Título: A Outra Vida
Autor: Susanne Winnacker
Autor: Susanne Winnacker
Editora: Novo Conceito
Páginas: 272
ISBN: 9788581631516
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"Um milhão, seiscentos e quarenta mil, cento e sessenta minutos desde a última vez que corri, desde a última vez que vi meus cabelos balançarem ao vento, desde a última vez que vi alguém que não fosse de minha própria família." (p. 9)
"Noventa e oito milhões, quatrocentos e nove mil e seiscentos e dois segundos desde que a pesada porta de aço se fechou, isolando-nos do mundo, aprisionando-nos." (p. 10)
Desde os doze anos Sherry vivia com sua família em um abrigo construído nos fundos de sua casa, casa que nunca mais havia visto. O abrigo era o único local que todos poderiam estar seguros, de acordo com os militares. Há três anos, um vírus muito contagioso, conhecido como raiva, assolou a população de Los Angeles, Califórnia. Ninguém deveria sair do abrigo até que os militares conseguissem controlar a mutação, a transformação que a raiva causava nas pessoas infectadas, transformando-as em verdadeiros mutantes assustadores.
A mãe de Sherry acreditava que os militares viriam salvar sua família, mas seu pai não tinha tanta certeza disso. Os militares haviam parado de transmitir mensagens pela TV há quase três meses e antes disso eles enviaram a mesma informação durante um ano. Ele acredita que a mensagem não passa de uma gravação.
No abrigo viviam Sherry, seus pais, que sempre acabavam se desentendo por qualquer coisa, seus irmãos, Bobby, de 13 anos e a mais nova, Mia, e sua avó, que vivia tricotando desde que seu marido havia morrido. O avô de Sherry era mantido no congelador, já que sua avó queria permanecer perto dele. O humor de Bobby piorava e a comida ia rareando. Para manter a energia Bobby e Sherry revezavam-se na bicicleta ergonômica. O rádio que os mantinha em contato com seus vizinhos George, Christine e Isabel, melhor amiga de Sherry, não emitia mais nenhum sinal e o último contato com eles havia se dado dois meses atrás.
Com a situação saindo do controle e com a comida que havia acabado há dois dias, o pai de Sherry resolve sair e trazer comida. Era isso ou ver sua família morrer de fome. Ele possuía algumas armas e acreditava que poderia se defender, mas Sherry, que também sabia atirar por causa das aulas com seu pai, resolve ir junto. A família aceita, afinal ela é a pessoa mais indicada para segui-lo.
O pai de Sherry alerta os outros para que peguem a outra arma que ele guarda e tentem encontrar outras pessoas caso os dois não retornem no dia seguinte.
A garota ficou boquiaberta quando viu a rua, antes movimentada, deserta. Fazia-se um silêncio incômodo e de onde os dois se encontravam podia-se ver partes de Los Angeles, ou pelo menos o que restara da cidade. Tudo estava destruído, como se o local tivesse sido bombardeado. As casas de seus vizinhos estavam vazias e não encontram ninguém em nenhum dos abrigos. Não podiam ser os únicos sobreviventes, poderiam? Sherry sabia que muitas pessoas foram obrigadas a se protegerem nos abrigos públicos da cidade, pois acreditavam que toda aquela confusão duraria apenas alguns dias ou no máximo semanas. Pelo menos fora o que o governo dissera.
Sherry também não esperava encontrar dois corpos esticados na grama. Não conseguiu definir quem seriam aquelas pessoas pois estavam desfiguradas como se algum animal houvesse atacado elas e, pelo que percebeu, aquele homem e aquela mulher não haviam morrido há muito tempo.
Ela e seu pai pararam de divagar sobre o que poderia ter atacado aquelas duas pessoas quando ouviram um urro e depois um rugido, dessa vez muito mais próximo.
"Enquanto deixávamos nossa casa para trás, não conseguia me livrar da sensação de que alguém - ou algo - estava nos observando." (p. 38)
O supermercado era a próxima parada, já que não conseguiram encontrar nenhuma comida nas casas dos vizinhos. Sherry estava preocupada por não ver ninguém e seu pai tentava pensar em uma explicação para o que via, uma cidade completamente deserta, talvez tanto a cidade quanto o subúrbio tivessem sido declarados área restrita.
