasionais situações caóticas e delicadas), onde ocupava o cargo de muhjah.

Lady Maccon só não esperava encontrar no jardim frontal que dava para o pátio calçado com pedras do castelo um regimento de soldados sobrenaturais acampados com uma quantidade considerável de barracas de lona. Ao que tudo indicava, seu marido havia esquecido de contar a esposa que o restante da alcateia de Lorde Maccon tinha retornado juntamente com a Guarda de Coldsteam e que eles manteriam acampamento por lá durante algumas semanas.

Lorde Maccon, o escocês grandalhão, também parecera dar uma descrição menos... italiana de sua mulher, pois os homens da Guarda não sabiam quem era aquela mulher furiosa carregando uma sombrinha. O Major Channing Channing, dos Channings de Chesterfield, Gama da Alcateia de Woolsey e um homem cheio de si, porém muito bonito e elegante, aproximou-se de Alexia Maccon presumindo que ela fosse a governanta e insinuou-se para ela com a maior cara de pau.

"- Não sei, não - insistiu o major Channing, aproximando-se mais. - Uma belezinha italiana fogosa como você, de boa compleição física e não tão velha assim, ainda tem algumas noites animadas pela frente. Sempre tive certa atração por estrangeiras.
Lady Maccon, que era apenas metade italiana e só de nascimento, por ter sido criada inteiramente na Inglaterra, ficou sem saber que parte da frase a ofendera mais. Estava espumando de raiva.
O repugnante major Channing parecia ter a intenção de tocá-la de verdade.
Ela se afastou e o atingiu com a sombrinha, com toda a força, bem no alto da cabeça." (p. 22)

Para atrasá-la ainda mais a srta. Hisselpenny apareceu com um chapéu horroroso querendo lhe contar uma novidade: estava noiva!

Com um significante atraso, Lady Maccon chegou até a reunião e pela primeira vez estava prestes a lidar com uma verdadeira crise: os sobrenaturais estavam sendo afetados por uma espécie de estado de normalidade. Vampiros e lobisomens agora haviam sido contaminados pela mortalidade, mas Alexia não se sentia diferente.

Havia uma determinada área em que os sobrenaturais tornavam-se mortais que parecia se concentrar em torno do aterro do Tâmisa e da zona portuária. Algo extremamente perigoso, pois enquanto mortais poderiam ser mortos facilmente e quais outros efeitos colaterais isso poderia acarretar?

Até mesmo fantasmas estavam sendo atingidos pela "praga de humanização", todos que estavam naquela região haviam desaparecido, exorcizados, coisa que apenas um preternatural poderia fazer, além de ter a capacidade de tornar um sobrenatural em mortal tocando-o, o que logo despertou o desconforto e dúvidas com relação a inocência de Lady Maccon. Mas como uma única preternatural poderia afetar uma região inteira da cidade?

Para Alexia, aquilo só poderia ser o efeito de uma arma ou de algum dispositivo científico. Para piorar a situação, a praga alastrava-se e parecia ir em direção ao norte. Por meio do professor Lyall, Beta da Alcateia de Woolsey, Alexia soube que Lorde Maccon partira para a mesma direção e era para lá que a preternatural seguiria. Não sem antes receber um recado de Outrora Merriway, dizendo-a que seu marido queria que ela comprasse um chapéu.

Estranhando o pedido, Alexia foi até a moderna nova chapelaria Chapeau de Poupée, encontrando lá mais do que chapéus, na verdade, um maravilhoso presente de seu marido: uma nova sombrinha, não muito charmosa, mas uma verdadeira arma de defesa. Madame Lefoux, dona da chapelaria e inventora, fora quem criara a sombrinha para Alexia. Uma mulher bastante interessante, trajando roupas masculinas, muito bonita e misteriosa.

Munida com sua sombrinha mais do que poderosa, Alexia Maccon estava preparada para embarcar em um dirigível rumo ao norte, apenas não contava com a sua comitiva: Felicity, sua irmã intragável, deixada no castelo por sua mãe pois estava enciumada com o noivado de sua irmã mais nova; a srta. Hisselpenny, que ficara magoada por Felicity ser a acompanhante de Alexia e; o sr. Tunstell, criado pessoal do conde e chefe dos zeladores, ruivo, bonito e robusto, no entanto, desengonçado e com um eterno sorriso nos lábios, além disso, um ator apaixonado pela srta. Hisselpenny que parece gostar dos chapéus dela.

Alexia também não contava com o estranho surgimento de Madame Lefoux no dirigível.

