Editora: Novo Conceito
Páginas: 381
ISBN: 9788581633176
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Amelia Wilkes era uma caloura do colegial cuja experiência com garotos era bastante superficial e limitada, pelo menos até conhecer Anthony Winter. Fora amor à primeira vista. O rapaz que ingressara na escola no início do colegial era um mistério para os outros alunos que haviam sempre estudado em Ravenswood um local onde filhos de ricos e novos ricos estudavam, era bolsista na escola por ser filho da professora de Francês e Artes, não tinha como ser classificado pelos colegas, pois não se encaixava em nenhuma das panelinhas, era inteligente e reservado, o que encantou Amelia de imediato. Ele não fazia parte daquele campus que Amelia frequentava desde os quatro anos, onde os prédios, as áreas abertas, os professores e os funcionários, as salas de aula etc., não mudavam, mesmo com a chegada de um novo aluno, pois, na maioria, eram réplicas de todos os alunos que os haviam precedido e modelos para os que viriam depois. Já Anthony possui joie de vivre, é alguém que faz Amelia fugir do tédio, um homem apaixonado, insubmisso. E um segredo.
Amelia contava com 17 anos e mantinha um relacionamento com Anthony que apenas Kim Winter, professora popular entre os alunos e mãe de Anthony sabia, ela acompanhara todo o desenrolar da história e via, como nunca vira antes, um homem amar com um abandono profundo e uma cegueira arrebatadora, algo que parecia ser possível aos jovens. E, como mãe, Kim queria ser cética em relação ao amor adolescente, advertir seu filho a não colocar muito de si mesmo em um romance que provavelmente não duraria até a idade adulta mas, como mulher, Kim ansiava por seu par tão fortemente como ninguém, onde encontraria beleza, consolo e inspiração, da mesma forma que os artistas ao longo dos tempos haviam traduzido o amor em palavras, pinturas e esculturas. Se o amor verdadeiro existisse, ele não conhecia limites e se essa coisa de amor verdadeiro existisse, definitivamente Amelia e Anthony o simbolizavam ao máximo.
Essa visão não era compartilhada pelos pais de Amelia, Harlan e Sheri, que desconheciam o relacionamento dos dois jovens e não simpatizavam nem com Kim, por ser uma mulher de meia-idade, solteira, professora e com um salário baixo, nem com Anthony, um intelectual, que na mente de Harlan não passava de uma pessoa que pensava demais e agia pouco. Harlan Wilkes orgulhava-se de sua mulher, uma decoradora que ele contratara para transformar sua primeira casa em algo parecido com um lar, vinda de uma família sulista tradicional e que largara a carreira quando Amelia nascera para dedicar-se integralmente a filha, e de sua filha ajuizada e perfeita. Harlan era um homem orgulhoso, conseguira depois de muito trabalho, horas de dedicação e um pouco de bajulação conquistar uma posição na vida que garantia todo o luxo que nunca tivera em sua infância pobre, com uma mãe alcoólatra que morrera de cirrose ainda sofrendo com a morte do marido que a abandonara. Agora ele evitava pensar no passado e era o mandachuva em seu universo de comercialização de automóveis importados. A única coisa que o perturbava era o fato de Amelia ter 17 anos, o que significava que ela estava próxima da idade em que a lei dizia que ela poderia tomar sua próprias decisões e cuidar de si mesma, mas isso parecia um pouco ridículo, afinal aos 18 ela precisaria ainda mais de seus cuidados e como uma boa filha, que escutava seus conselhos, seguia suas regras e lhe agradecia pelos seus esforços em lhe dar tudo o que precisava, não haveria com o que se preocupar. Mas se pudesse, certamente faria sua filha ter eternamente 10 anos de idade, assim Amelia continuaria sendo a sua princesinha adorada.
A "filhinha do papai", expressão que se encaixava bem em Amelia, tinha outros planos que o pai não podia fazer ideia. Se o futuro planejado por seu pai não envolvia Anthony e nenhum de seus outros sonhos, Amelia iria contra a linda vida envolta numa fita cor-de-rosa que seu pai havia insistido em planejar. Ela não queria ir para Duke ou qualquer outra escola sulista de elite, não queria se casar em uma cerimônia majestosa com uma versão do século XXI do Ken. Seria uma mulher frustrada, assistindo outras mulheres realizando e vivendo o sonho que abdicara, se não fosse por Anthony, que com sua sagacidade e confiança serena a salvara, fazendo-a acreditar que deveria reivindicar seu futuro por si mesma quando o momento chegasse. O pai não era seu dono, nenhum homem era.
Ambos eram apaixonados por teatro e desejavam ingressar na Tisch School of the Arts, da NYC. A formatura iria ocorrer em sete meses e Amelia teria 18 anos, a idade de Anthony, finalmente estariam livres para seguirem com seus sonhos e livrar o seu relacionamento do anonimato.
