Colin Fischer


Título: Colin Fischer
Autor: Ashley Edward Miller e Zack Stentz
Editora: Novo Conceito
Páginas: 176
ISBN: 9788581634166

Colin Fischer tem Síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista, e ele não gosta da cor azul, também não suporta ser tocado e sempre anda com cartões de memorização com expressões faciais legendadas, além de um caderno surrado e cheio de orelhas onde registra suas experiências com a população local, que agora se concentra nos jovens do colegial. 

Colin tem 14 anos e seu primeiro dia no colegial não é o mais agradável, Wayne, um grandalhão que aparentemente tem por objetivo infernizar a vida dos outros estudantes, enfia a cabeça de Colin dentro do vaso sanitário. 

Sua mãe havia alugado uma série de filmes no verão sobre o ensino médio para ajudá-lo a transitar por esse campo minado social, mas Colin logo perdera o interesse pelas histórias de garotas desajeitadas ansiosas por garotos ricos e populares, e por estudantes de diferentes facções que formavam amizades improváveis enquanto desafiavam a autoridade dos adultos. A experiência, no entanto, dera a Colin dados suficientes para formular o que ele considerava uma taxonomia operacional de grupos tribais do colegial e observava os colegas com o interesse de um antropólogo, registrando em seu caderno os movimentos dos nerds, das garotas populares, dos atletas, dos góticos, dos garotos sensíveis e dos metidos a gângster de rua. 

Apesar do incidente do primeiro dia (e dos outros dias, afinal os jovens implicavam com Colin invariavelmente), ele trocava algumas poucas palavras com Melissa, uma garota de voz suave, clara e agradável, que no passado era alvo da crueldade coletiva das crianças por sua aparência magra, o rosto cheio de marca de espinhas e o sorriso cheio de hastes metálicas. Mas o verão transformara Melissa, sua acne desaparecera, assim como as hastes metálicas e o cabelo parecia domado. Os garotos não sabiam muito bem o que fazer em relação a essa transformação e Colin sempre observava uma sensação estranha quando estava ao seu lado, que poderia ou não ter a ver com o cheiro de morango do seu xampu.

Colin não fala muito, quer dizer, ele não gosta de palavras ocas nem de falar sobre aquilo que não o interessa no momento, mas quando o assunto interessa o garoto ele vai longe, tendo que ser interrompido por alguém ou até mesmo levando uma advertência de um professor que não gosta de ver um aluno questionando muito as suas palavras. E matemática é a sua matéria favorita.

"Para Colin, isso se aplicava a todas as matérias. Aprender uma coisa era saber essa coisa; saber uma coisa era entender essa coisa; entender uma coisa era enfrentá-la sem medo." (p. 26)

E é movido pela curiosidade, deixando o medo de lado, que quando uma arma é disparada no refeitório durante o aniversário de Melissa e todos os alunos correm para a saída, que Colin se aproxima da cena da luta que acontecera minutos antes e olha para o chão, observando restos esmagados de almoços meio comidos, lápis e mochilas abandonados e uma pistola de nove milímetros, com a coronha de borracha manchada de chocolate branco e glacê cor-de-rosa.

Colin, que possuía um desconcertante conhecimento sobre genética e cinema clássico, além de dispor de pôsteres em seu quarto de Sherlock Holmes e fotos do Dr. Spock, do Comandante Data, de Jornada nas Estrelas e até mesmo do detetive Grissom, do seriado televisivo CSI, e ter um grande poder de observação, memória e dedução, sabe que não foi Wayne, o garoto que fora acusado, que atirou, afinal de contas a arma estava suja de glacê, e Wayne não estava com os dedos sujos de glacê…

"- Não. Falei tudo o que achava que fosse importante naquele momento. Mas o que não percebi então foi a importância do bolo.
- O bolo?
- Sim, o bolo. O punho da arma estava manchado de glacê, mas Wayne Connelly come muito ordenamente. Então, está vendo? A arma não poderia ser dele. - Colin tomou o silêncio da Dra. Doran como um reconhecimento de sua hipótese. - Precisamos dizer às autoridades que estão investigando - insistiu." (p. 69 e 70)

Colin Fischer, de Ashley Edward Miller e Zack Stentz, que se conheceram na internet devido a paixão em comum por Jornada nas Estrelas, escreveram um livro que, definitivamente, vale a pena ser lido! Colin é um personagem intrigante, que cativa desde o início da leitura, leitura que eu prolonguei ao máximo, já que o livro é bem fininho. Sua forma de observar o mundo e os outros é ímpar, e com os talentos que possui (observação, dedução e memorização) vai em frente para descobrir quem é o dono da arma, mesmo que para isso precise mentir para seus pais pela primeira vez, passe por alguns apuros e crie uma espécie de laço inesperado com Wayne, o garoto que sempre o importunou. 

Os diálogos no livro são excelentes, elaborados com perspicácia e tornam o livro divertido e comovente. Os diálogos e a interação dos personagens de Colin e do Sr. Turrentine, professor de educação física, são um ponto alto do livro, assim como a nova relação que nasce entre Colin e Wayne. 

Durante toda a leitura também acompanhamos os Fischer: os pais de Colin e seu irmão de 11 anos, Danny. E é bastante interessante ver como se dá a relação entre os quatro, especialmente como Danny lida com o irmão mais velho. 

Li os últimos parágrafos umas duas vezes, só pra checar se estava tudo certo ou se havia lido alguma coisa errada. Gente, preciso de uma continuação!