Metamorfose?, de Gail Carriger, é uma continuação maravilhosa, que não deixa nada a desejar. Tão bom quanto Alma?, ou talvez ainda melhor! Um livro divertidíssimo e, mais uma vez, com uma história cheia de mistério. Alexia é uma personagem adorável, de temperamento forte e que fala o que vem na cabeça. Extremamente sarcástica, aprendeu a se soltar um pouco mais com o marido, que possui uma boca suja e é bem irritadinho, além de possuir uma personalidade forte também, o que torna a dinâmica do casal incrível e não cansa nem um pouquinho o leitor.

O livro traz várias revelações e ainda mais mistérios, o que me deixou super curiosa para ler a continuação da série e com saudades de todos os personagens. Mas tenho que escrever uma coisa aqui: não sei como irei perdoar Lorde Maccon!

Acredito que a parte mais divertida do livro tenha sido a viagem no dirigível. Com uma comitiva daquelas seria impossível não dar umas belas gargalhadas. Gostei da maior participação da srta. Hisselpenny que, apesar de melodramática, é uma personagem hilária. O queridinho e espalhafatoso  Lorde Akeldama retorna para a alegria dos fãs do vampiro e o sr. Tunstell é outro personagem que faz o leitor rir bastante.

O mistério é muito bem apresentado e a trama se desenrola de forma agradável e sempre deixando o leitor querendo mais, sem conseguir deixar de ler "só mais um capítulo". 

Parceria: autor Renato Carajelescov Nonato

Oi, gente! Estou muito feliz com o novo autor parceiro do blog, Renato Carajelescov Nonato. Seu livro, Terras Metálicas, completará um ano de lançamento no dia 23 de novembro e para comemorar haverá no dia 23 desse mês durante todo o dia um twittaço com a tag #TerrasMetálicas. \o/

O autor


Renato Carajelescov Nonato nasceu em Rudge Ramos em 1987. Formado em Engenharia Química, atualmente divide seu tempo entre o curso de mestrado em Engenharia de Materiais e uma pequena academia, onde ministra aulas de boxe chinês. Escreve como hobby desde os 16 anos. 

O livro



A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite.

Mas essa paz pode acabar…

Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida.

Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos…

Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.


*

Aproveite e leia o primeiro capítulo do livro aqui.

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O Amor Mora ao Lado


Título: O Amor Mora ao Lado

Autor: Debbie Macomber
Editora: Novo Conceito
Páginas: 160
ISBN: 9788581630526


Depois de um casamento desastroso Lacey não queria mais saber de homens em sua vida. Peter havia prometido amá-la e respeitá-la e numa tarde de domingo anunciou calmamente, sem qualquer aviso prévio, que a estava deixando por outra pessoa. A tal da outra pessoa era uma loura alta com um corpo voluptuoso e muito mais nova que Lacey. Depois de analisar a concorrência ela sabia que não tinha a menor chance de ganhar a disputa e assinou o divórcio. 

O sonho de Lacey sempre tinha sido ser esposa e mãe, mas com o coração dilacerado logo cortou seus laços com a cidade e se mudou para São Francisco assim que seu divórcio saiu. Ela encontrou um trabalho que amava e recomeçou a vida, mais ou menos isso. 

Agora Lacey seria mais esperta e homens estavam completamente fora de questão. Ela não precisava de mais ninguém, afinal poderia acontecer tudo de novo, mais uma loura com corpo de coelhinha da Playboy surgiria e viria destruir sua vida uma segunda vez. Ninguém precisava desse tipo de sofrimento, não mesmo. 

Perdida e precisando de companhia, Lacey comprou uma gata da raça abissínia e a chamou de Cléo, gata que o dono do pet shop garantiu ser um ótimo investimento, mas Lacey não estava muito interessada em criações, ela queria uma companhia que não a traísse e nem mentisse para ela. Cléo era ótima e a companhia de que Lacey precisava. 

Sua vida não era perfeita, o conteúdo dos armários de sua cozinha não era nada promissor, apenas algumas latas de sopa em meio  a diversas latas de comida gourmet para gatos. No emprego trabalhava como uma escrava e seu chefe, o Sr. Sullivan, não lhe dava o menor valor, apesar de usar todas as suas ideias de decoração. Trabalhava um ano para o Sr. Sullivan e já havia assumido muitas outras responsabilidades, mas não tinha coragem de pedir um aumento, o que a atormentava todos os dias. 

Lacey ainda tinha que aguentar as constantes brigas de seu vizinho, Jack Walker, e a namorada. Os dois gritavam tanto que Lacey já havia captado vários trechos de muitas brigas. Apesar de Jack ter tentado estabelecer contato diversas vezes com Lacey, ela evitava o vizinho o máximo que podia. No entanto, com o passar dos meses os métodos do vizinho se tornaram cada vez mais criativos: enviou flores, deixou recados presos à porta e até mesmo tentou atraí-la para o seu apartamento com uma oferta de jantar. 