A vida de Amelia e Anthony, assim como de seus pais acabaria mudando drasticamente quando Harlen descobre fotos de Anthony nu no computador da filha. Ele acredita cegamente que Anthony é um predador sexual que está atrás de sua garotinha e que pode ser um perigo para todas as outras garotas do colégio e ele não tarda em chamar a polícia. Harlen quer ir além, chamar a atenção não só do diretor da escola, mas também das quatro emissoras de televisão locais e dos jornais.
"UM INCÊNDIO COMEÇA PEQUENO - um cigarro caído, folhas ou lixo que alguém queimou, a queda de um raio sobre uma árvore vulnerável - e depois se espalha em todas as direções possíveis, tornando-se tão quente que nada menos que uma torrente, produzida pelo homem ou não, é capaz de extingui-lo. Para propagar-se, ele precisa apenas de condições favoráveis e combustível disponível para alimentá-lo, crescendo sem consciência, desconsiderando a vida silvestre, construções, orações." (p. 159)
Therese Fowler escreveu Esc@ndalo como uma forma de responder as suas próprias perguntas quando seu filho, com então 19 anos, foi preso sob a acusação de sexting (prática por meio da qual jovens enviam e divulgam conteúdos eróticos, sensuais e sexuais com imagens pessoais através de qualquer meio eletrônico, como câmeras fotográficas digitais, webcams e smatphones) em 2009.
Ficamos por dentro de todo o processo que ocorre quando um jovem é acusado deste tipo de prática, além dos danos que o fato pode infligir no jovem e naqueles que o cercam.
Amelia e Anthony são extremamente apaixonados, devotados um ao outro e Kim, mãe de Anthony, vê que ali existe o amor verdadeiro. Ela é uma mulher que fora largada pelo marido, incapaz de lidar com as responsabilidades do casamento e de uma criança, no entanto ela acredita que algo belo possa surgir entre duas pessoas. Sua criação também ofereceu a oportunidade de ser uma mulher com a mente mais aberta, seus pais eram donos de uma livraria, que logo teria uma galeria anexada, o que fez com que Kim estivesse cercada de livros e arte sempre. Seu pai era um homem que questionava, um filósofo por natureza e sua mãe sempre fora franca e aberta. Já Harlen, pai de Amelia, é um homem traumatizado pela infância pobre que tenta manter o máximo de distância, viu sua mãe se tornar alcoólatra e arruinar sua vida por um homem que não a amava e que a havia abandonado, para ele o mundo era cruel com as mulheres, que deveriam ser guiadas pelos seus pais, seus protetores, que iriam mantê-las longe de homens como seu pai, verdadeiros "predadores". Nenhum homem era bom para Amelia, que na sua concepção não passava de uma garotinha inocente e boba, que facilmente cairia na lábia de qualquer malandro. Já sua mãe, Sheri, fica em segundo plano, é uma mulher que obedece o marido, acata suas ordens e respeita acima de tudo a sua opinião e seus devaneios, mesmo não concordando com eles.
Amelia, Anthony e Harlen são personagens extremamente dramáticos e, o livro, é claro, fala muito sobre teatro, paixão compartilhada pelos protagonistas. Muitas vezes os personagens parecem estar interpretando um papel em uma cena de uma peça e Esc@ndalo não deixa de fazer inúmeras referências à sexta arte.
No livro a vida dos personagens vira de ponta cabeça, não só a de Anthony e Amelia. Quando Harlen inicia aquele pequeno incêndio (para proteger a sua filha (é o que pensa ele)), nem mesmo Amelia estará a salvo e muitas vidas acabarão em jogo. São tantos eventos trágicos que não sabemos se podemos esperar por uma salvação, um desfecho que não vá contra todos os personagens envolvidos.
Esc@ndalo também analisa de forma cuidadosa e significativa a forma como a vida dos jovens é exposta através da internet e "bugigangas" com as quais todos nós estamos envolvidos de um jeito ou de outro, afinal fazem parte de nossa vida, nossa rotina. Therese Fowler coloca a questão para que o leitor reflita: a culpa é dos pais por permitir o acesso desses jovens a essas tecnologias? Ou eles não sabem lidar com a juventude de hoje e não conseguem impor limites? A culpa é dos jovens que hoje são menos responsáveis e mais impulsivos que os jovens do passado? Cabe ao leitor responder a essas perguntas.
Ah, não esquecendo que o Kit do livro é o prêmio do Top Comentarista de Janeiro!
Therese Fowler escreveu Esc@ndalo como uma forma de responder as suas próprias perguntas quando seu filho, com então 19 anos, foi preso sob a acusação de sexting (prática por meio da qual jovens enviam e divulgam conteúdos eróticos, sensuais e sexuais com imagens pessoais através de qualquer meio eletrônico, como câmeras fotográficas digitais, webcams e smatphones) em 2009.