Alemanha


Itália


Suíça


França

17 comentários:

  1. A sinopse não chamo minha atenção, mas adorei sua resenha, e o livro parece muito bom.

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  2. gostei da premissa do livro, achei bem interessante. Pelo menos é diferente do que estou habituada a ler. Mas pelo que você disse que precisava de uma continuação, fiquei em dúvida... é série? a capa da França é bonitinha (:

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    1. Oi, Lais. Não é série não, mas eu gostei tanto do Colin que queria mais um livro com ele como protagonista, rs. (:

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  3. O garoto nao gosta de azul e a capa do livro é azul kkk Acho q deve ser uma otima historia, nao sei pq me fez lembrar as historias do john green, acho q foi o estilo do protagonista. Eu ja havia lido sobre autismo na epoca em q eu li Querido John, sempre bom saber sobre ele. Estou com medo do final, pq vc disse q precisa de uma continuaçao '-'
    nao gostei das capas

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  4. Inicialmente, não tive muito interesse em ler o livro. Mas por ele ser fininho e você nos mostrar que nessas poucas páginas consegue mostrar uma história divertida e comovente, acabei ficando curiosa.
    Gostei da capa do Brasil, mas curti ainda mais a da Suíça! :D

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  5. Sua resenha me convenceu a dar uma chance a esse livro, porque antes eu não tinha a menor intenção de lê-lo já que não gostei da capa.
    Mas depois que li sua resenha fiquei bastante interessada nele.
    Bjs!

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  6. Eu quero ler esse livro, mas estou com receio de não gostar porque eu já li algumas resenhas, e muita gente não gostou. Olha, acho que o Brasil teve sorte dessa vez, a nossa capa é a melhor u.u
    E-mail: juliamariamoraes2013@gmail.com
    Nome de seguidor: Julia Moraes

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  7. Eu já havia visto esse livro na livraria da minha cidade e a capa não havia me atraído, achei as versões estrangeiras mais atrativas, mas enfim, eu nunca havia parado para ver sobre o que se tratava e achei bem interessante. Ultimamente tem sido lançados vários livros sobre o autismo e derivações, acho bem interessante sabermos um pouco mais sobre e caso eu tenha oportunidade pretendo ler esse livro. Sem falar que fiquei interessada pela parte de 'investigação'

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  8. Eu não senti vontade de ler este livro e agora fiquei arrependida, não imaginei que fosse tão bom. Adoro quando temos uma boa interação do personagem com a família, e esse primeiro dia não foi nada agradável, urgh.
    Adorei a capa da Suíça. =)

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  9. Eu simplesmente estou doida por esse livro, me apaixonei pela capa, é tão linda, fiquei mais apaixonada pela história agora que li a sua resenha, eu adorei, muito boa mesmo.
    Enfim, eu estou muito curiosa para conhecer o Colin, sei que irei me apaixonar ainda mais pelo livro, pois acredito que ele possui uma grande história, sem contar que Colin é um adolescente, algo que me chama mais atenção ainda, pois também sou adolescente. E quanto as capas do livro pelo mundo, eu adorei a da Itália, mas ainda acho a daqui a mais bonita <3
    Beijos :*

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  10. Achei muito interessante! Nunca li nada onde o personagem tem essa síndrome e este parece ser um livro bem diferente e muito fofo também, fiquei curiosa para conhecer Colin! :)
    beijos

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  11. Achei a história com uma pegada igual ao livro "Extraordinário". Mas fiquei curiosa para ler a história do Colin.
    Adorei a capa da Suiça!

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  12. Eu já li uma resenha sobre esse livro e fiquei bem interessada em ler, a sua resenha só veio intensificar a minha vontade para ler o livro. Gosto bastante de livros que retratem a vida de pessoas com síndromes, faz com que entendamos mais sobre a síndrome abordada e como seria a vida de alguém assim. Sinto que vou amar ler cada parte deste livro ♥
    Beijos

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  13. Oi, eu adorei a resenha, já tinha visto algumas coisas sobre esse livro, e tinha me interessado por ele, agora eu tenho certeza de que quero muito ler ele, pena que ele é fininho e vamos ficar querendo mais, ah e a capa brasileira ficou legalzinha, acho que todo mundo poderia ter caprichado um pouco mais na capa do livro.
    Beijos!!!

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  14. As capas do Brasil e da Suíça são as mais bonitas =) lembrei um pouco de extraordinário então talvez eu goste ^^

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  15. Mais um livro e que bem antes do lançamento espero para ler, ainda não tive a oportunidade, Colin buscando esclarecer que não foi Wayne que disparou a arma, mesmo sendo um alvo constante de maldades do garoto, sua amizade com Melissa e depois com Wayne, sua busca pela verdade, suas primeiras mentiras, a relação familiar, os cartões de memorização e os pôsteres (principalmente por ter um do Grissom, dos tempos em que CSI ainda era bom) são elementos que me convencem cada vez mais de que essa história é uma que devo ler, não conhecia o fato dos autores terem se conhecido pela internet, isso prova que quando há talento e vontade boas obras podem ser escritas, envolvendo e fazendo a alegria de muitos leitores, sobre as capas a da Suiça, França e a nossa são as mais bonitas e significativas.

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  16. Esse com certeza não é um livro que eu compraria pela capa. Mas a sua resenha mostrou que é um livro emocionante e comovente, então fiquei bem curiosa pra ler.

    Bjok

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