Uma refeição até que cairia bem, mas sair com Jack estava fora de questão. Além de ser comprometido (e viver brigando com a namorada), Jack era infiel e tinha um sorriso aberto e encantador, encantador até demais para o gosto de Lacey. 

Lacey só não estava preparada para a cena que estava prestes a se deparar quando resolveu sair do apartamento para pedir ao vizinho para maneirar no barulho: sua gata Cléo estava em meio ao fogo da paixão com um gato que nunca vira antes. E, o pior, o tal gato era um vira-lata que Lacey descobriu pertencer ao seu vizinho. 

Cão, o gato de Jack, tirara a virgindade de Cléo e a engravidara. Lacey estava certa com relação a uma coisa: Jack deveria assumir sua parte da responsabilidade.

"- Algum problema?
- Na verdade, sim - Lacey respondeu. - Cão engravidou Cléo.
- Entendo.
- Achei que você deveria ser informado.
- Sim, claro. - Ele olhou para ela como se não fizesse a menor ideia do que exatamente ela queria. - E você, está precisando de alguma coisa? - perguntou, depois de alguns segundos constrangedores.
Típico dos homens!
- Sim - ela disse, com dificuldade de conter a irritação. - Quero que você honre a minha gata.
- O quê? Você está sugerindo que eles se casem?" (p. 37)

O Amor Mora ao Lado, de Debbie Macomber, é uma comédia romântica com gatos entre os personagens (ou como personagens também?), um romance leve e divertido, para se ler rapidinho e dar risada. Aliás, a leitura acaba sendo tão rápida que sentimos falta de um pouquinho mais: um maior envolvimento entre personagens e leitor, maior desenvolvimento dos personagens e mais embasamento no decorrer da história entre os personagens. 

Para quem gosta de uma leitura rápida, de uma hora mais ou menos, e de um romance bem "fofo", vai gostar do livro. (:

Ah, ponto positivo para a diagramação, ficou muito bacana!

Princesas versão Pin-up

Taí, roupas provocantes e muita sensualidade. O quadrinista J. Scott Campbell transformou as princesas (nem todas são) em pin-ups. Qual a sua favorita?












Lançamento de Almanova, de Jodi Meadows

Que tal conferir o lançamento de Almanova pela Editora Valentina, primeiro volume da Trilogia Incarnate?



ALMANOVA 

Ana é nova. Por milhares de anos, no Range, milhões de almas vêm reencarnando, num ciclo infinito, para preservar memórias e experiências de vidas passadas. Entretanto, quando Ana nasceu, outra alma simplesmente desapareceu... e ninguém sabe por quê. 

SEM-ALMA 

A própria mãe de Ana pensa que a filha é uma sem-alma, um aviso de que o pior está a caminho, por isso decidiu afastá-la da sociedade. Para fugir deste terrível isolamento e descobrir se ela mesma reencarnará, Ana viaja para a cidade de Heart, mas os cidadãos de lá temem sua presença. Então, quando dragões e sílfides resolvem atacar a cidade, a culpa deverá recair sobre... 

HEART 

Sam acredita que a alma nova de Ana é boa e valiosa. Ele, então, decide defendê-la, e um sentimento parece que vai explodir. Mas será que poderá amar alguém que viverá apenas uma vez? E será também que os inimigos – humanos ou nem tanto - de Ana os deixarão viver essa paixão em paz? 

Ana precisa desvendar grandes segredos: O que provocou tal erro? Por que ela recebeu a alma de outra pessoa? Poderá essa busca abalar a paz em Heart e acabar por destruir a certeza da reencarnação para todos?

Os demais volumes já possuem seus títulos traduzidos: Almanegra e Infinita.

*

"Incarnate tem algo de estranho e intrigante. Algo novo. Não dá vontade de parar. Precisamos, e como, saber como será o desfecho disso tudo." Robin McKinley 

"Ao mesmo tempo lírico e provocador. Incarnate é aquele tipo de livro que nunca nos abandona. Eu amei!!!" Rachel Hawkins 

"Uma palavra: IMPRESSIONANTE! Quer mais palavras? Vai nutrir sua alma e mexer com a sua cabeça!" Jeri Smith



A autora


Jodi Meadows se mostra uma alquimista quando mescla fantasia e paixão eterna com muito suspense nessa fantástica história sobre a eternidade. Vive e trabalha na Virginia, EUA, com o marido, um gato e uma quantidade alarmante de ferrets. Viciada confessa em livros, sempre quis ser escritora, pelo menos desde que desistiu de ser astronauta. Visite seu site e conheça mais sobre o fantástico sucesso dessa jovem e promissora autora.