Ficamos por dentro de todo o processo que ocorre quando um jovem é acusado deste tipo de prática, além dos danos que o fato pode infligir no jovem e naqueles que o cercam.
Amelia e Anthony são extremamente apaixonados, devotados um ao outro e Kim, mãe de Anthony, vê que ali existe o amor verdadeiro. Ela é uma mulher que fora largada pelo marido, incapaz de lidar com as responsabilidades do casamento e de uma criança, no entanto ela acredita que algo belo possa surgir entre duas pessoas. Sua criação também ofereceu a oportunidade de ser uma mulher com a mente mais aberta, seus pais eram donos de uma livraria, que logo teria uma galeria anexada, o que fez com que Kim estivesse cercada de livros e arte sempre. Seu pai era um homem que questionava, um filósofo por natureza e sua mãe sempre fora franca e aberta. Já Harlen, pai de Amelia, é um homem traumatizado pela infância pobre que tenta manter o máximo de distância, viu sua mãe se tornar alcoólatra e arruinar sua vida por um homem que não a amava e que a havia abandonado, para ele o mundo era cruel com as mulheres, que deveriam ser guiadas pelos seus pais, seus protetores, que iriam mantê-las longe de homens como seu pai, verdadeiros "predadores". Nenhum homem era bom para Amelia, que na sua concepção não passava de uma garotinha inocente e boba, que facilmente cairia na lábia de qualquer malandro. Já sua mãe, Sheri, fica em segundo plano, é uma mulher que obedece o marido, acata suas ordens e respeita acima de tudo a sua opinião e seus devaneios, mesmo não concordando com eles.
Amelia, Anthony e Harlen são personagens extremamente dramáticos e, o livro, é claro, fala muito sobre teatro, paixão compartilhada pelos protagonistas. Muitas vezes os personagens parecem estar interpretando um papel em uma cena de uma peça e Esc@ndalo não deixa de fazer inúmeras referências à sexta arte.
No livro a vida dos personagens vira de ponta cabeça, não só a de Anthony e Amelia. Quando Harlen inicia aquele pequeno incêndio (para proteger a sua filha (é o que pensa ele)), nem mesmo Amelia estará a salvo e muitas vidas acabarão em jogo. São tantos eventos trágicos que não sabemos se podemos esperar por uma salvação, um desfecho que não vá contra todos os personagens envolvidos.
Esc@ndalo também analisa de forma cuidadosa e significativa a forma como a vida dos jovens é exposta através da internet e "bugigangas" com as quais todos nós estamos envolvidos de um jeito ou de outro, afinal fazem parte de nossa vida, nossa rotina. Therese Fowler coloca a questão para que o leitor reflita: a culpa é dos pais por permitir o acesso desses jovens a essas tecnologias? Ou eles não sabem lidar com a juventude de hoje e não conseguem impor limites? A culpa é dos jovens que hoje são menos responsáveis e mais impulsivos que os jovens do passado? Cabe ao leitor responder a essas perguntas.
Ah, não esquecendo que o Kit do livro é o prêmio do Top Comentarista de Janeiro!
Esse livro parece ser bem legal, parece ser uma grande estória de amor verdadeiro que precisa enfrentar tantos obstáculos para ficaram livres para se amar! Nunca tinha lido algum livro que abordasse esse tema, de tecnologia e internet na vida dos jovens e fiquei muito curiosa, principalmente pelo livro trazer perguntas que nos fazem refletir sobre o papel dos pais em meio a essa tecnologia e também, se a culpa também é dos jovens! Estou louca para ler :3
ResponderExcluirbeijos ♥
quemprecisadetvparaverbeyonce.blogspot.com.br
Já li algumas resenhas positivas e negativas sobre esse livro então como ele me chamou bastante atenção pretendo ler e tirar eu mesma as minhas próprias conclusões.
ResponderExcluirÓtima resenha
beijos
http://the-universe-of-books.blogspot.com.br/
Olá Paula, tudo bem??
ResponderExcluirEste livro me chama bastante a atenção pois tenho curiosidade de ler, e já li algumas resenhas sobre a historia e confesso que estou com bastante dúvida...Pois li resenhas tanto positivas e negativas. Mas espero poder conferir em breve, pois amo romances!!
Beijocas!!
Oi,
ResponderExcluirbom vi esse livro esses dias na livraria e chamou muita atenção,, vivarias resenhas e nenhuma delas me agradava..ai vi a sua e quero mt ler esse livro!
Escândalo, já está mais que na lista dos meus MAIS que desejados.
ResponderExcluirA narrativa e os personagens são encantadores.
E romance sempre faz bem pro coração!
Adorei a resenha, mal vejo a hora de ler :)
esse e o tipo de livro q eu vou amar.. cheio de romance que devem enfrentar varios obstaculos para conseguir ficar juntos ( mas eles ficam juntos ne ?! :S pq estou traumatizada com os q terminam e n ficam juntos no fim :'( ) mas a capa e linda!!
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