A Culpa é das Estrelas

Título: A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Páginas: 288

ISBN: 9788580572261

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Como não se apaixonar por Gus, um cara divertido, inteligente e bacana (além de lindo)? E por Hazel, uma garota sensível, inteligente e que adora ler? Mas o melhor de tudo mesmo são os diálogos entre os dois, engraçados, sarcásticos e muitas vezes melancólicos, disfarçados com um tom de ironia. Às vezes o livro tende a ser pretensioso, na verdade, muitas vezes, o que me incomodou. A Culpa é das Estrelas foi um pouco difícil de avaliar: é um livro maravilhoso ou ruim? Nenhum dos dois, pelo menos na minha opinião. Passada a "raiva" do momento em que li Hazel afirmando que V de Vingança é um filme que só agrada garotos (no momento acho que devo ter grunhido algo assustador, já que adoro o filme (mas gosto mesmo da graphic novel) e acredito que não tem nada disso de "coisa de menino" e "coisa de menina"). Ok, parei. Foi só "perdoar" a Hazel que percebi que deveria ser mais tolerante e pensando em ser mais tolerante vi que não é porque aparentemente todo mundo gosta do livro que eu também iria gostar, não é? Assim como aparentemente todo mundo gosta de sushi hoje em dia e eu não curto de jeito nenhum, rs. 

Mas… eu estou divagando. Vamos à resenha. John Green escreveu uma história honesta e mais do que sobre a morte, ele escreveu sobre a vida. Hazel Grace, com quase 17 anos, havia sido diagnosticada com câncer de tireoide aos 13 anos e passara por uma cirurgia, pela radioterapia e, então, pela quimioterapia. Quando todos pensaram que seu fim estava próximo, Hazel melhorou e logo entrou em um teste clínico com um remédio experimental, o Falanxifor, que não funcionava em mais ou menos 70% das pessoas, mas nela funcionou e os tumores reduziram de tamanho. 

Hazel não é o tipo de personagem dramática, não está chorando pelos cantos ou fazendo drama, ela encara as coisas e a vida de forma bem realista. Mas seus pais acham que ela está deprimida e Hazel acaba tendo que frequentar um Grupo de Apoio. E é no Grupo que ela conhece Augustus Waters, o Gus, que está acompanhando o seu amigo, Isaac (como não se apaixonar pelo Isaac também?). 

"Não era nem pelo fato de o livro ser bom nem nada; era só porque o autor, Peter Van Houten, parecia me entender dos modos mais estranhos e improváveis. Uma aflição imperial era o meu livro, do mesmo jeito que meu corpo era meu corpo e meus pensamentos eram meus pensamentos. Mesmo assim, falei dele para o Augustus." (p. 37)

Hazel não esperava muita coisa, não via grandes dias em sua vida ou grandes emoções, mas seu encontro com Augustus acabaria mudando tudo isso. 

"- Eu sou tipo. Tipo. Sou tipo uma granada, mãe. Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas, tá?"(p. 95)

"- Ah, eu não ia me importar, Hazel Grace. Seria uma honra ter o coração partido por você." (p. 161)

Comovente e bonito, A Culpa é das Estrelas tem seus altos e baixos. O humor nos diálogos e o carisma dos personagens conseguem manter a leitura num ritmo bom, mas muita coisa parece estar fora do lugar, não sei, às vezes você sente que não se tratam de adolescentes na história, justamente pelos diálogos bem elaborados. E, vamos lá, Gus se acha um pouquinho, né? 

Não pude deixar de comparar A Culpa é das Estrelas com outro livro do mesmo gênero (sick-lit), As Vantagens de ser Invisível, de Stephen Chbosky. Gostei, aliás, amei o segundo. Acredito que é mais realista e carrega muito mais no quesito emocional. Engraçado, lendo alguns comentários percebi que As Vantagens não agradou tanto quanto A Culpa, mas confesso que chorei (e muito!) com o livro de Stephen Chbosky enquanto que não chorei nadinha com o livro do John Green. 

esse "doentes de amor" foi realmente infeliz x:

A adaptação cinematográfica do livro teve sua data de estreia aqui no Brasil antecipada para o dia 13 de junho (o longa iria estrear no dia 15 de agosto).