E além desse lançamento super bacana a Editora Valentina está com uma promoção na Livraria Saraiva. Comprando o livro Almanova você leva uma camiseta! Clique aqui para comprar o seu exemplar e garantir a sua camiseta. 

Top Comentarista - Novembro

No Top Comentarista deste mês o prêmio é um exemplar do livro Os Adoráveis, de Sarra Manning (resenha aqui) + marcador do livro. Que tal? ^^


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Resultado do Concurso Cultural "A Menina Que Semeava"

Oi, gente! Hoje vou mostrar para vocês a fotografia vencedora do Concurso Cultural "A Menina Que Semeava". O Concurso consistia em tirar uma fotografia com base em um trecho do livro que publiquei no post do Concurso. Só para relembrar:


"Elas viraram à esquerda e passaram por uma porta que as levava para fora. Becky teve um impacto imediatamente. As cores eram quase fisicamente arrebatadoras. Obviamente havia azul por todos os lados - Becky achava mais interessante se as folhas das árvores de Tamarisk fossem azuis em vez de verdes -, mas havia tantas outras cores que eram novas para ela. Então era assim que aquamarrom parecia? Será que aquela flor limão-tangerina-melão era a cor que ela chamou de juce? E como se chamaria a cor daquela flor à direita, aquela cor que parecia ser ao mesmo tempo verde-escuro, preto intenso e azul da meia-noite?" (p. 133)


A fotografia podia ser editada digitalmente e os critérios de avaliação eram: correlação com o tema proposto, originalidade e criatividade. 

Antes de mostrar para vocês a fotografia e anunciar quem ganhou o Concurso eu quero falar um pouquinho sobre criatividade e também sobre uma experiência que tive. 

A criatividade nada mais é do que uma forma de se usar o cérebro de um jeito diferente, ou seja, é a capacidade de encontrar novos caminhos entre ideias e conceitos, e novos conceitos a partir das mesmas ideias. No momento de ser criativo, o cérebro usa a si mesmo de outra maneira e descobre um caminho alternativo para resolver o problema que está sendo proposto.*

Quando estava na faculdade tive uma matéria chamada Criatividade. Logo em uma das primeiras aulas o professor pediu para que a sala formasse grupos e nos deu o seguinte problema: "Quero que vocês joguem uma vela acesa do segundo andar, ela deverá continuar acesa e não se quebrar quando cair no chão"

Ah, tá. Impossível, né? Não lembro quanto tempo tínhamos, mas era pouco, e eu e meu grupo ficamos obcecados com aquilo, imaginando um milhão de maneiras de conseguir jogar uma vela do segundo andar e ainda mantê-la acesa e intacta quando caísse no térreo. Acabamos criando uma engenhoca, com saco de lixo e linha, um paraquedas para fazer a vela descer docemente. Resultado: a vela (acesa) caiu com tudo e o saco de lixo ainda pegou fogo. x: 

Mas um grupo conseguiu a façanha que o professor pediu e sabe o que eles fizeram? Desenharam uma vela acesa em uma folha A4 e a jogaram do segundo andar, é claro que a vela estava intacta e acesa quando chegou no térreo! 

E era exatamente isso que o professor queria nos mostrar. Ele nos deu um problema quase impossível de se resolver e nos mostrou que a solução não precisava ser nada estrambólica, na verdade era muito simples, afinal ele não falou nada em vela de cera ou fogo no sentido próprio. Bastava uma representação da vela e do fogo. 

Contei essa história porque muitas vezes nos deparamos com um problema e pensamos nas respostas mais absurdas e, na maioria das vezes, a resposta é muito simples, basta usar a criatividade e se soltar. 

O trecho do livro que serviu de base para o Concurso podia parecer difícil, afinal fala de coisas que não existem em nosso mundo, como folhas de árvores azuis no lugar de verdes e cores que desconhecemos (cores que parecem mais sensações). E então, como tirar uma fotografia de algo que não existe? Usando a criatividade! 

Agora eu vou parar de "tagarelar" e mostrar para vocês a foto vencedora:


A fotografia é da Camila Rodrigues e eu adorei! É uma foto linda! Parabéns Camila! 

A fotografia será postada na Fan Page do blog e eu estarei te enviando um e-mail pedindo os seus dados. ^^

*HERCULANO-HOUZEL, Suzana. Criatividade é usar o cérebro de um jeito diferente. Mente e Cérebro, São Paulo: Duetto, ano XX, nº 250, p. 17, nov. 2013.