Os dois entraram no supermercado, Sherry colada no pai. Primeiro um rosnado e depois um rangido, alguém ou algo empurrava uma imensa prateleira acima dos dois. Na correria Sherry percebeu movimentos, machucou-se e quando chegou até a entrada do supermercado não viu mais seu pai.
"Através da névoa, vi a criatura tombar no chão. Engatinhei para trás, sem querer ficar perto daquela coisa, estivesse ela viva ou morta. Ferimentos provocados pelas balas se espalhavam pelo corpo peludo da criatura, que se esvaía em sangue. Um líquido turvo escorria de seus olhos - parecia que estava chorando. Senti algo segurar meu braço e um grito explodiu em minha garganta." (p. 52)
Sherry foi salva por Joshua, um rapaz com muita raiva dessas criaturas e que as caça, procurando também por sobreviventes. Como o corpo de seu pai não estava no supermercado, Joshua informou Sherry que ele provavelmente fora levado pelos Chorões, as mesmas criaturas que atacaram ela e seu pai e que são chamadas assim por parecem estar chorando.
"Calafrios percorreram minha espinha quando pensei no dia seguinte. Iríamos resgatar minha família do abrigo. Procuraríamos papai e o salvaríamos dos Chorões. Então, tudo ficaria bem. Fechei os olhos, mas as imagens de rostos rosnando com olhos cheios de lágrimas e pele retalhada não saíam de minha cabeça." (p. 89)
A Outra Vida, de Susanne Winnacker, faz parte da série The Weepers (são dois livros na verdade, o segundo, The Life Beyond, já foi lançado em algumas línguas, mas parece que só em versão digital por enquanto).
Na minha opinião o livro é bom. Ok, talvez esperasse um pouco mais. Tem romance, mistério e ação. A premissa é muito boa, mas talvez tenha se perdido no decorrer da história.
O ponto forte: o mistério. Histórias que trazem conspiração me instigam bastante e em A Outra Vida o desenrolar do enigma que está por trás do vírus é bem desenvolvido e acompanha toda a leitura. Deixa o leitor bem curioso e com muita vontade de ler o segundo livro.
O ponto fraco: a ação. Isso é bem pessoal, eu não gosto de filmes de ação pois viajo muito nas cenas de corre-corre etc., como se meu corpo estivesse ali, diante da TV e minha mente fosse para outro lugar, rs. Se me perguntarem na hora eu não faço ideia do que estava assistindo. E o livro tem muita ação, o que me deixou bastante dispersa várias vezes durante a leitura.
Sherry e Joshua formam uma boa dupla e existem outros personagens interessantes também, que podem nos revelar algumas coisinhas sobre o que está acontecendo.
Fui ler alguns comentários sobre o primeiro e o segundo livros no Goodreads e as opiniões são bem variadas: teve gente que amou o primeiro livro e não gostou do segundo, outras adoraram os dois, outros não curtiram o primeiro devido a tanta ação.
De qualquer forma, estou bem curiosa para ver o desfecho dessa história e desvendar o mistério que envolve o vírus.
Alemanha
Carambaaaaaa. Só o trailer do livro já me deixou arrepiado! Com certeza este estará na minha lista de compras!
ResponderExcluirAbrs!
portalvitamina.blogspot.com.br
Eu curto livros que falam sobre zumbis, apocalipses v[irus e essas coisas catastróficas :)
ResponderExcluirDica anotada!
Abraços
Melissa Padilha
De Coisas por Aí
Eu gosto de livros de ação, de filmes nem tanto, também fico viajando na hora! kkkkk'
ResponderExcluirQuero muito ler esse livro, adoro zumbis e coisas do tipo <3
Eu fico meio cabrera com livros sobre apocalipse zumbis/distopias e derivados!!! Morro de medo para ser sincera!!! Mas tem romance e romance sempre me atraí... então vou ficar esperando pelas resenhas falando do final da série se os comentários forem bons ela entra para a lista!
ResponderExcluirEsse é um dos muitos livros que estão na minha lista de leitura. Quero muito lê-lo e espero que aconteça em breve. Pois amo qualquer coisa relacionada a zumbis e este com certeza irei ler...
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
Mais um livro adicionado a Lista de desejos! Parece ser muito bom e apesar de a capa parecer ser coerente ao tema do livro, a capa do Reino Unido sambou nas outras! Amei.
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